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Mente amore pro patria docere: a escola de aprendizes artífices da paraíba e a formação de cidadãos úteis à nação (1909 – 1942)
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Palavras-chave

Escola de Aprendizes Artífices. Educação profissional. Formação profissional de trabalhadores. Instituições escolares

Como Citar

CANDEIA, Luciano. Mente amore pro patria docere: a escola de aprendizes artífices da paraíba e a formação de cidadãos úteis à nação (1909 – 1942). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 54, p. 309–309, 2014. DOI: 10.20396/rho.v13i54.8640187. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640187. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

Com o advento da República, e nas primeiras décadas do século XX, a educação ocupou cada vez mais espaço na pauta de preocupações do Estado brasileiro. O esforço para alfabetizar e educar o povo, seguindo os princípios do nacionalismo em voga, ganharam contornos cada vez mais precisos. Nesse contexto, a escola assume papel dos mais importantes, e as escolas de aprendizes, em particular, assumem o desafio de alfabetizar e disciplinar os “desfavorecidos da fortuna”. Nessa perspectiva, este trabalho, intitulado Mente amore pro patria docere: a Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba e a formação de cidadãos úteis à nação, constitui uma reflexão sobre a trajetória de uma dessas escolas de aprendizes, localizada na então cidade de Parahyba (atual João Pessoa), entre 1909, ano em que foi criada, e 1942, quando deixou de existir após processo de remodelações promovidas pelo Governo Federal. Aqui, defendemos a tese de que a Escola de Aprendizes da Paraíba, criada com os objetivos de profissionalizar os desfavorecidos da sorte e produzir operários disciplinados, foi um lugar de aprendizagem de saberes e de inculcação de comportamentos, onde jovens socialmente excluídos tinham seus corpos e mentes educados, segundo a lógica da racionalidade do trabalho e de construção da nacionalidade brasileira. Fundamentamos a tese nos pressupostos teóricos do materialismo histórico (MARX, 1980; MARX; ENGELS, 1984; 2004; LUKÁCS, 2003; PINTO, 1969) e na utilização da categoria de totalidade, dialogando, ainda, com a ideia de cultura escolar, no sentido de nos aproximarmos do funcionamento interno e do cotidiano da instituição aqui em estudo. Nessa perspectiva, consideramos a sugestão de Goodson (1995), Julia (2001), Frago (1995; 2005) e Souza (2000; 2010) de que os processos internos da escola não podem ser ignorados. Na análise desenvolvida, pensamos o conjunto das transformações que assinalam as mudanças na educação brasileira e, mais particularmente, na Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba, como “um local” onde tais mudanças se materializaram, ainda que marcadas por conflitos e tensões. Daí trabalharmos com toda a legislação disponível sobre educação profissional no período (criação das escolas de aprendizes, remodelações e extinção dessas), bem como os relatórios de gestão. Articuladamente, analisamos o acervo de fotografias da Escola como um exercício possível na direção de compreendermos as pretensões de inculcar ideias e, para além disso, discutimos as publicações das palestras que foram realizadas pelos professores da Escola nos anos de 1925 e 1936.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i54.8640187
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