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Tendências do marxismo: “ontologia do ser social” e anti-engelsismo.
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Palavras-chave

Marxismo. Ontologia do ser social. Friedrich Engels.

Como Citar

SILVA, Romeu Adriano da. Tendências do marxismo: “ontologia do ser social” e anti-engelsismo. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 16, n. 69, p. 311–335, 2017. DOI: 10.20396/rho.v16i69.8645330. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8645330. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

Este texto objetiva discutir a persistência de uma postura anti-Engels no seio do próprio marxismo, de início apenas procurando indicar essa postura ao longo do tempo para, em seguida, priorizar a análise do que aqui se considera uma tendência do marxismo, a saber, a chamada “ontologia do ser social”. Busca-se não fazer uma crítica em bloco dessa tendência do marxismo e, sim, indicar tensões existentes em seu interior e refletir sobre o modo específico como essa tendência contribui para alimentar uma postura de secundarização da obra de Engels e, por consequência, alimentar também possíveis leituras essencialistas do real a partir do próprio marxismo, de alguma maneira promovendo uma debilitação da concepção materialista dialética da história, cujos fundamentos resultam da obra conjunta de Marx e Engels em seu processo de análise do modo de produção capitalista. 

https://doi.org/10.20396/rho.v16i69.8645330
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