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O grafite na cidade modernista
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Palavras-chave

Grafite. Brasília. Modernismo urbano. Imaginários urbanos.

Como Citar

ALMENDRA, Renata Silva. O grafite na cidade modernista. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 10, n. 2, p. 345–370, 2019. DOI: 10.20396/urbana.v10i2.8651973. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8651973. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O grafite, expressão plástica e visual encontrada em ruas, muros e viadutos das grandes cidades, enfrenta em Brasília um desafio espacial para a sua realização e revela outras dimensões da capital, para além da centralidade político-administrativa e da arquitetura monumental. Justamente por ser realizada no espaço público, a prática do grafite dialoga diretamente com a arquitetura singular da cidade e encontra em suas especificidades dinâmicas próprias para a sua execução. Este artigo tem como objetivo apresentar e analisar os grafites brasilienses como representação social da cidade, evidenciando questões territoriais e que permeiam o imaginário urbano. Para tanto, destaca-se a inscrição de grafites em alguns lugares específicos do Plano Piloto, como as “tesourinhas”, viadutos, passagens subterrâneas e a Via W3, resignificando esses lugares por meio de uma ocupação criativa.

https://doi.org/10.20396/urbana.v10i2.8651973
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