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O asylo da mendicidade e os planos urbanísticos do século XIX no Rio de Janeiro
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Palavras-chave

Asylo da Mendicidade do Rio de Janeiro. Hospital São Francisco de Assis. Assistência pública.

Como Citar

SOUZA, Eliara Beck; AMORA, Ana Maria Gadelha Albano. O asylo da mendicidade e os planos urbanísticos do século XIX no Rio de Janeiro. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 6, n. 1, p. 649–672, 2014. DOI: 10.20396/urbana.v6i1.8635319. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8635319. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste artigo é relacionar a edificação do Asylo da Mendicidade no Rio de Janeiro em 1876 com os ideais de razão, ordem e higiene que permearam os planos urbanísticos do século XIX. São abordados o relatório de Beaurepaire Rohan (1843) e o plano da Comissão de Melhoramentos (1876), os quais aliaram preocupações estéticas, de saúde pública e de infraestrutura urbana. Defende-se que, como parte do projeto de modernização proposto, foi construído o Asylo da Mendicidade, um instrumento não só de assistência pública, mas também de manutenção da ordem. Para isso, a edificação deveria ser representante do progresso científico, apresentando os mesmos ideais dos planos urbanísticos, na sua arquitetura neoclássica e no tipo arquitetônico escolhido, o pan-óptico.

https://doi.org/10.20396/urbana.v6i1.8635319
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Referências

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