Banner Portal
“Quem doutrine e ensine os filhos daqueles moradores”: a Companhia de Jesus, seus colégios e o ensino na Amazônia colonial
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Companhia de Jesus. Amazônia. Ensino. Séculos XVII e XVIII

Cómo citar

CHAMBOULEYRON, Rafael; ARENZ, Karl Heinz; NEVES NETO, Raimundo Moreira das. “Quem doutrine e ensine os filhos daqueles moradores”: a Companhia de Jesus, seus colégios e o ensino na Amazônia colonial. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 11, n. 43e, p. 61–82, 2012. DOI: 10.20396/rho.v11i43e.8639954. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639954. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumen

Falar de ensino jesuítico, não significa somente pensar o ensino da doutrina e das escolas nas aldeias de índios livres, espaços privilegiados da missão jesuítica na América portuguesa, desde meados do século XVI. Igualmente fundamental foi a reflexão sobre o ensino dos filhos dos moradores e os primeiros intentos de formar noviços da terra. Esta experiência, por outro lado, deve ser pensada para além da mera questão do ensino, pois significava também refletir sobre as formas de inserção da Ordem no mundo português que se criava com a ocupação da Amazônia; os colégios que a Companhia fundou nas cidades de Belém e São Luís ganham aí um papel central. O objetivo deste artigo é o de compreender a relação das atividades de ensino dos padres jesuítas na Amazônia colonial com as formas políticas e econômicas por meio das quais se articularam na região.

https://doi.org/10.20396/rho.v11i43e.8639954
PDF (Português (Brasil))

Citas

DIAS, J.S. Os “verdadeiros conservadores” do Estado do Maranhão: poder local, redes de clientela e cultura política na Amazônia colonial (primeira metade do século XVIII). 2008. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.

FARAGE, N. As muralhas dos sertões. São Paulo: Paz e Terra, 1991.

GARCÍA-VILLOSLADA, R., SJ. Santo Inácio de Loyola. São Paulo: Loyola, 1991.

GROSS, S.A. Labor in Amazonia in the first half of the eighteenth century. The Americas, Washington, v. XXXII, n. 2, p. 211-221, 1975.

GUZMÁN, D. de A. A colonização nas Amazônias: guerras, comércio e escravidão nos séculos XVII e XVIII. Revista Estudos Amazônicos, Belém, v. III, n. 2, p. 103-39, 2008.

GUZMÁN, D. de A. Encontros circulares: guerra e comércio no Rio Negro (Grão-Pará), séculos XVII e XVIII. Anais do Arquivo Público do Pará, Belém, v. 5, t. 1, p. 139-65, 2006.

HAUBERT, M. L’Église et la défense des “sauvages”. Bruxelas: Académie Royale des Sciences D’Outre-Mér, 1964.

KIEMEN, M.C. OFM. The Indian policy of Portugal in the Amazon region, 1614-1693. Washington: The Catholic University of America Press, 1954.

LA ROCHE, J.R. La formation de l’enfant par les jésuites. L’exemple du collège d’Ocaña. In: REDONDO, A. (org.). Formation de l’enfant en Espagne au XVIe et XVIIe siécles. Paris: Publications de la Sorbonne, 1996. p. 189-214.

LEITE, S., SJ. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro/Brasília: Portugália/INL, v. I (1938), III (1943a), IV (1943b), v. VII (1949).

LIBERMAN, M. O levante do Maranhão. Judeu Cabeça de Motim: Manoel Beckman. São Paulo: Centro de Estudos Judaicos/USP, 1983.

LIMA, A. da S. A guerra pelas almas: Alianças, Recrutamentos e Escravidão Indígena, (do Maranhão ao Cabo do Norte, 1615-1647). 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2006.

LISBOA, J.F. Crônica do Brasil colonial: apontamentos para a história do Maranhão. Petrópolis/Brasília: Vozes/INL, 1976.

MACLACHLAN, C, The Indian labor structure in the Portuguese Amazon, 1700-1800. In: ALDEN, D. (Org.). Colonial roots of modern Brazil. Berkeley/Los Angeles: The University of California Press, 1973. p. 199-230.

MACNICOLL, M.G. Seventeenth-Century Maranhão: Beckman’s revolt. Estudos ibero-americanos, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 129-140, 1978.

MARQUES, J.F. Confesseurs des princes, les Jésuites à la cour de Portugal. In: GIARD, Luce & VAUCELLES, Louis de, SJ (Org.). Jésuites à l’âge baroque (1540-1640). Grenoble: Jérôme Millon, 1996. p. 213-228.

MELO, V.S. de. “Aleivosias, mortes e roubos”. Guerras entre índios e portugueses na Amazônia colonial (1680-1706). 2008. Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.

MELLO, M.E.A. de S. e. Desvendando outras Franciscas: mulheres cativas e as ações de liberdade na Amazônia colonial portuguesa. Portuguese Studies Review, Ontário, v. 13, n. 1, p. 1-16, 2005.

MELLO, M.E.A. de S. e. Para servir a quem quizer: apelações de liberdade dos índios na Amazônia Portuguesa. In: SAMPAIO, P. de Missão & ERTHAL R. de C. (Org.). Rastros da Memória: histórias e trajetórias das populações indígenas na Amazônia. Manaus: EDUA, 2006. p. 48-72.

MELLO, M.E.A. de S. e. O Regimento das Missões: poder e negociação na Amazônia portuguesa. In: Clio, Recife, vol. 27, n. 1, p.46-75, 2009a.

MELLO, M.E.A. de S. e. Fé e império. Manaus: EdUA/FAPEAM, 2009b.

MONTEIRO, J.M. O escravo índio, esse desconhecido. In: GRUPIONI, L.D.B. (Org.). Índios no Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1992a. p. 105-120.

MONTEIRO, J.M. Escravidão indígena e despovoamento na América portuguesa: S. Paulo e Maranhão. In: DIAS, J. (Org.). Brasil nas vésperas do mundo moderno. Lisboa: CNCDP, 1992b. p. 137-167.

OLIVEIRA, M. da C. de. Escravidão indígena na Amazônia colonial. 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2001.

PERRONE-MOISÉS, B. Para conter a fereza dos contrários: guerras na legislação indigenista colonial. Cadernos Cedes, v. 30, p. 57-64, 1993.

PORRO, A. O povo das águas. Petrópolis: Vozes, 1996.

REIS, A.C.F. O Estado do Maranhão – catequese do gentio – rebeliões – pacificação. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1950.

SANTOS, B.C.C. O pináculo do temp(l)o. O sermão do padre Antônio Vieira e o Maranhão do século XVII. Brasília: EdUnB, 1997.

SANTOS, P.F. O barroco e o jesuítico na arquitetura do Brasil. Rio de Janeiro: Kosmos, 1951.

SARAIVA, A.J. O Pe. António Vieira e a liberdade dos índios. In: _____ História e utopia. Lisboa: Ministério de Educação/Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1992. p. 13-52.

SILVA, G. do L. Educação na Amazônia colonial. Manaus: Suframa, 1985.

SOMMER, B. Colony of the sertão: Amazonian expeditions and the Indian slave trade. The Americas, Washington, v. 61, n. 3, p. 401-428, 2005.

SOUSA, J.O. Mão-de-obra indígena na Amazônia Colonial. Em Tempo de Histórias, Brasília, v. 6, p. 1-18, 2002.

SOUZA, J.C. de, SJ. Os jesuítas no Maranhão. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1977.

SOUZA JR, J.A. de. Tramas do cotidiano: religião, política, guerra e negócios no Grão-Pará do setecentos. Um estudo sobre a Companhia de Jesus e a política pombalina. 2009. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

SWEET, D. A rich realm of nature destroyed: the middle Amazon valley, 1640-1750. 1974, 2 vols. Tese (Doutorado) – University of Wisconsin, Madison, 1974.

SWEET, D. Francisca: Indian slave. In: SWEET, D. & NASH, G. (Org.). Struggle and survival in colonial America. Los Angeles: The University of California Press, 1981. p. 274-291.

TORRES-LONDOÑO, F. La experiencia religiosa jesuita y la crónica misionera de Pará y Maranhão en el siglo XVII. In: MARZAL, M.M., SJ (Org.). Un reino de la frontera: las misiones jesuíticas en la América colonial. Lima: Abya-Ayala/Pontificia Universidad Católica del Perú, 1999. pp. 15-36.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.