Banner Portal
Educação de meninas órfãs na concepção do intendente Antônio Lemos em Belém do Pará (1900 − 1906)
PDF

Palavras-chave

Instituição Educativa. Orfanato. Educação de Meninas

Como Citar

PIMENTA, Adriene Suellen Ferreira; FRANÇA, Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Souz. Educação de meninas órfãs na concepção do intendente Antônio Lemos em Belém do Pará (1900 − 1906). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 49, p. 334–349, 2013. DOI: 10.20396/rho.v13i49.8640336. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640336. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

O “Orfanato Municipal Antônio Lemos” teve suas origens na Associação Protectora dos Orphãos, em 1893, com o propósito de abrigar e educar meninas órfãs. Alguns anos mais tarde, o Intendente da época, Antônio José de Lemos, publicou uma lei que lhe dava autonomia para reorganizar o Orfanato e dar forma ao ensino das órfãs. Ora, na concepção de Antônio Lemos, como deveria se dar a educação dessas meninas órfãs? O objetivo deste estudo é analisar a concepção de Lemos em relação à educação dessas meninas. Para isso, utilizamos como fontes os Relatórios da Intendência Municipal de Belém, entre os anos de 1900 e 1906. O estudo conclui que o Intendente Antônio Lemos concebia, para as órfãs, uma educação voltada para o lar, para serem boas mães e esposas exemplares, mas não era qualquer educação, visto que as órfãs tinham que aprender as primeiras letras, literatura e canto.
https://doi.org/10.20396/rho.v13i49.8640336
PDF

Referências

ÁLBUM DO ESTADO DO PARÁ, 1908. Organizado por Ex. Sr. Dr. Augusto Montenegro Governador do Estado. Oito anos do Governo (1901 a 1903). PARIS, Imprimerie Chaponet (Jean Cussac), 7, Rue Bleue, 7.

BELÉM, Lei no 370, de 28 de Dezembro de 1903. Regula e reorganiza o Orphelinato Municipal. Intendência Municipal de Belém, 1903.

BELÉM, Lei Municipal no 433, de 15 de março de 1906. Autoriza a reforma do Orphelinato Municipal e o transforma em Orphanato Antônio Lemos. Intendência Municipal de Belém, 1906.

CASTANHO, Sérgio. Institucionalização escolar no Brasil: 1879 − 1930. Disponível em: http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/525SergioCastanho.pdf. Acesso em: 29/09/2011.

DAOU, Ana Maria. A Belle Époque Amazônica. (Descobrindo o Brasil). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

DELOBBE, Karine. Des enfants du XVI au XVIII siècle. Mouans-Sartoux, FR: PEMF, 2000.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 38. ed. Petropólis, RJ: Vozes, 2010.

FRANÇA, Maria do Perpétuo Socorro G. de S. A. de, FRANÇA, Samara A. de S. A educação de meninas órfãs e desvalidas no Colégio Nossa Senhora do Amparo (1860-1870). In: VI Congresso Nacional de História da Educação: Invenções, Tradições e Escrita da História da Educação no Brasil. Vitória, ES, 2011.

GONDRA, José Gonçalves & SCHULER, Alessandra. Educação, poder e sociedade no Império brasileiro. São Paulo: Cortez, 2008.

HILSDORF, Maria Lúcia Spedo. Tão longe, tão perto – As meninas do seminário. In: STEPHANOU, Maria, BASTOS, Maria Helena Camara (Orgs). Histórias e memórias da educação no Brasil, vol. II: século XIX. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

JULIA, Dominique. A Cultura Escolar como Objeto Histórico. Tradução de Gizele de Souza. Revista Brasileira de História da Educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

LE COEUR, Marc. Os liceus na cidade: o exemplo parisiense (1802-1914). Educar em Revista [en línea] 2003. Disponível em Internet: http://www.redalyc.org/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=155017964018. ISSN 0104-060. Acesso em 30/11/2011.

MANOEL, Ivan A. Igreja e educação Feminina (1859 − 1919). Uma face do conservadorismo. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996.

MARCÍLIO, Maria Luiza. História social da criança abandonada. São Paulo: Hucitec, 1998.

OLIVEIRA, Lilian Sarat de. Educadoras e religiosas no Brasil do século XIX: nos caminhos da civilização. Disponível em: http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais12/artigos/pdfs/comunicacoes/C_Oliveira3.pdf. Acesso em: 06/10/2011.

PARÁ. O município de Belém, 1897 a 1902: Relatório apresentado ao Conselho Municipal de Belém pelo Intendente Senador Antônio Lemos. Belém: Arquivo da Intendência Municipal, 1902;

PARÁ. O município de Belém. Relatório apresentado ao Conselho Municipal de Belém pelo Intendente Senador Antônio Lemos. Belém: Arquivo da Intendência Municipal, 1903.

PARÁ. O município de Belém. Relatório apresentado ao Conselho Municipal de Belém pelo Intendente Senador Antônio Lemos. Belém: Arquivo da Intendência Municipal, 1904.

PARÁ. O município de Belém. Relatório apresentado ao Conselho Municipal de Belém pelo Intendente Senador Antônio Lemos. Belém: Arquivo da Intendência Municipal, 1906.

REZENDE, Danielle Abrantes, LOPES, Léa. A extraordinária história da borracha: Charles Goodyear, inventor do processo de vulcanização da borracha. Disponível em http://146.164.6.5/uploads/2010/01/30/borracha_2.pdf. Acesso em: 19/10/2011.

RIZZO, Gilda. Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

ROCQUE, Carlos. Historia de A Província do Pará. Belém: Mitograph, 1977.

SARGES, Maria de Nazaré. Belém: riquezas produzindo a Belle Époque (1870 − 1912). 3 ed. Belém: Paka-Tatu, 2010.

SARGES, Maria de Nazaré. Memórias do “velho intendente”. Belém: Paka-Tatu, 2002.

SAVIANI, Dermeval. Instituições escolares no Brasil: conceito e reconstrução histórica. In: NASCIMENTO, Maria Isabel Moura et al (Orgs). Instituições Escolares no Brasil: conceito e reconstrução histórica. Campinas, SP: Autores associados, 2007.

TRINDADE, J.M.B. O abandono de crianças ou a negação do óbvio. In: Revista Brasileira de História. Dossiê infância e adolescência. São Paulo: ANPHU/HUMANITAS PUBLICAÇÔES, vol.19, n. 37, 1999.

VASCONCELOS, Ir. Rita M. de et al (Orgs). Papiro da Memória: 1884. 2009 − 125 anos de Presença das Filhas de Sant’ana no Brasil. In: Revista Jubileu. Edição Comemorativa. Fortaleza, CE: Sobral Gráfica, 2009.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.