Banner Portal
Famílias não convencionais na escola: a (in)eficiência das estratégias de (des)integração
PDF

Palavras-chave

Famílias Não Convencionais. Escola. Estratégias Educacionais

Como Citar

OLIVEIRA JÚNIOR, Isaias Batista de; LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra. Famílias não convencionais na escola: a (in)eficiência das estratégias de (des)integração. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 15, n. 63, p. 270–279, 2015. DOI: 10.20396/rho.v15i63.8641183. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8641183. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

No processo formativo do ser social a família foi atribuída a função de fortalecer o cuidado físico e psíquico e a escola coube a transmissão de valores culturais e sociais. Surgem então distintas estratégias que visam integrar ambas as instituições. O que se observa na maioria das vezes é que o sistema educacional desconhece, ignora ou culpa os arranjos familiares constituídos nas mudanças ocorridas nas últimas décadas do século XX, pelo “sucesso” ou “fracasso escolar” de seus alunos. Este artigo tem como objetivo analisar o estabelecimento das relações entre famílias estruturadas em modelos não convencionais e a escola e para este feito recorremos a pesquisa bibliográfica. As considerações finais deste estudo apontam que a escola precisa lançar um olhar plural sob essas famílias e reconhecer que a combinação de valores, estruturas, afeições, entre outros aspectos, pode caracterizá-las como uma organização funcional, centrando-se nos elementos de positividade que sustentam o contexto familiar e na interação entre seus membros, ou seja, naquilo que eles são capazes de fazer bem. Se trata de reconhecer que independente da organização da família, coexistem fortalezas, bem como fraquezas, recursos e destituições. Investir em capacitação da comunidade escolar, bem como uma reestruturação curricular objetivando a ética, o respeito à diversidade e o acolhimento dos sujeitos oriundos dessas novas configurações familiares são estratégias indispensáveis.

 

https://doi.org/10.20396/rho.v15i63.8641183
PDF

Referências

ALVES, L. B. M. O Reconhecimento Legal do Conceito Moderno de Família: O Art. 5o , II e Parágrafo Único, da Lei No 11.340/2006 (Lei Maria Da Penha). De jure: Revista Jurídica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, n.8, jan./jun, 2007, p.329-34.

AMAZONAS, M. C. L. A. DAMASCENO, P. R. TERTO, L. M. S. SILVA, R. R. Arranjos familiares de crianças das camadas populares. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, num. esp., 2003, p. 11-20.

CANIÇO, H.; BAIRRADA, P.; RODRÍGUEZ, E.; CARVALHO, A. Novos Tipos de Família. Plano de Cuidados. Coimbra: Ed. Imprensa da Universidade de Coimbra, 1a ed. jun, 2010.

CARVALHO, M. E. P. Modos de educação, gênero e relações escola-família. Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 121, jan./abr. 2004, p. 41-58.

CARVALHO, M. E. P. Relações entre a família e escola e suas implicações de gênero. Cadernos de Pesquisa, no 110. Jul./2000, p. 143-155.

CECCARELLI, P. R. Novas configurações familiares: mitos e verdades. Jornal de Psicanálise, São Paulo, jun. 2007, p.89-102.

COELHO SILVA, P. F. JAYME, J. G. Gênero, corpo e sexualidade em Tudo sobre minha mãe e A pele que habito, de Pedro Almodóvar. Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad. n 11. A o 5. Abril 2013 - Julio 2013. Argentina, p. 71-82.

DESSEN, M. A.; POLONIA, A. C. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia, 2007, p.21-32.

HINTZ, H. C. Novos tempos, novas famílias? Da modernidade à pós-modernidade. Pensando famílias. 2001, p.8-19.

HIRONAKA, G. M. F. N. Família e Casamento em Evolução. In: Revista Brasileira de Direito de Família, Porto Alegre, no 1, abr./jun. 1999, p. 7-17.

LIBÓRIO, R. M. C. "Comportamentos e fatores de risco e proteção na adolescência e juventude nos municípios de Presidente Prudente e Belo Horizonte". Relatório de pesquisa não publicado apresentado a FAPESP, 2007.

NOGUEIRA, M. A. Família e escola na contemporaneidade: os meandros de uma relação. Educação & Realidade, n. 31(2), jul/dez. 2006, p.155-170.

OLIVEIRA, C. B. E. MARINHO ARAÚJO, C. M. A relação família-escola: intersecções e desafios. Estudos de Psicologia. Campinas, janeiro-março. 2010, p. 99-108.

OLIVEIRA, D.; SIQUEIRA, A. C.; DELL’AGLIO, D. D.; LOPES, R. C. S. L. Impacto das configurações familiares no desenvolvimento de crianças e adolescentes: uma revisão da produção científica. Interação em Psicologia, Curitiba, jan./jun. 2008, p.87-98.

PASSOS, M. C. Homoparentalidade: uma entre outras formas de ser família. Psi. Clin. Rio de Janeiro, vol. 17, n.2, 2005, p.31-40.

PEREIRA, R. C. Direito de família: uma abordagem psicanalítica. 2a. ed. rev. atual. ampl. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.

POLÔNIA, A. C.; DESSEN, M. A. Em busca da compreensão das relações entre família e escola. Psicologia Escolar e Educacional. Vol. 9.n.2, 2005, p.303-312.

SILVA, M. R. S. LACHARITÉ, C. SILVA, P.A. LUNARDI, V. L. LUNARDI FILHO, W. D. Processos que sustentam a resiliência familiar: um estudo de caso. Texto Contexto Enferm. Florianópolis, Jan/Mar 2009, p. 92-99.

SIMIONATO, M. A. W. OLIVEIRA, R. G. Funções e Transformações da Família ao Longo da História. I Encontro Paranaense de Psicopedagogia – ABPpPr – nov./2003, p.57-66.

YUNES, M. A, M; GARCIA, N. M.; ALBUQUERQUE, B. M. Monoparentalidade, pobreza e resiliência: entre as crenças dos profissionais e as possibilidades da convivência familiar. Psicol. Reflex. Crit. vol.20, n.3, 2007, p. 444-453.

YUNES, M. A. M. A questão triplamente controvertida da resiliência em famílias de baixa renda. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Programa de Pós Graduação em Psicologia da Educação. São Paulo: 2003. 168f.

WALSH, F. Fortalecendo a resiliência familiar. Trad. Magda França Flores; Rev. Cie. Cláudia Bruscagin. São Paulo: Roca, 2005.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.