Banner Portal
Escolas noturnas para adultos trabalhadores - Bahia 1871-1889
PDF

Palavras-chave

Escolas noturnas baianas. Escolarização. Pobres. Trabalhadores. Província da Bahia.

Como Citar

SOUSA, Ione Celeste. Escolas noturnas para adultos trabalhadores - Bahia 1871-1889. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 18, n. 2, p. 342–366, 2018. DOI: 10.20396/rho.v18i2.8645891. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8645891. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Este artigo problematiza as escolas noturnas para adultos trabalhadores na província da Bahia, no período de 1870 a 1888, enquanto parte da escolarização empreendida entre o ano da criação do Conselho de Instrução Pública pela lei 172 de 25 de maio de 1842 e o ano de 1888, da Abolição da escravidão, que juridicamente estabeleceu novas formas de trabalho na sociedade. A vertente teórico-metodológica utilizada é uma História Social da Educação com abordagem micro-histórica dos sujeitos. Enfoca evidências sobre diversas aulas e casas de educação da província baiana cujos registros ainda são acessíveis. O critério metodológico foi articular um variado corpus de fontes como ofícios de diversos sujeitos da instrução pública baiana- pais, mestres, inspetores- e fontes oficiais da Diretoria Geral de Instrução Pública como regulamentos de ensino, relatórios de presidentes da província, relatórios de diretores de ensino, relatórios de diretores da Instrução Pública, mapas e quadros estatísticos de professores a um contexto/ processo específico vivido pela sociedade brasileira/baiana – o débâcle do escravismo em consonância com a crescente preocupação com a formação de um novo trabalhador a partir do categorizado como elemento nacional.

 

https://doi.org/10.20396/rho.v18i2.8645891
PDF

Referências

ALMEIDA COUTO, J. J. de. Província da Bahia, Reforma da Instrução. Presidente José Eduardo Freire de Carvalho, Tipografia do Correio da Bahia, 1873.

ANANIAS, M. Propostas de educação popular em Campinas: “as aulas noturnas”. Campinas, SP, Cadernos Cedes, ano 20, n. 51, nov. 2000.

BARREIRO, J. C. Imaginário e viajantes no Brasil do século XIX. São Paulo: Ed. da UNESP, 2002.

BARROSO, R. M. de. S. Relatório da Instrucção Publica. Anexo a Falla do Presidente Antonio Araújo Bulcão, Tipografia do Diário da Bahia, 1881.

BARROSO, R. M. de. S. Relatório da Instrucção Publica. Anexo a Falla do Presidente Antonio Araújo Bulcão, Tipografia do Diário da Bahia, 1882.

BARROSO, R. M. de S. Relatório da Instrucção Pública. Anexo a Falla do Presidente João Lustosa da Cunha Paranaguá, Tipografia do Diário da Bahia, 1883.

COSTA, A. L. J. A luz das lamparinas: escolas noturnas para trabalhadores no município da Corte. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO, 30., 2007, Caxambu, MG. Anais Eletrônicos... Caxambu, MG: ANPED, 2007. p. 01-06. Disponível em: < http://www.anped.org.br/biblioteca/item/luz-das-lamparinas -escolas-noturnas-para-trabalhadores-no-municipio-da-corte >. Acesso em: 02 abr. 2016.

EISENBERG, P. Homens esquecidos. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1989.

FRAGA, W. Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia, 1888-1910. Campinas, São Paulo: Ed. da UNICAMP, 2006.

FRANCA, C. R. P. da. Oficcio da Escola Nocturna Gratuita da Cidade de Cachoeira. Illmo Exmo. Snr Dr DGIP da Bahia. O Professor Publico Nocturno, Cincinato Ricar do Perª da França, 08/12/1889. 1889a. 1 p.

FRANCA, C. R. P. da. Oficcio da Escola Nocturna Gratuita da Cidade de Cachoeira. Illmo Exmo. Snr Dr DGIP da Bahia. O Professor Publico Nocturno, Cincinato Ricar do Perª da França, 13/10/1889. 1889b. 1 p.

FREIRE, A. M. Analfabetismo no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989.

FREITAS HENRIQUES, A. de. A. Relatório do Presidente da província da Bahia, Desembargador Antonio Araujo de Freitas Henriques, Tipografia do Correio da Bahia, 1872.

LOBO, E. F. L. Relatório do Diretor Geral de Instrução Pública cônego Emilio Freire Lopes Lobo. Seção “Escholas Nocturnas”. Anexo ao Relatório do Presidente da Província da Bahia, Tipografia do Diário da Bahia, 1879.

MAC CORD, M.; ARAUJO, C. E.; GOMES, F. Rascunhos cativos: educação, escolas e ensino no Brasil escravista. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017.

MAC CORD, M. Artífices da cidadania: mutualismo, educação e trabalho no Recife oitocentista. Campinas, São Paulo: Ed. da UNICAMP, 2012.

MARTINS, F. G. Relatório à Assembléia Provincial da Bahia do Presidente da Província da Bahia, Barão de São Lourenço. Instrução primaria. Tipografia do Jornal da Bahia, 1870.

MARTINS, F. G. Relatório à Assembléia Provincial da Bahia pelo Presidente da Província da Bahia, Barão de São Lourenço. Instrução primaria. Tipografia do Jornal da Bahia, 1871.

MATTOS, H.; RIOS, A. L. Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

MOURA, T. A. P. de. Inspector litterario do 2º Districto, 1878.

NASCIMENTO, A. A. Dez freguesias da cidade de Salvador. SSa: Fundação Cultural do Estado da Bahia. Secretaria de Cultura e Turismo, 1986.

NOGUEIRA, V. L. A escola primária noturna em Minas Gerais (1891-1924). Belo Horizonte, MG: Mazza, 2012.

NOGUEIRA, V. L. Filantropia e educação de adultos livres, libertos e escravos na província de Minas Gerais (1870-1880). In: NOGUEIRA, V. L. (Org.). População negra, escravismo e educação no Brasil: séculos XIX e XX. Belo Horizonte, MG: Mazza, 2015. p. 123-149.

NUNES, A. A. A formação dos sistemas públicos de educação no séc. XIX e sua efetivação na província da Bahia. SSa: RIGHBa, v. 99, p. 75-113, 2004.

NUNES, A. A. Política educacional no início da república na Bahia: duas versões do projeto liberal. 2003. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Bahia, 2003.

PERES, E. T. Os cursos masculinos de instrução pública primária da Biblioteca Pública Pelotense (BPP). Cadernos de Educação, Pelotas, n. 6, p. 41-70, jan./jun. 1996.

PERES, E. T. Templo de Luz. Pelotas, RS: Ed. da UFPel, 2001.

RAMOS, E. Oficcio da Diretoria de Instrução Pública da Bahia, 12/06/1888. 1p.

REIS, J. J. A Greve negra de 1857. Revista USP, São Paulo, n. 28, p. 06-29, 1993. Dossiê: Povo Negro.

REIS, J. J. De olho no canto: trabalho de rua na Bahia na véspera da abolição. Revista Afro-Ásia, n. 24, p. 199-242, 2000. CEAO/UFBa/Fundação Clemente Mariani.

RIZZINI, I. O cidadão polido e o selvagem bruto: a educação dos meninos desvalidos na Amazônia Imperial. 2004. Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Pós-Graduação em História Social, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.

ROCHA, F. J. da. Relatório do Diretor Geral de Instrução Pública Francisco José da Rocha. Anexo ao Relatório do Presidente da Província, Antonio Araújo de Freitas Henrique, Tipografia do Correio da Bahia, 1872.

SCHUELER, A. F. Educar e instruir: a instrução popular na Corte Imperial (1870-1889). 1997. Dissertação (Mestrado em História Social das Idéias) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 1997.

SILVA, R. T. C. Caminhos e descaminhos da abolição. Escravos, senhores e direitos nas últimas décadas da escravidão. (Bahia, 1850-1888). 2007. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007.

SOUSA, I. C. de. Escolas ao povo: experiências de escolarização de pobres na Bahia - 1870 a 1890. 2006. Tese (Doutorado em História Social) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2006.

SOUSA, I. C. de. Regeneração pela instrução: a cadeira pública da casa de prisão com trabalho - Bahia, 1871-1889. In: ANANIAS, M. et al. (Org.). Temas sobre a instrução no Brasil Imperial (1822-1889). Campina Grande, PB: Ed. da UFPB, 2014. v. 2.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.