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“Escola sem partido” e alternativas para uma escola democrática no Brasil
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Palavras-chave

Democracia
Antipedagogia
Pedagogias contra-hegemônicas

Como Citar

SANTOS JÚNIOR, Francisco Joatan Freitas; PINHEIRO, Francisco Felipe de Aguiar; SOUSA, Joilson Silva de. “Escola sem partido” e alternativas para uma escola democrática no Brasil. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 23, n. 00, p. e023007, 2023. DOI: 10.20396/rho.v23i00.8668320. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8668320. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O artigo analisa as propostas educacionais do movimento “Escola sem Partido” e indica alternativas para uma escola democrática no Brasil. O objetivo é apontar as inconsistências teórico-pedagógicas das propostas do movimento “Escola sem Partido”, confrontando-as com as ideias de uma educação popular e democrática, no contexto histórico-político nacional. Parte-se da hipótese de que as propostas do ESP têm fundamentos de natureza autoritária, antidemocrática e anticientífica, beirando o totalitarismo. Adota-se como procedimento metodológico a revisão bibliográfica e a análise documental com uma postura teórico-metodológica alinhada à epistemologia da história, sob a referência do método dialético regressivo de Bloch (2001) e à luz de pressupostos teóricos interdisciplinares dos campos da educação, filosofia e história. Conclui-se que a proposta da Escola sem Partido”, além de inconstitucional, constitui-se numa antipedagogia, ancorada numa filosofia da ordem reacionária e negacionista. Como alternativas democráticas, apontam-se duas propostas pedagógicas contra-hegemônicas: a crítico-social dos conteúdos de Libâneo (2014) e a histórico-crítica de Saviani (2008).

https://doi.org/10.20396/rho.v23i00.8668320
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