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A ordem urbana religiosa no Rio de Janeiro colonial
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Palavras-chave

Urbanismo.

Como Citar

FRIDMAN, Fania; MACEDO, Valter. A ordem urbana religiosa no Rio de Janeiro colonial. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 1, n. 1, p. 1–21, 2013. DOI: 10.20396/urbana.v1i1.8635109. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8635109. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O desenho urbano, quando analisado em sua gênese, reflete os processos de acumulação e de parcelamento dos patrimônios territoriais verificados ao longo do tempo. Neste contexto, ordens religiosas e irmandades, através de seus patrimônios imobiliário e fundiário desempenharam, de uma forma geral e no caso específico do Rio de Janeiro, importante papel no processo de conformação do chão da cidade, desde sua fundação (1565) até a promulgação da Lei de Terras no Brasil (1850). Em relação ao período colonial, consideramos que a paisagem urbana estava vinculada à presença dos religiosos, uma vez que cada ordem, irmandade ou confraria dominava uma parcela do território, sendo esta dominação de base econômica - a produção agrícola, pastoril e de serviços, além do acúmulo de propriedades imobiliárias - e ideológica, exercida pela religião católica. Este texto analisa o papel desempenhado pela Igreja na produção do espaço e suas conseqüências sobre o cotidiano na cidade do Rio de Janeiro.
https://doi.org/10.20396/urbana.v1i1.8635109
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