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Nem marinheiros nem militares: apontamentos sobre o Colégio Izabel de Dumbazinho e a companhia de aprendizes militares em Goiás
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Palavras-chave

História da Educação. Goiás. Século XIX

Como Citar

BARROS, Karla Alves Tertuliano de; HONÓRIO FILHO, Wolney. Nem marinheiros nem militares: apontamentos sobre o Colégio Izabel de Dumbazinho e a companhia de aprendizes militares em Goiás. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 14, n. 58, p. 124–135, 2015. DOI: 10.20396/rho.v14i58.8640383. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640383. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O presente texto objetiva compreender o motivo da criação de duas instituições que aparecem frequentemente nos relatórios dos presidentes de província e nos periódicos da segunda metade do século XIX em Goiás: a Companhia de Aprendizes Militares e o Colégio Izabel. Um elemento que chama a atenção para estas instituições são as matrículas, na maior parte das vezes, compulsórias. Por que as matrículas nestas instituições foram compulsórias em uma província com poucas escolas? Para responder esta questão, pesquisamos os relatórios dos presidentes da província e periódicos da época.

Estes documentos foram analisados a partir da premissa de que a institucionalização da instrução pública no século XIX teve como objetivo contemplar a população pobre, os negros e mestiços. Embora o público alvo dessas instituições fosse bem diferente (Colégio Izabel – indígenas das margens do Araguaia e Tocantins; Companhia de Aprendizes Militares – menores desvalidos da capital da província), seus objetivos eram os mesmos: civilizar e domesticar seus internos e, para isto, eram válidas todas as formas de buscar “alunos”, inclusive a “caça”.

https://doi.org/10.20396/rho.v14i58.8640383
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