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A universidade popular na Parahyba: circulação de ideias, sujeitos e ações
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Palavras-chave

Universidade popular. História da educação. Sujeitos.

Como Citar

COSTA, Jean Carlo de Carvalho; ESPINDOLA, Maira Lewtchuk. A universidade popular na Parahyba: circulação de ideias, sujeitos e ações. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 158–173, 2017. DOI: 10.20396/rho.v17i71.8644641. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8644641. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Esse artigo aborda elementos que envolvem os debates referentes à instituição de uma Universidade Popular no estado da Paraíba no início da década de 1910 durante o governo de João Pereira de Castro Pinto. A discussão será apresentada a partir da análise de fontes impressas como as Mensagens Presidenciais, as Atas da Câmara dos Deputados e os artigos publicados no Jornal A União. A ideia de uma Universidade Popular, inspirada em um modelo europeu, ao Brasil, foi introduzida embora tenha passado por uma reestruturação no contexto local. Instituída no Rio de Janeiro, no início do século XX, era destinada à disseminação do pensamento anarquista/socialista para as camadas de trabalhadores. Na Parahyba, Castro Pinto a propôs com o objetivo de afastar essa classe dos perigos das teorias externas. Fundada na Parahyba em 1913, a Universidade Popular teve como o seu público alvo não apenas operários, mas também alunos do Lyceu e toda a intelectualidade parahybana. Tratou-se de iniciativa breve, mas inovadora, que acabou atraindo e envolvendo o público local e diversos personagens em torno de temáticas educativas como higiene, instrução pública e voto.

https://doi.org/10.20396/rho.v17i71.8644641
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