Banner Portal
A filosofia da história “nacional-popular” nos cadernos de A. Gramsci
PDF

Palavras-chave

História. Filosofia. Educação. Gramsci

Como Citar

SEMERARO, Giovanni. A filosofia da história “nacional-popular” nos cadernos de A. Gramsci. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 54, p. 54–69, 2014. DOI: 10.20396/rho.v13i54.8640168. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640168. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

O texto tem como objetivo resgatar a concepção de filosofia da história que emerge dos Cadernos do cárcere de A. Gramsci, um autor que mostra uma fecunda relação dialética não apenas entre filosofia e política, mas, também, entre filosofia e história. Ao longo da investigação destaca-se a ligação de Gramsci com Hegel e Marx, mas, se colocam particularmente em evidência as diferenças entre eles. Desta forma, o foco das atenções é direcionado sobre os aspectos inovadores que o marxista italiano desenvolve ao interpretar a história moderna, as formas que assume a burguesia na consolidação do seu poder e as novas estratégias de lutas das classes subalternas para conquistar a hegemonia e criar um Estado de caráter nacional-popular. Para Gramsci, o mundo moderno não é apenas a história da burguesia e da “revolução passiva”, mas é também a época em que emergem novos sujeitos políticos que procuram se organizar com uma “vontade coletiva nacional-popular”. Uma “vontade” que Gramsci nunca separa da “necessidade histórica”, de modo a formar nas lutas populares uma “consciência operosa”, ou seja, uma visão lúcida da realidade inseparável da ação política eficaz.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i54.8640168
PDF

Referências

BADALONI, Nicola. Il marxismo di Gramsci. Dal mito alla ricomposizione politica. Roma: Riuniti, 1975.

BARATTA, Giorgio. “Spirito popolare creativo”, in: LIGUORI, G. VOZA, P. (Orgs.), Dizionario gramsciano: 1926-1937. Roma: Carocci, 2009, p. 794.

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo, SP: Brasiliense, 1987, p. 225.

BLUMENBERG, Hans. Tempo della vita e tempo del mondo. Bologna: Il Mulino, 1996.

BUKHARIN, Nikolai. Teoria del materialismo storico. Manuale popolare de sociologia marxista. Firenze: La Nuova Italia, 1977.

BURGIO, Alberto. Gramsci storico: una lettura dei “Quaderni del carcere”. Roma-Bari: Laterza, 2002.

COUTINHO, Carlos Nelson. De Rousseau a Gramsci. São Paulo, SP: Boitempo, 2011.

CROCE, Benedetto. Materialismo storico ed economia marxista. Bari: Laterza, 1968.

CROCE, Benedetto. La filosofia di Giambattista Vico [1911]. Bari: Laterza 1980.

DE FELICE, Franco. “Rivoluzione passiva, fascismo, americanismo in Gramsci”. In:

FERRI, F. (Org.), Politica e storia in Gramsci, atti del Convegno Internazionale dei studi gramsciani, Firenze, 9-11 dicembre 1977.

FUSARO, Diego Essere senza tempo: accelerazione della storia e della vita. Milano: Bompiani, 2010.

GENTILE, Giovanni. La filosofia di Marx, Firenze: Le Lettere, 2012.

GRAMSCI, Antonio. Quaderni del Carcere, a cura di V. Gerratana. Torino: Einaudi, 4 voll., 1975.

GRAMSCI, Antonio. Alguns temas da questão meridional. In: GRAMSCI, Antonio. A questão meridional. Tradução de Carlos Nelson Coutinho e Marcos Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1987, p.61-93.

GRAMSCI, Antonio. Utopia. In: COUTINHO, Carlos Nelson. (Org.). Escritos políticos, Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Vol I, Rio de Janeiro. RJ: Civilização Brasileira, 2004. p. 200-209.

HEGEL, Georg, W.F. Lezioni sulla storia della filosofia. Firenze: La Nuova Italia, 1983.

HEGEL, Georg, W.F. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Menezes. Petrópolis, RJ: Vozes, 1988.

HEGEL, Georg, W.F. Lineamenti di filosofia del diritto. Roma-Bari: Laterza, 1996.

HEGEL, Georg, W.F. Filosofia da História. Tradução de Maria Rodrigues e Hans Harden.Brasília, DF: UnB, 1999.

HOBSBAWM, Eric. Sobre história. Tradução de Cid Knipel. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1998.

LABRIOLA, Antonio. Da un secolo all’altro. In: LABRIOLA, Antonio. Scritti varii e inediti di filosofia e política, a cura di B. Croce. Bari: Laterza, 1906, p. 487-495.

LOSURDO, Domenico. Contra-história do liberalismo. Tradução de Giovanni Semeraro. Aparecida, SP: Idéias e Letras, 2006.

LÖWITH, Karl. Critica dell’esistenza storica. Napoli: Morano, 1967.

MARRAMAO, Giacomo. Cielo e terra. Genealogia della secolarizzazione. Roma-Bari: Laterza, 1994.

MARTELLI, Michele. Etica e politica: Croce e Gramsci a confronto. Napoli: Città del sole, 2001.

MARX, Karl. Il Capitale. Roma: Riuniti, v.I, 1964.

MARX, Karl. Il Capitale. Roma: Riuniti. v.III, 1965.

MARX, Karl. Manoscritti economici-filosofici del 1844. Torino: Einaudi, 1968.

MARX, Karl. Lineamenti fondamentali di critica dell’economia política. Torino: Einaudi, v.I, 1976.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. Tradução de Maria Helena Barreiro Alves. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1983.

MARX, Karl. Miseria della filosofia. Roma: Riuniti, 1998.

MARX, Karl. Il 18 di brumario di Luigi Buonaparte. Roma: Riuniti, 2001.

MARX, K. ENGELS, F. La sacra famiglia. Ovvero critica della critica critica. Contro Bruno Bauer e soci Roma: Riuniti, 1967.

MARX, K. ENGELS, F. Manifesto del partito comunista, traduzione e introduzione di D. Losurdo. Roma-Bari: Laterza, 1999.

MARX, K. ENGELS, F. A idelogia alemã. Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1998, p..

MARX, K. ENGELS, F. Teses sobre Feuerbach. In: MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1998, p.

SECCO, Lincoln. Gramsci e a revolução. São Paulo, SP: Alameda, 2006.

SEMERARO, Giovanni. Gramsci e os movimentos populares: uma leitura do Caderno 25. In: SEMERARO, Giovanni et al. Gramsci e os movimentos populares, Niterói, RJ: Eduff, 2011, p. 287-302.

VICO, Giambattista. Ciência Nova. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.