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Ordem e demolição – os imperativos de civilidade e os cortiços da cidade de São Paulo em fins do século XIX
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Palavras-chave

São Paulo. Cortiços. Código sanitário. Código de posturas. Civilização.

Como Citar

DOMENICIS, Bianca Melzi. Ordem e demolição – os imperativos de civilidade e os cortiços da cidade de São Paulo em fins do século XIX. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 6, n. 2, p. 297–318, 2016. DOI: 10.20396/urbana.v6i2.8642626. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8642626. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

É indubitável a coexistência de preocupações higiênicas e estéticas nas transformações urbanas da cidade de São Paulo em fins do século XIX. Nesse sentido, a atenção da municipalidade com os cortiços paulistanos fez parte de um amplo plano de saneamento que buscava um ambiente belo e saudável, ou seja, útil ao bem estar social e à imagem promissora da cidade. Os vilões da saúde e da moral paulistana eram os cortiços: lugar de aglomeração, sujeira, vício e pobreza. Apesar de indesejadas, estas habitações coletivas existiam em grande número na capital paulista, e o poder público, baseado nas Posturas Municipais e no Código Sanitário de 1894, se utilizou principalmente de visitas domiciliares e interdições aos cortiços para diminuir este mal social, higiênico e estético nos arredores do centro paulistano.

https://doi.org/10.20396/urbana.v6i2.8642626
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