Banner Portal
Brasília
PDF

Palavras-chave

Brasília
História do Urbanismo
Brasília (historiografia).

Como Citar

SEGAWA, Hugo Massaki. Brasília: pátina do futuro. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 10, n. 3, p. 430–474, 2019. DOI: 10.20396/urbana.v10i3.8654756. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8654756. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

O tempo é o condutor deste ensaio. De uma Brasília ainda no canteiro ao seu cinquentenário. Reporta o impacto da empreitada de Juscelino Kubitschek repercutindo na música, no cinema, na imprensa, até em quadrinhos, em uma estratégia governamental nada ingênua. Amostras de como se lidou com expectativas e a cumplicidade da cultura popular, bem como da alta cultura, demovendo escritores e intelectuais como Adolfo Bioy Casares, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, John dos Passos, Gilberto Freyre, Clarice Lispector. E a crítica especializada com Man- fredo Tafuri e Francesco Dal Co, Robert Hughes, Kenneth Frampton, Alan Hess, James Holston e Frederico de Holanda, entre outros. Trata da passagem de um mito da modernização para a realidade dos paradoxos e das desigualdades, bem como a mudança das percepções de uma cidade em seu começo tida até como natimorto. Reflete sobre a permanência de juízos cristali- zados em seu nascimento, como se a cidade fosse uma eterna criança, ou um adolescente pro- blemático, precocemente envelhecido. Focalizando transformações, busca caracterizar expec- tativas e frustrações sobre uma utopia que que não se realizou. E no lugar do sonho, a reinven- ção de uma cidade. E alertar para a necessidade da historiografia da arquitetura e do urbanismo se reinventar de tempos em tempos.

https://doi.org/10.20396/urbana.v10i3.8654756
PDF

Referências

ABREU, Alzira Alves de. O ISEB e o desenvolvimentismo. O Brasil de JK. FGV CPDOC. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Economia/ISEB. Acesso em 18 fev. 2019.

BAUER, Rosane (1997). Living with Brasilia. Götemburg: Chalmers University of Technology, 1997.

BEAUVOIR, Simone de (2000). Cartas a Nelson Algren: um amor transatlântico 1947-1964. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

BEAUVOIR, Simone de (1965). Sob o signo da história. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.

BÍLÁ, Gabriela (2014). O novo guia de Brasília. Brasília: Edição do autor.

BLUMENSCHEIN, Fernando (Coord.) (2005). Índice de Condições de Vida (ICV) nas capitais dos estados do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas; FGV Projetos. Disponível em: http://www.silvaporto.com.br/wp-content/uploads/2017/09/Pesquisa-FGV-2005-Qualidade-de-Vida-nas-Capitais.pdf. Acesso em 30 mar. 2018.

BRAFMAN, Luciana (2005). São Paulo é só a 11º no ranking de satisfação. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 out. 2005, p. C1.

BRAGA, Andrea da Costa, FALCÃO, Fernando A. R (1997). Guia de Urbanismo, Arquitetura e Arte de Brasília. Brasília: Fundação Athos Bulcão.

BRAGA, Milton (2010). O concurso de Brasília: sete projetos para uma capital. São Paulo: Cosac Naify; Imprensa Oficial do Estado; Museu da Casa Brasileira.

BRASÍLIA e a opinião mundial. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1958 (tomo I), 1959 (tomo II).

BRASÍLIA, coração do Brasil. Epopeia, Rio de Janeiro, jan. 1959. Edição especial.

BURGI, Sergio, TITAN J., Samuel (Org.) (2010). Brasília – Marcel Gautherot. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2010.

CAMPOS, Marcio (2006). Architectural and social modernity: the image of Brasilia in the European movies. In: INTERNATIONAL DOCOMOMO CONFERENCE, 6, 2000, Brasília. Conference Proceedings: The Modern City Facing the Future, Salvador: Universidade Federal da Bahia; Brasília: Universidade de Brasília.

Cartão de visita de um homem famoso: Mário Meirelles (prefeito de Brasília) Ladrão de Brasília e sócio de JK há mais de 15 anos. Maquis, Rio de Janeiro, n. 127, p. 20-21, 14 nov. 1957.

CASARES, Adolfo Bioy (2010). Unos días en el Brasil (diario de viaje). Buenos Aires. La Compañia de los Libros.

CASTRO, Josué (1960). A significação geopolítica de Brasília. Brasília, Rio de Janeiro, n. 42, p. 1, jun.

CEPÊDA, Vera Alves (2012). O Brasil em movimento de John Dos Passos. Cadernos do Desenvolvimento, Rio de Janeiro, v. 7, n. 11, p. 221-223, jul.-dez. Disponível em: http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/article/view/197/183. Acesso em 07 fev. 2019.

CONSTRUÇÃO de Brasília inspirou músicas contra e a favor da nova capital. Correio Braziliense, Brasília, 21 abr. 2013. Disponível em: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/canta-brasilia/2013/04/21/internacantabrasilia,361444/construcao-de-brasilia-inspirou-musicas-contra-e-a-favor-da-nova-capital.shtml. Acesso em 30 mar. 2018.

CORBISIER, Roland (1960). Brasília e o desenvolvimento nacional. Rio de Janeiro: Instituto Superior de Estudos Brasileiros.

CURTIS, William (1982). Modern Architecture Since 1900. Londres: Phaidon, 1982 [edição brasileira: Arquitetura moderna desde 1900. Porto Alegre: Bookman, 2008]. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2810200501.htm. Acesso em 30 mar. 2018.

DOS PASSOS, John (2013). O Brasil em movimento. São Paulo: Benvirá/Saraiva.

DOS PASSOS, John (1964). O Brasil desperta. Rio de Janeiro: Record.

DOS PASSOS, JOHN. Timeline. Disponível em http://www.johndospassos.com/biography/. Acesso em 13 fev. 2019.

EPSTEIN, David G (1973). Brasilia, Plan and Reality: a Study of Planned and Spontaneous Urban Development. Berkeley: University of California Press.

ESPADA, Heloísa (Coord.) (2010). As construções de Brasília. Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles.

ESPEJO, L. Arturo (1984). Rationalité et formes d’occupation de l'espace. Paris: Anthropos. SHOUMATOFF, Alex (1987). The Capital of Hope: Brasilia and its People. New Mexico: University of New Mexico Press.

EVENSON, Norma (1973). Two Brazilian Capitals: Architecture and Urbanism in Rio de Janeiro and Brasilia. New Haven; London: Yale University Press.

FENEJA, Fernanda Luísa (2014). Across Genres: John Dos Passos Brazil On The Move. Revista Línguas & Letras, Cascavel, PR, v. 15, n. 30, 2014. Disponível em http://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9806/8077. Acesso em 09 fev. 2019.

FERREIRA, Rodrigo Otavio Seixas (2015). A imprensa como “arma e guerra”: a trajetória da revista Maquis (1956-1962). In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 28, 2015. Florianópolis. Anais eletrônicos... Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade do Estado de Santa Catarina, ANPUH. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434422713_ARQUIVO_ArtigoSimposio.pdf. Acesso em 18 fev. 2018.

FICHER, Sylvia; SCHLEE, Andrey (2010). Guia de obras de Oscar Niemeyer: Brasília 50 anos. Brasília: Instituto de Arquitetos do Brasil; Câmara dos Deputados.

FRAGA, Plínio. Filósofos do PAC (2012). Projeto de lei prevê que pensadores acompanhem obras do país. Piauí, São Paulo, n. 66, mar. 2012. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/filosofos-do-pac/. Acesso em 18 fev. 2019.

FRAMPTON, Kenneth (1980). Modern Architecture: A Critical History. London: Thames & Hudson, 1980 [ed. brasileira: História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997].

FRAMPTON, Kenneth (2010). O destino de Brasília. In: BURGI, Sergio, TITAN J., Samuel (Org.). Brasília – Marcel Gautherot. São Paulo: Instituto Moreira Salles, p. 17-30.

FREYRE, Gilberto (1968). Brasis, Brasil, Brasília. 2. ed. Rio de Janeiro: Record.

FREYRE, Gilberto (1982). Rurbanização: que é? Recife: Massangana.

GOLDBERGER, Paul (1999). "New Yorker" saúda Brasília. A prestigiosa revista americana pergunta-se por que a capital está mais atraente do que nunca. Folha de S. Paulo, Caderno Mais!.

GONÇALO JR (2004). A Guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-64. São Paulo: Companhia das Letras.

GOROVITZ, Matheus (1985). Brasília: uma questão de escala. São Paulo: Projeto.

GOUVÊA, Luiz Alberto de Campos (2000). Brasília: A capital da segregação e do controle social. São Paulo: Annablume.

GUIARQUITETURA Brasília (2000). São Paulo: Empresa das Artes.

HESS, Alan. Report: back to Brasilia (1991). Progressive Architecture v. 72, n. 10.

HOLANDA, Frederico de (2002). O espaço de exceção. Brasília: Editora da Universidade de Brasília.

HOLSTON, James (1993). A cidade modernista: uma crítica de Brasília e sua utopia. São Paulo: Companhia das Letras.

HOLSTON, James (1989). The Modernist City: an Anthropological critique of Brasilia. University of Chicago Press [edição. brasileira: A cidade modernista: uma crítica de Brasília e sua utopia. São Paulo: Companhia das Letras, 2005].

HUGHES, Robert (1991). The shock of the new: art and the century change. London: Thames and Hudson.

JENCKS, Charles (1977). The Language of Post-modern Architecture. New York: Rizzoli.

John Dos Passos. Timeline. Disponível em http://www.johndospassos.com/biography/. Acesso em 13 fev. 2019.

KRAUSE, Katia Iracema (2016). O Brasil de Amaral Netto, o repórter – 1968-1985. Tese (Doutoramento em História Social) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, Niterói. Disponível em: http://www.historia.uff.br/stricto/td/1796.pdf. Acesso em 16 fev. 2019.

LARA, Fernando Luiz. Espelho de fora. Arquitetura brasileira vista do exterior. Arquitextos, São Paulo, n. 004.07, Vitruvius, set. 2000. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.004/986. Acesso em 23 dez. 2018.

LISPECTOR, Clarice (1999). A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco.

MOURÃO, Gerardo Mello. A volta ao Rio (1992). Folha de S. Paulo, São Paulo. Seção Tendências/Debates.

OLIVEIRA, Márcio de (2006). O ISEB e a construção de Brasília. Sociedade e Estado, Brasília, v. 21, n. 2, p. 487-512, 2006. Disponível em http://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5240. Acesso em 17 fev. 2019.

PAVIANI, Aldo (Org.) (1996). Brasília: moradia e exclusão. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

PAVIANI, Aldo (Org.) (1991). A conquista da cidade: movimentos populares em Brasília. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

PAVIANI, Aldo (Org.) (1999). Brasília – Gestão urbana: conflito e cidadania. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

PAVIANI, Aldo (Org.) (1985). Brasília, ideologia e realidade: espaço urbano em questão. São Paulo, Brasília: Projeto CNPq.

PAVIANI, Aldo (Org.) (1989). Brasília, metrópole em crise. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

PERALVA, Osvaldo (1988). Brasília, Patrimônio da Humanidade (um relatório). Brasília: Ministério da Cultura.

POPULAÇÃO de Brasília é a mais satisfeita com qualidade de vida, revela pesquisa da FGV. Agência Brasil, Brasília, 27 out. 2005. Disponível em: http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2005-10-27/populacao-de-brasilia-e-mais-satisfeita-com-qualidade-de-vida-revela-pesquisa-da-fgv. Acesso em 30 mar. 2018.

RÁDIO oficial não gostou: Samba (que não é de índio) não quer ir para Brasília. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1 nov. 1957, 1º Caderno, p. 9. Disponível em: https://fauufpa.org/2014/10/23/nao-vou-pra-brasilia-por-billy-blanco. Acesso em 30 mar. 2018.

RELATÓRIO do Plano Piloto de Brasília (1991). Brasília: GDF.

RIBEIRO, Sandra Bernardes (2005). Brasília: memória, cidadania e gestão do patrimônio cultural. São Paulo: Annablume.

ROMANO, Luís Antônio Contatori (2002). A passagem de Sartre e Simone de Beauvoir pelo Brasil em 1960. Campinas, SP: São Paulo, Mercado de Letras; FAPESP.

SEGAWA, Hugo (2018). Arquiteturas no Brasil 1900-1990. 3 ed. São Paulo: Edusp.

SEGAWA, Hugo (1987). Lucio Costa: a vanguarda permeada com a tradição. Projeto, São Paulo, n. 104.

Só neste ano Brasília engoliu seis biliões de cruzeiros dos Institutos de Previdência. Maquis, Rio de Janeiro, n. 115, p. 10-12, 22 ago. 1959.

SODRÉ, Nelson Werneck (1978). Oscar Niemeyer. Rio de Janeiro: Graal.

SULLIVAN, Edward J (Ed.) (2001). Brazil Body & Soul. New York: Guggenheim Museum.

TAFURI, Manfredo; DAL CO, Francesco (1986). Modern Architecture/2. New York: Rizzoli.

TAVARES, Jeferson (2014). Projetos para Brasília 1927-1957. Brasília: IPHAN.

Teste de Rorschach. WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Rorschach. Acesso em: 22 fev. 2018.

The Man From Rio. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/That_Man_from_Rio. Acesso em 30 mar. 2018.

VAITSMAN, Maurício (1959). Brasília e Amazônia: reportagens. Rio de Janeiro: SPVEA.

VARGAS LLOSA, Mario Vargas (2010). Sabres e utopias: visões da América Latina. Rio de Janeiro: Objetiva.

VOSS, Dan. Who wrote “Brasilia”? Disponível em: http://uebergreifen.blogspot.com.br/2013/04/who-wrote-brasilia.html. Acesso em 30 mar. 2018.

Weit Is Der Weg. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: https://de.wikipedia.org/wiki/Weit_ist_der_Weg. Acesso em 30 mar. 2018.

WESELY, Michael, KIM, Lina (2010). Arquivo Brasília. São Paulo: Cosac Naify.

XAVIER, Alberto, KATINSKY, Julio (Org.) (2012). Brasília: Antologia Crítica. São Paulo: Cosac Naify.

ZEIN, Ruth Verde; LIMA, Ana Gabriela Godinho (2000). What Do We Really Know About Brasília? Misleading and Prejudice in Canonical Books. In: INTERNATIONAL DOCOMOMO CONFERENCE #6, Brasília. Conference Proceedings: The Modern City Facing the Future, Salvador: Universidade Federal da Bahia; Brasília: Universidade de Brasília, [2006], p. 73-76.

ZEVI, Bruno (1978). Cronache di Archittetura 6: dalla scomparsa di F. Ll. Wright all’inaugurazione di Brasilia. Bari: Laterza.

URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.