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Colégio Nossa Senhora do Amparo: casa de oraçâo, educação e trabalho
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Palavras-chave

Colégio Nossa Senhora do Amparo. Educação. História

Como Citar

SOUZA, Maria do Perpétuo Socorro Gomes de; FRANÇA, Samara Avelino de Souza. Colégio Nossa Senhora do Amparo: casa de oraçâo, educação e trabalho. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 11, n. 43e, p. 175–186, 2012. DOI: 10.20396/rho.v11i43e.8639959. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639959. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar como eram educadas as meninas órfãs pobres, desvalidas, expostas e pensionistas do Colégio Nossa Senhora do Amparo, criado em 1804, pelo Bispo Frei Caetano Brandão, na cidade de Belém do Pará. O recorte histórico de análise é o período de 1860 a 1870. Para compreender o universo cultural deste estabelecimento de ensino, valemo-nos dos Regulamentos do Colégio, relatórios dos presidentes da província e dos administradores do Amparo.O presidente da Província era o protetor supremo do Colégio, o qual era mantido por doações de particulares, donativos, esmolas e quantias fixadas pelas Assembléia Geral e Provincial. As alunas iniciavam suas atividades às cinco e meia da manhã. A partir daí, dividiam o seu tempo entre as orações na capela e as aulas. Às nove e meia da noite, recolhiam-se aos dormitórios. As meninas eram educadas para não desperdiçar tempo, evitando, por conseguinte, a ociosidade. Tratava-se de um tempo de educação controlado pelo toque do sino que organizava a rotina do Colégio, indicando o início e o fim de cada atividade. A educação baseada nos princípios do catolicismo buscava formar, no futuro, mães caridosas, bondosas, amáveis  a serviço da doutrina católica.

https://doi.org/10.20396/rho.v11i43e.8639959
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