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A igreja como educadora: o asilo de Santo Antônio formando a mulher cristã de trabalho e piedade (1878 – 1888)
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Palavras-chave

Asilo. Educação de Meninas. Romanização. Amazônia Paraense

Como Citar

COSTA, Benedito Gonçalves; FRANÇA, Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Souz. A igreja como educadora: o asilo de Santo Antônio formando a mulher cristã de trabalho e piedade (1878 – 1888). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 15, n. 62, p. 53–68, 2015. DOI: 10.20396/rho.v15i62.8640493. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640493. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar o papel da Igreja Católica no campo da educação religiosa e escolar na Amazônia paraense, na segunda metade do século XIX, tendo como foco de análise, o Asilo de Santo Antônio, criado pelo bispo D. Antônio de Macedo Costa, para educar meninas desvalidas e pensionistas na capital da Província do Pará em 1871. Trata-se de um trabalho do tipo documental e bibliográfico. As fontes históricas utilizadas foram os Relatórios dos Presidentes da Província do Pará, os jornais O Liberal do Pará (1869 a 1889), A Estrela do Norte (1863 – 1869) e A Boa Nova (1871 - 1883) e Constituições e Regras do Instituto Religioso das Irmãs Mestras de Santa Dorotéia (1851), entre outras. Os autores que dão suporte às análises são Azzi (1982), Rossetto (1984), Bezerra Neto (1998), Maués (1999), Lustosa (1992), Manoel (2008), Neves (2009), Martins (2002), e outros. As meninas desvalidas e pensionistas eram educadas nos princípios da religião católica romanizadora com duas categorias de saberes: religioso e profano. Para D. Antônio de Macedo Costa, a Igreja seria a grande educadora do povo e o Asilo de Santo Antônio, a instituição que iria formar a mulher cristã de trabalho e piedade, aquela que iria ajudar a regenerar a sociedade.

https://doi.org/10.20396/rho.v15i62.8640493
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