Resumo
No início do século XX, A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) cobrava do governo central a criação de uma política agrícola que atendesse as demandas agrícolas, dentre elas a formação de mão de obra. Nesta direção, o governo criou o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio (1906), o qual foi foco de disputas entre parte da elite agrária paulista e integrantes da SNA. Tais disputas deram origem ao decreto nº 8.319 de 1910, sendo a primeira lei do ensino agrícola brasileira, que refletiu experiências de países europeus, dos Estados Unidos e da própria experiência do estado de São Paulo, configurando-se numa lei marcada por um pensamento pragmático.
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