Resumo
A partir da crítica aos limites no modo como os estudos do lazer apropriam a noção de trabalho na obra de Marx e Engels, o artigo recupera a estrutura mais ampla na qual esta categoria está inscrita no pensamento daqueles autores, retomando a centralidade da categoria modo de produção da existência enquanto categoria estrutural daquele pensamento. Este movimento é feito com a finalidade de indicar a categoria central para a explicação do movimento histórico real que engendra o lazer enquanto uma prática dos homens que – no capitalismo – encontra-se subordinada – o tempo, a atividade e a subjetividade – à lei econômica do movimento da sociedade moderna, na qual estão em movimento forças que contraditória e dialeticamente estão produzindo outra conjuntura.
Referências
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1986.
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998a.
CUNHA, Newton. A felicidade imaginada: a negação do trabalho e do lazer. São Paulo: Brasiliense, 1987.
ENGELS, Federico. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. 13 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
ENGELS. Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Portugal: Editorial Presença; Brasil: Martins Fontes, s/d
ENGELS, Friedrich. Esboço de uma crítica da economia política. Temas de ciências humanas, São Paulo, n. 5, p. 1-29, 1979.
FALEIROS, M. I. L. Repensando o lazer. Perspectiva, São Paulo, n. 3, p. 51-65, 1980.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. Campinas: Papirus, 1987.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e humanização. Campinas: Papirus, 1983.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. Campinas: Papirus, 1990.
MARINHO, Inezil Penna. Educação Física, Recreação e Jogos. São Paulo: Companhia Brasil Editora Nacional, 1981.
MARX, Carlos. GRUNDRISSE: lineamentos fundamentales para la crítica de la economía política (1857-1858). México: Fondo de Cultura Económica, 1985. (2 vol.)
MARX, Carlos. Los debates de la VI Dieta Renana: Debates sobre la ley castigando los robos de leña. In: MARX, Carlos; ENGELS, Federico. Obras Fundamentales: Carlos
Marx: Escritos de Juventud. México: Fondo de Cultura Económica, 1982. p. 248-283. (Volume 1).
MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1977.
MARX, Karl. Crítica ao programa de Gotha. In: MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-ômega, 1980b.
MARX, Karl. O Capital. Livro 3. Volume VI. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, s/d (b).
MARX, Karl. O Capital. Livro 1. Volume I. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989a.
MARX, Karl. O Capital. 12 ed. Livro 1. Volume II. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989b.
MARX, Karl. O Capital. 4 ed. Livro 2. Volume III. São Paulo: DIFEL, 1983.
MARX, Karl. O Capital. Livro 3. Volume IV. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, s/d (a).
MARX, Karl. O Capital. 4 ed. Livro 3. Volume V. São Paulo: DIFEL, 1985.
MARX, Karl. Trabalho alienado e superação positiva da auto-alienação humana. In:
FERNANDES, Florestan. Marx e Engels: História. São Paulo: Ática, 1989c.
MARX, Karl. Trabalho Estranhado (extrato). Idéias, Campinas, Ano 9 (2), 10 (1), p. 455-472, 2003.
MARX, Karl. Trabalho estranhado e propriedade privada. In: MARX, Karl. Manuscritos econômico- filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004 P. 79-90.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Porto/ São Paulo: Editorial Presença/Livraria Martins Fontes, 1974. 2 v.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 1998.
PITHAN E SILVA, N. Recreação. 2 ed. São Paulo: Cia. Brasil Editora, 1971.
SUSSEKIND, A.; MARINHO, I. P.; GÓES, O. Manual de recreação: orientação dos lazeres do trabalhador. Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1952.
SUSSEKIND, Arnaldo. Recreação operária. Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1948.
SUSSEKIND, Arnaldo. Trabalho e recreação: fundamentos, organização e realizações da S.R.O. Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1946.
A Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.