Resumo
Estudos recentes sobre as origens da preocupação com a produção do conhecimento e políticas de formação de pessoal e de prestação de serviços em recreação e lazer no Brasil levantaram importante acervo documental. A análise dos títulos localizados entre 1889 e 1961 permitiu concluir que se trata de um conjunto de Manuais voltados à disseminação de acervos de jogos, brinquedos, brincadeiras, práticas folclóricas, escotismo, entre outros, voltados à ocupação do tempo livre da classe trabalhadora em formação, elaborados por educadores e profissionais do campo do direito, que ocupavam postos na estrutura do poder de Estado. Este estudo considera estes Manuais como fontes históricas e analisa as propostas neles contidas enquanto políticas de educação não formal, fenômenos do processo histórico brasileiro na conjuntura compreendida entre o final do século XIX e a primeira década da segunda metade do século XX.Referências
Arquivo Referente aos Estudos do Lazer no Brasil. ARELB. Grupo de Estudos e Pesquisas Marxismo, História, Tempo Livre e Educação. Disponível em: http://www.arelb.uel.br/home/default.asp
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998.
CUNHA, Luiz Antonio. A Universidade temporã: o ensino superior da Colônia a Era Vargas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 134-150.
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo : EDUSP, 2006.
FURTADO, Celso, Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
GAELZER, F. G. A recreação sob o conceito militar. Revista do Ensino, Publicação da Editora Globo. Ano 1, N. 8, Ago. 1952.
GAELZER, F. G. Recreação Pública. Revista do Ensino, Publicação da Revista do Globo S. A. Ano 1, N. 1, Set. 1951.
GAELZER, Lenea. O compromisso social da educação para o tempo livre. Reflexão, Revista Quadrimestral do Instituto de Filosofia, PUCCAMP, n.35, maio/ago. 1986.
GOHN Maria da Glória. Educação Não - Formal e cultura política. São Paulo: Cortez, 2005.
GOMES, Christianne Luce. Significados da recreação e lazer no Brasil: reflexões a partir da análise de experiências institucionais (1926-1964). 2003b. 322f. Tese (Doutorado) Faculdade de Educação – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
GOUVÊA, Ruth. Os jogos dirigidos na educação integral. Revista de Ensino, Belo Horizonte, a.17, n.193, p. 177-84, jul.-dez. 1949.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. Campinas: Papirus, 1987.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. Campinas : Papirus, 1990.
MARINHO, Inezil Penna. Educação Física, Recreação e Jogos. São Paulo: Companhia Brasil Editora Nacional, 19813
MEDEIROS, Ethel Bauzer. Educação para o lazer. Intercâmbio, Rio de Janeiro, SESC/DeptoNac., n.3 , p.37-55, jul./set. 1980.
PEIXOTO, Elza Margarida de Mendonça. Estudos do lazer no Brasil: apropriação da obra de Marx e Engels. 2007. 330p. Tese (Doutorado) Faculdade de Educação – Universidade Estadual de Campinas.
PICHELI, V. O IDORT enquanto proposta educacional no contexto de formação da hegemonia burguesa no Brasil 1930-1945. 1997. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Educação – Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
PITHAN E SILVA, N. Recreação. 2 ed. São Paulo: Cia. Brasil Editora, 1971.
ROLIM, Liz Cintra. Educação e Lazer: a aprendizagem permanente. São Paulo: Ática, 1989.
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.
SCHMIDT, Maria Junqueira. Educar pela recreação. São Paulo: Livraria Agir Editora, 1969.
SODRÉ, Nélson Werneck. Capitalismo e revolução burguesa no Brasil. Belo Horizonte: Oficina do Livro, 1990.
SUSSEKIND, A.; MARINHO, I. P.; GÓES, O. Manual de recreação: orientação dos lazeres do trabalhador. Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1952.
SUSSEKIND, Arnaldo. A chave do sucesso: Arnaldo Sussekind – um cidadão ilustre. (Entrevista) Revista Prática Jurídica, Brasília, a. 3, n. 30, 30 set. 2004. p. 6-9.
SUSSEKIND, Arnaldo. Convenções da OIT. São Paulo : Editora LTR, 1994.
SUSSEKIND, Arnaldo. Duração do trabalho e repousos remunerados. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, S.A., 1950.
SUSSEKIND, Arnaldo. Recreação operária. Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1948.
SUSSEKIND, Arnaldo. Trabalho e recreação: fundamentos, organização e realizações da S.R.O. Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1946.
A Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.