Resumo
Esse artigo tem por objetivo analisar a Rua Treze de Maio em Campinas/SP a partir das representações do espaço coletadas a partir de seus usuários na vida cotidiana. Utilizou-se como metodologia a aplicação de 266 questionários à moradores e usuários do centro de Campinas, pessoas de classe social, idade, profissão, renda, procedências e raça diferentes, com o intuito de observar os usos que a população faz do centro de Campinas, como ele se apropria dele, quais são os referenciais de centro identificados e os seus principais problemas presentes no plano vivido do cotidiano. Nesse sentido, a análise e a discussão dos dados identificaram três categorias que nortearam a leitura da Rua Treze de Maio: um importante referencial da história e da memória campineira, como um centro de consumo popular e ícone da centralidade.Referências
ARANTES, Antônio Augusto (2000). Paisagens paulistanas: transformações do espaço público. Campinas: Ed. Unicamp, São Paulo: Imprensa Office. (Coleção Espaço e Poder).
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CAMPINAS – ACIC. http://www.acic.bz/.
BADARÓ, Ricardo de Souza (1996). Campinas: o despontar da modernidade. Campinas: Centro de Memória/UNICAMP. (Coleção Campiniana, n. 7).
BASTOS, Wagner (15 dez. 2008). O centro pulsa forte. Correio Popular, Campinas. Opinião.
CARLOS, Ana Fani A. O Consumo do Espaço (2002). In: CARLOS, Ana Fani A. (org), Novos Caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto.
CARPINTEIRO, Antônio Carlos Cabral (1996). Momento de ruptura: as transformações no centro de Campinas na década de cinqüenta. Campinas: Centro de Memória/UNICAMP. (Coleção Campiniana, n. 8).
CORRÊA, Roberto Lobato (1993). O Espaço urbano. 2a ed. São Paulo: Editora Ática.
FERRARA, Lucrecia D’Alessio (2000). Os significados urbanos. São Paulo: EdUSP/FAPESP. (Acadêmica, 31).
GOMES, Paulo Cesar da Costa (2011). Espaços públicos: a cidade em cena (I). A fabricação do filme. O relato de uma aventura. Espaço Aberto, PPGG, UFRJ, v. 1, n. 2, p. 9-22.
GUGLIELMINETTI, Rose (09 set. 2007). 13 de Maio, caótica e democrática: na babel urbana que é a principal artéria do comércio de Campinas, o formigueiro humano reúne gente de todo tipo. Correio Popular, Campinas, Cidades.
HARVEY, David (1989). Condição Pós-Moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Trad. Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves. 7.ed. São Paulo: Loyola.
JEUDY, Henri-Pierre (2005). Espelhos das cidades. Rio de Janeiro: Casa da Palavra.
KOZEL, Salete (2005). Ressignificando as representações do espaço: as linguagens do cotidiano. In: Encontro de Geógrafos da América Latina, X, 2005, São Paulo. Anais... São Paulo, p. 7283-7296. CD.
LAPA, José Roberto do Amaral (1996). A cidade: os cantos e os antros. Campinas 1850-1900. São Paulo: Edusp.
LEFEBVRE, Henri (1974). La production de l’espace. 15. ed. Paris: Anthropos.
LEFEBVRE, Henri (1976). Espacio e política: el derecho a la ciudad II. Barcelona: Península.
LEFEBVRE, Henri (1991). O direito à cidade. Trad. Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Moraes.
LEFEBVRE, Henri (2004). A revolução urbana. Trad. Sérgio Martins. Belo Horizonte: Ed. UFMG.
LEITE, Rogério Proença (2004). Contra-usos da cidade: lugares e espaços público na experiência urbana contemporânea. Campinas: EdUNICAMP/ Aracaju:EdUFS.
LIPOVETSKY, Gilles (2007). A felicidade paradoxal. Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. Trad. Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras.
MAGNANI, José Guilherme Cantor (jun. 2002). De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, v. 17, n. 49.
MONTANER, Josep M (2001). Depois do movimento moderno: arquitetura da segunda metade do século XX. Barcelona: Gustavo Gili.
MONTEIRO, Mônica (07 nov. 2008). Área central: reurbanização e requalificação dependerá de ações conjuntas. Prefeitura Municipal de Campinas, Campinas. Notícias.
NIEMEYER, Ana Maria de (1994). Desenhos e mapas na orientação espacial: pesquisa e ensino de antropologia. Textos Didáticos (Campinas), n.12.
NORA, Pierre (dez.1993). Entre memória e história: a problemática dos lugares. Revista Projeto História, São Paulo: PUC-SP, n.10, p.07-28.
SANTOS, Antônio da Costa (2002). Campinas, das Origens ao Futuro: compra e venda de terra e água e um tombamento na primeira sesmaria da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí (1732-1992). Campinas: UNICAMP.
SANTOS, Milton (2002). A natureza do espaço: técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: EdUSP. (Coleção Milton Santos, 1).
SOLÀ-MORALES, Manuel de. Espaços públicos e espaços coletivos. In: ASSOCIAÇÃO VIVA O CENTRO (2005). Os Centros das Metrópoles: Reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI. São Paulo: Imprensa Oficial/Terceiro Nome/Viva o Centro.
SOUZA, Marcelo Lopes de (2003). ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
SPÓSITO, Maria Encarnação Beltrão (1996). Multi(poli)centralidade. Presidente Prudente: FCT/UNESP.
TOURINHO, Andréa de Oliveira (2006). Centro e centralidade: uma questão recente. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino (Orgs.). Geografias das metrópoles. São Paulo: Contexto.
VALDERRAMA, Berna Bruit (2002). Instâncias e Tamanhos do Espaço: Estudo de projeto do centro de Campinas, proposta e crítica. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo.
VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard (2006). Intervenções em centros urbanos: objetivos, estratégias e resultados. Barueri: Manole.
A URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.