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Meninos e meninas estudando juntos: os debates sobre as classes mistas nas escolas brasileiras (1890/1930)
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Palavras-chave

Coeducação. Classes mistas. Educação feminina

Como Citar

ALMEIDA, Jane Soares de. Meninos e meninas estudando juntos: os debates sobre as classes mistas nas escolas brasileiras (1890/1930). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 14, n. 58, p. 115–123, 2015. DOI: 10.20396/rho.v14i58.8640382. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640382. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Após a República, as propostas das classes mistas vindas dos setores progressistas no cenário educacional brasileiro significavam um ideal de igualdade sexual pela via escolar e uma medida de economia do Estado quanto à educação popular. Defendida pelos liberais republicanos e protestantes norte-americanos, que vieram nas missões evangelizadoras, era objeto de repúdio da Igreja Católica e dos conservadores apegados às tradições, que viam nessa prática educacional uma ameaça ao status quo vigente, temendo a excessiva modernização de costumes e perda de controle do sexo feminino. Na propalada necessidade de se introduzir o sistema de classes mistas nas escolas, defendido por feministas e republicanos, as diferenças naturais eram impeditivas para a implantação do regime coeducativo por ser um procedimento de fundo moral, reforçado em sua essência pelo ponto de vista da Igreja católica.

https://doi.org/10.20396/rho.v14i58.8640382
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Referências

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