Resumo
A partir das obras produzidas pela artista e performance carioca Aleta Valente, esse artigo pretende discorrer como suas produções podem ser consideradas e analisadas segundo o ponto de vista epistemológico da decolonidade, sugerida por Walter Mignolo, e de contemporaneidade pensada por Giorgio Agamben. Pensar a partir da decolonidade é reconhecer novas propostas epistemológicas e políticas para além do pensamento eurocêntrico ou fundamentalmente cristalizado sob a perspectiva de poder. O conceito de contemporaneidade de Agamben, de alguma forma, dialoga com a proposta decolonial ao reconhecê-lo como libertário das condições sociais que circulam o presente. Em face a esses conceitos, Aleta Valente faz da aridez do subúrbio, dos pelos e da menstruação argumentos para a sua arte em discursos feministas, empoderamento e deboche.
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