Resumo
O presente artigo tem por objetivo explicitar alguns contrastes e semelhanças da trajetóriahistórica e conceitual da política de educação especial do Brasil e da Venezuela. Todaviacoerente ao referencial marxista, essa modalidade da educação escolar não pode seranalisada descolada das relações sociais que a produziram, desse modo, principiamos porexpor alguns elementos da reforma neoliberal, as quais expressam as alterações da basematerial, política e cultural da América Latina em geral, para posteriormente articulá-las àsreformas educacionais da década de 1990 nos países supra citados, buscando destacar asinfluências dessa reforma na particularidade da política de educação especial, bem comoalgumas mudanças desencadeadas a partir da gestão do presidente Luis Inácio Lula daSilva e Hugo Rafael Chávez Frías, sendo o principal resultado o aumento significativo doacesso à educação formal por parte de pessoas com deficiência.Referências
ALI, Tariq. Piratas del Caribe - el eje de la esperanza. Caracas: Ediciones Luxemburg, 2006.
BATISTA, Paulo Nogueira. O consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
BOITO, Armando Jr. A política neoliberal no Brasil. In: Política neoliberal e sindicalismo no Brasil. São Paulo: Xamã, 1999.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva, Visão Histórica. Série Amarela. Brasília, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação . Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Geografia da educação brasileira. Brasília, DF: MEC/INEP, 2001.
BUENO, José Geraldo Silveira. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: Educ, 1993.
CEPAL. Transformacion productiva con eqüidad: a tarea prioritaria del desarrollo de América Latina y el Caribe en los años noventa. Santiago, Chile, 1990.
CEPAL.UNESCO. Educação e conhecimento: eixo da transformação produtiva com equidade. Brasília: IPEA/CEPAL/INEP, 1995.
DELORS, Jacques. [et al.] (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 10 ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2006.
NAGEL, Lizia Helena. O estado e as políticas educacionais a partir dos anos 80. In; NOGUEIRA, F. M. G. Estado e políticas sociais no Brasil. Cascavel, PR: Edunioeste, 2001.
NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães. As orientações do Banco Mundial e as políticas educacionais atuais: a construção do consenso em torno da centralidade da educação básica. In: HIDALGO, Angela Maria; SILVA, lleizi Luciana Fiorelli (Org.). Educação e Estado: as mudanças nos sistemas de ensino do Brasil e do Paraná na década de 90. Londrina: Ed. UEL, 2001.
RATJES, Rubén Reinoso. Cambio y currículo en la escuela. Caracas: Centro Internacional Miranda, Ministerio de Educación Superior, 2009.
SHIROMA, Eneida Oto. Sentidos da descentralização nas propostas internacionais para a educação. In: BORGES, Liliam Faria Porto e MAZZUCO, Neiva Galina (Org.). Democracia e políticas sociais na América Latina. São Paulo: Xamã, 2009.
VENEZUELA. Ministério de Educación. Conceptualizacion y política de la atención educativa de las personas ciegas y deficientes visuales. Caracas, 1997.
VENEZUELA. Ministério de Educación. Conceptualizacion y politica de la atencion educativa de las personas con impedimentos fisicos. Caracas, 1998.
VENEZUELA. Ministério de Educación. conceptualización y política de la integración social de las personas con necesidades especiales: Programa de Integración Social. Caracas, 1997.
VENEZUELA. Ministerio de Educación y Deportes. La educación bolivariana: políticas, programas y acciones "cumpliendo las metas del milenio". Caracas, 2004. Disponível em: www.oei.es/quipu/venezuela/index.html. Acesso em: 28 abr 2010.
A Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.