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O PDE e as salas do PROINFO: análise crítica sobre os projetos compensatórios na educação
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Palavras-chave

Neoliberal. Banco Mundial. Projetos educacionais

Como Citar

FERREIRA, Maria Luzia; BUENO, José Lucas Pedreira. O PDE e as salas do PROINFO: análise crítica sobre os projetos compensatórios na educação. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 14, n. 57, p. 102–114, 2014. DOI: 10.20396/rho.v14i57.8640406. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640406. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

O texto apresenta uma análise dos projetos educacionais presentes em escolas públicas brasileiras, com base em uma perspectiva crítica, que procura descortinar o discurso neoliberal para a construção da excelência na educação. Por meio de uma abordagem qualitativa, busca apontar as disputas que envolvem os segmentos sociais hegemônicos da complexa sociedade capitalista atual, contribuindo para a configuração de uma escola gerenciada conforme os ditames do mercado. A partir da primeira década dos anos 90, os projetos educacionais passaram a fazer parte do cenário das escolas públicas brasileiras, quando a proposta do Banco Mundial consistia em melhorar a qualidade e a eficiência do ensino, mediante a melhoria da aprendizagem dos alunos e da redução das altas taxas de repetência. Desse modo, os projetos educacionais perpetuam a ideia de que questões políticas e sociais devem ser tratadas como questões técnicas, de eficácia/ineficácia. Projetos educacionais são introduzidos nas escolas e alicerçam a ideia de que para solucionar os problemas da educação, deve-se melhorar a “qualidade” do ensino, uma proposta subjacente aos interesses do Banco Mundial.

https://doi.org/10.20396/rho.v14i57.8640406
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