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O município liberal e a decisão política
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Palavras-chave

Município liberal. Autarcia escolar. Município-pedagógico. Cidadania educativa

Como Citar

MAGALHÃES, Justino. O município liberal e a decisão política. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 54, p. 5–14, 2014. DOI: 10.20396/rho.v13i54.8640164. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640164. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Desde o final da Idade Média que os concelhos possuíam uma escrita organizada e se foram constituindo como poder público. Legitimados pela eleição dos oficiais camarários, os concelhos eram responsáveis pelo cumprimento dos Usos e Costumes e de outras Posturas municipais. No trânsito do Antigo Regime, emergiam como representantes do público – estatuto que foi retomado e reforçado pelas autoridades revolucionárias e reformadoras do Regime Liberal. A instrução pública tornou-se prerrogativa do Liberalismo. Em Portugal, desde antes da Revolução de 1820 que aumentou a procura da alfabetização. A partir dos anos 40 do século XIX, por iniciativa própria ou pressionados pelo governo central, os municípios portugueses passaram a decidir de forma sistemática em matéria de instrução pública. No processo de autonomia, integração, desenvolvimento e identidade do local, o município constituiu-se como município-pedagógico. Uma historiografia do municipalismo no quadro da modernização educativa, política e social, por paralelo com as histórias nacionais e transversal aos ciclos histórico-pedagógicos, seja na Europa, seja no Novo Mundo – particularmente o Brasil, permitirá a reconstituição e a revisitação das memórias, bem assim como a preservação e informação dos diferentes patrimónios educativos, enfim, da cidadania educativa como móbil da consciência histórica.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i54.8640164
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Referências

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