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Composições de força na constituição de um sujeito moderno: o infantil
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Palavras-chave

Educação. Infância. Modernidade. Governo

Como Citar

BECK, Dinah Quesada; HENNING, Paula Corrêa. Composições de força na constituição de um sujeito moderno: o infantil. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 54, p. 28–40, 2014. DOI: 10.20396/rho.v13i54.8640166. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640166. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O artigo tem como objetivo pensar sobre os entendimentos de infância ainda tão vinculados ao processo de ingenuidade e pureza, bem como o processo de escolarização como salvacionista de uma infância imaculada. O texto se nutre das discussões sobre história da emergência especialmente em Michel Foucault. O estudo demarca a consistência moderna em que se gestou a população dos infantis de modo a educá-los e conduzi-los ao caminho do bem. Ao fazê-las carregar a noção de frágeis e dependentes, um imenso desejo de controlar e conduzir a vida das crianças arquitetou-se aos ideais do projeto educacional e civilizatório propagado desde o nascimento da Modernidade. É especialmente a partir desse momento histórico que os sujeitos infantis foram concebidos como indivíduos a conhecer, a desvendar, a esquadrinhar, necessitando conhecê-los melhor para melhor governá-los.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i54.8640166
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