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O ensino regular da caligrafia: a experiência da escola americana de Curitiba no final do século XIX e início do século XX
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Palavras-chave

Cultura escolar. Escola Americana. Ensino de Caligrafia. História da Educação. Paraná

Como Citar

ABREU, Geysa Spitz Alcoforado de. O ensino regular da caligrafia: a experiência da escola americana de Curitiba no final do século XIX e início do século XX. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 11, n. 43, p. 132–142, 2012. DOI: 10.20396/rho.v11i43.8639933. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639933. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho examina uma experiência de ensino da escrita, do final do século XIX às primeiras décadas do século XX, partindo da análise das transformações sofridas no ensino regular da caligrafia na Escola Americana de Curitiba. No processo de alfabetização, ainda no século XIX, a escrita adquiriu o mesmo estatuto da leitura, devendo ser ensinada simultaneamente, em substituição ao ensino sucessivo, onde o aluno primeiro aprendia a ler para depois aprender a escrever. Na Escola Americana de Curitiba, o método utilizado para o ensino da escrita sofreu alterações ao longo dos anos. Em 1892, distanciando-se dos métodos utilizados na maioria das escolas brasileiras da época, nas quais os alunos aprendiam a escrever cobrindo o traçado do professor, os alunos principiantes começavam a escrever primeiro em suas lousas, para depois passar para o traçado a lápis nos livros em branco; nas séries seguintes, utilizava-se a pena. Nos Estados Unidos, na virada do século, visando atender às necessidades do mundo em transformação, surgiu a proposta da caligrafia muscular. Na década de 1920, há indicativos de que já estivesse em uso na Escola Americana de Curitiba um método americano de caligrafia muscular, “The Palmer Method of Business Writing”, que continuaria a ser empregado até a década de 1950.

https://doi.org/10.20396/rho.v11i43.8639933
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Referências

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