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Políticas habitacionais para a baixa renda no Brasil populista e ditatorial: os processos decisórios de cima para baixo e a contribuição da cidade de Recife nessa discussão.
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Palavras-chave

Questão da moradia. Populismo e baixa renda.

Como Citar

SANTOS, Caroline Gonçalves dos. Políticas habitacionais para a baixa renda no Brasil populista e ditatorial: os processos decisórios de cima para baixo e a contribuição da cidade de Recife nessa discussão. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 6, n. 1, p. 402–423, 2014. DOI: 10.20396/urbana.v6i1.8635308. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8635308. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho aborda o tratamento estatal conferido a questão habitacional da população de baixa renda no Brasil entre as décadas de 1930 a 1960, que é fundamental para o reconhecimento de uma primeira geração de políticas habitacionais, que se dá a partir de um forte discurso populista em que se difunde a ideia da casa própria. Esta pesquisa segue uma perspectiva histórica, absorve a contribuição da cidade de Recife nesse debate e observa que a partir desse período o Estado assumiu com continuidade a reponsabilidade da provisão de habitação para a baixa renda. Entretanto esteve muito distante dessa população e do seu modo de viver, tentando impor hábitos que não faziam parte do seu cotidiano, originando novos problemas e suscitando uma nova geração de políticas habitacionais.

 

https://doi.org/10.20396/urbana.v6i1.8635308
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