Banner Portal
Educação não escolar na Fundação CASA – SP: jovens em situação de privação de liberdade e construção de projetos de vida
PDF

Palavras-chave

Jovens em privação de liberdade. Educação não escolar. Pedagogia libertadora. Fundação CASA

Como Citar

FRANCISCO, Julio Cesar; ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano. Educação não escolar na Fundação CASA – SP: jovens em situação de privação de liberdade e construção de projetos de vida. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 15, n. 66, p. 267–277, 2016. DOI: 10.20396/rho.v15i66.8643714. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8643714. Acesso em: 8 maio. 2024.

Resumo

O presente artigo, resultado de pesquisa de caráter bibliográfico, tem como objetivo contextualizar o Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente - Fundação CASA e suas características institucionais na atualidade, bem como evidenciar algumas práticas sociais não escolares que podem contribuir para a educação de jovens que se encontram em situação de privação de liberdade, embasadas na pedagogia libertadora de Paulo Freire. Para tanto, apresenta-se a instituição, ao longo da história e os avanços conquistados com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, firmando-se como espaço não punitivo, e que, através de práticas sociais não escolares, permeadas pelo respeito aos direitos dos jovens, promovem aprendizagens que nem sempre aconteceram em suas trajetórias, marcadas pela vulnerabilidade e pelo estigma. Procura-se evidenciar que, como instituição educativa e utilizando-se de práticas anunciadoras da autonomia, a CASA pode se constituir em espaço de partilha, de convívio respeitoso, conscientização e humanização, o que permite aos jovens tomar em suas mãos a própria história, tornando-se artífices de um destino que lhes sejam mais apropriado e em consonância com um mundo mais justo e fraterno.
https://doi.org/10.20396/rho.v15i66.8643714
PDF

Referências

ANDREWS, G. R. Negros e brancos em São Paulo (1888 – 1988). Tradução: Magda Lopes, revisão técnica e apresentação: Maria Lígia Coelho Prado. Bauru: São Paulo: EDUSC, 1998.

BECHER, F. Os “menores” e a FUNABEM: influências da ditadura civil-militar brasileira. In: Simpósio Nacional de História. 1, 2011, São Paulo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo: ANPUH, p. 1-16, 2011.

BERTIN, E. Sociabilidade negra na São Paulo do século XIX. Cadernos de Pesquisas. Cdhis, Uberlândia, v. 23, n. 1, p. 115-132, jan./jun. 2010.

BOSI, E. A condição operária e outros estudos sobre a opressão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

BRASIL. Ministério da Educação. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: MEC, ACS, 2010.

COSTA, A. C. G. da. A mutação social. São Paulo – SP: Columbus, 1990.

DIAS, M. O. L. da S. Nas fímbrias da escravidão urbana: negras de tabuleiro e de ganho. Estudos Econômicos, 15, n. especial, 1985.

FALEIROS, V. de P. Infância e Adolescência: trabalhar, punir, educar, assistir, proteger.Revista ágora (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 1-9, 2004.

FICO, C. O grande irmão: da Operação Brother Sam aos anos de chumbo. O governo dos Estados Unidos e a ditadura militar brasileira. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

FRANCISCO, J. C. Educação escolar e marginalização de adolescentes autores de atos infracionais. Revista de Ciências da Educação, São Paulo, v. 14, n. 26, p. 35-54, 2012.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 50. Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

JESUS, T. M. Juventude e intervenção social. Alguns aspectos sobre condição juvenil, o jovem em conflito com a lei e as medidas socioeducativas. In: SOUSA, J. T. P. de; GROPPO, L. A. (Orgs). Dilemas e contestações das juventudes no Brasil e no mundo. Florianópolis: UFSC, 2011. p. 137-175.

LANCELLOTTI, J. R. O menor e a igreja. São Paulo – SP: Revista São Paulo em Perspectiva, 1987.

MACHADO, M. H. P. T. O plano e o pânico: os movimentos sociais na década da abolição. Rio de Janeiro: Editora EFRJ, EDUSP, 1994.

MARTINS, J. S. Dilemas sobre as classes subalternas na idade da razão. São Paulo: Hucitec, 1989.

MASELLA, M. A. O adolescente em liberdade assistida e sua inserção na rede pública de ensino de Embu/SP (2008/2009): contribuições freireanas. 2010. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2010.

NOVAES, R. Riscos e perturbações nas trajetórias jovens. Os jovens de hoje: contextos, diferenças e trajetórias. In: ALMEIDA, M. I. M. ; EUGENIO, F. (Orgs). Culturas jovens: novos mapas do afeto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p. 105-129.

ONOFRE, E. M. C. Reflexões sobre o significado da educação-escolarização para jovens em conflito com a lei. In: Julião, E. F. e Vergílio, S. S. (Orgs). Juventudes, políticas públicas e medidas socioeducativas. Rio de Janeiro: DEGASE, 2013, p. 86-107.

VALLA, V. V. A crise da interpretação é nossa: procurando compreender a fala das classes subalternas. Educação e Realidade, n. 21(2), 1996, p. 177-190.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.