Banner Portal
A pátria educadora e o abandono da educação superior: a predominância dos interesses dos empresários da educação
PDF

Palavras-chave

Educação superior. Educação. Políticas públicas.

Como Citar

PAULA, Alisson Slider do Nascimento de; LIMA, Kátia Regina Rodrigues; FERREIRA, Emmanoel Lima; COSTA, Frederico Jorge Ferreira. A pátria educadora e o abandono da educação superior: a predominância dos interesses dos empresários da educação. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 16, n. 69, p. 187–204, 2017. DOI: 10.20396/rho.v16i69.8643831. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8643831. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este estudo busca desvelar o conteúdo subjacente da política educacional expressa nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, tendo em vista o lema governamental: Pátria Educadora e sua relação com a educação superior, em especial. Para trato metodológico, realizou-se um estudo teórico e documental, delimitando os documentos: Plano Nacional de Educação 2014-2024, e o documento Pátria Educadora. O método de análise adotado foi o materialismo histórico dialético por se propor em apreender o objeto como síntese de múltiplas determinações, assim, concebendo um fenômeno para além de sua expressão imediata e isolada, partindo do mais geral para o mais específico. Constatou-se que as diretrizes da política educacional brasileira são, em grande medida, engendradas pelo setor empresarial, além de dar uma maior relevância para a educação básica, deixando a educação superior a cargo da iniciativa privada, efetivando, deste modo, o processo de mercadorização deste nível de ensino por ser considerado altamente rentável para extração de lucros para o capital.

https://doi.org/10.20396/rho.v16i69.8643831
PDF

Referências

ANDES. Governo anuncia mais cortes, adiamento de reajuste e congelamento de concursos. 2015. Disponível em: http://grevenasfederais.andes.org.br/2015/09/15/governo-anuncia-mais-cortes-adiamento-de-reajuste-e-congelamento-de-concursos/ Acesso em: 01 dez. 2015.

AMARAL, M. P.; Política pública educacional e sua dimensão internacional: abordagens teóricas. Educação e Pesquisa (USP. Impresso), v. 36, p. 39-54, 2010.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCALÇÃO. Análise do documento Pátria Educadora. (mimeo), 2015.

BANCO MUNDIAL. Relatório sobre desenvolvimento mundial 1997: o Estado num mundo em transformação. Washington/DC: Banco Mundial, 1997.

BASTOS, Remo Moreira Brito; ROCHA, Antonia Rozimar Machado. A política educacional do Banco Mundial para os países periféricos como expressão da geopolítica do conhecimento. Contribuciones a las Ciencias Sociales, v. 140, p. Única, 2015. Disponível em: http://www.eumed.net/rev/cccss/2015/01/geopolitica.html. Acesso em: 08 dez. 2015.

BERNARDI, L. M.; ROSSI, A. J.; UCZACK, L. H. Do Movimento Todos pela Educação ao Plano de Ações Articuladas: empresários interlocutores e clientes do Estado. In: X ANPED Sul - Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, Florianópolis, 2014. Disponível em: http://xanpedsul.faed.udesc.br/arq_pdf/596-0.pdf Acesso em: 30 de nov. 2015.

BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988.

BRASIL. Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. [S.l.], 2007a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6096.htm. Acesso em: 6 nov. 2015.

BRASIL. MEC. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, 2007b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/index.htm. Acesso em: 11 nov. 2015.

BRASIL. Lei 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Disponível em: http://http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/125099097/lei-13005-14. Acesso em: 15 de nov. de 2015.

BRASIL. Secretaria de Assuntos Estratégicos. Pátria Educadora: qualificação do ensino básico como obra de construção nacional. 2015. Disponível em: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwitktSLwqPLAhVTlpAKHTK6AEYQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Fcedes.preface.com.br%2Fdl%2F1IAKTzzA0_MDA_7e05e_&usg=AFQjCNERabAhNdMMKFqYYPJFwr0CA2QG3w. Acesso em: 02 fev. 2016.

DE PAULA, Alisson Slider do Nascimento. A Degradação da Universidade: a educação superior a serviço do capital. Universidade e Sociedade, v. 56, p. 58-71, 2015.

FERNANDES, Florestan. Universidade brasileira: reforma ou revolução? São Paulo: Alfa-Omega, 1975.

FREITAS, Luiz Carlos de. Pátria Educadora II. 2015. Disponível em: http://avaliacaoeducacional.com/2015/04/23/patria-educadora-ii/. Acesso em: 05 fev. 2016.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - Inep. Censo da Educação Superior 2012. Brasília, DF: Inep, 2013. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse>. Acesso em: 18 nov. 2015.

LIMA, Kátia Regina de Souza. O Programa Reuni e os desafios para a formação profissional em Serviço Social. Rev. katálysis [online], vol.16, n.2 ISSN 1414-4980, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802011000100010. Acesso em: 02 jan. 2016.

BRASIL. Plano Nacional de Educação 2014-2024. Universidade e Sociedade, v. 55, p. 32-43, 2015.

BRASIL. Expansão e reestruturação das universidades federais e intensificação do trabalho docente: o programa REUNI. Revista de Políticas Públicas (UFMA), v. Especial, 2012.

BRASIL. Contra-reforma da educação nas universidades federais: o REUNI na UFF. Universidade e Sociedade, n. 44, p. 147-157, 2009.

MARTINS, A. A educação básica no século XXI: o projeto do organismo “Todos pela Educação”. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 4, n. 1, jan./jun. 2009.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

MÉSZÁROS, Istvan. A crise Estrutural do Capital. São Paulo: Boitempo, 2008.

MINTO, Lalo Watanabe. A educação da miséria: particularidade capitalista e educação superior no Brasil. São Paulo: Outras Expressões, 2014.

NISHIMURA, Shin Pinto. A precarização do trabalho docente como necessidade do capital. Universidade e Sociedade, v. 56, 2014.

OLIVEIRA, Francisco. Hegemonia às avessas. In: OLIVEIRA, Francisco; BRAGA, Ruy; RIZEK, Cibele (Orgs). Hegemonia às avessas. São Paulo: Boitempo, 2010.

REIS, LUIZ FERNANDO. Dívida Pública, Política Econômica e o financiamento das universidades federais nos governos Lula e Dilma (2003-2014). Universidade e Sociedade (Brasília), v. 57, p. 16-35, 2016.

RODRIGUES, José. Os empresários e a educação superior. Campinas: Autores Associados, 2007.

SENADO FEDERAL. Demonstrativos da Execução Orçamentária: 2003-2014. Portal Orçamento (Siga Brasil). Disponível em: http://www9.senado.gov.br/portal/orcamento_senado/SigaBrasil. Acesso em: 10 jan. 2016.

SGUISSARDI, Valdemar. Modelo de expansão da educação superior no Brasil: predomínio privado/mercantil e desafios para a regulação e a formação universitária. Educ. Soc. [online]. vol.29, n.105, 2008.

SGUISSARDI, Valdemar.; SILVA JÚNIOR, João dos Reis. O trabalho intensificado nas federais: pós-graduação e produtivismo acadêmico. São Paulo: Xamã, 2009.

SHIROMA, Eneida Otto; GARCIA, Rosalba Maria Cardoso; CAMPOS, Roselane Fatima. Conversão das “almas” pela liturgia da palavra: uma análise do movimento Todos pela Educação. In: BALL, Stephen J.; MAINARDES, Jefferson. Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011.

SCHULTZ, Theodore. O Capital Humano. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

SILVA JÚNIOR, J. R.; ANELLI JÚNIOR, L. C.; MANCEBO, D. O lulismo e a mudança da natureza do trabalho docente. Revista Eletrônica de Educação (São Carlos), v. 8, p. 106-118, 2014.

UNGER, Roberto Mangebeira. Carta Pátria Educadora. 2015. Disponível em: http://www.anped.org.br/forum/uploads/Uploader/17/6159be4fd09c911934df528b80f6b9.pdf Acesso em: 13 nov. 2015.

VILELLA, Milú. Hora de pensar na educação. Jornal Folha de São Paulo, Tendências/Debates, p.03, 11 de julho de 2006.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.