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História da educação na Bahia: notas preliminares para a compreensão do tradicionalismo na educação brasileira
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Palavras-chave

Educação. Religião. Ordens Religiosas. Colônia. Estado Português

Como Citar

CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt Santos; FERREIRA, Paula Ruas; SANTOS, Daniella Miranda; SILVEIRA, Camila Nunes Duarte; ALMEIDA, Maria Cleidiana Oliveira de. História da educação na Bahia: notas preliminares para a compreensão do tradicionalismo na educação brasileira. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 16, n. 67, p. 199–217, 2016. DOI: 10.20396/rho.v16i67.8646118. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8646118. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O presente estudo aponta acontecimentos referentes à expansão do Império Português, à sua situação econômica, administrativa, e situação política frente a outros países da Europa e, neste âmbito, também, acontecimentos pedagógicos e educativos, levando em conta que o que acontecia na Bahia, capital da Colônia, acontecia, também, em menor escala, no âmbito do território brasileiro, colonizado pelos portugueses. Sob uma perspectiva histórica e dialética, continuamos pesquisas anteriores acrescentamos novos dados em torno da educação brasileira, categorizando varias faces da educação no Brasil Colônia.  Mediante uma coleta conjunta de um grupo de pesquisa, transitamos por quase três séculos de educação, considerando o início da História da Educação Colonial com a chegada dos primeiros jesuítas, junto com a expedição de Tomé de Sousa, em 1549, e o final com a chegada de D. João VI, em 1808. Do início da colonização até a consolidação do Brasil como nação, período que compreende os séculos XVI, XVII e XVIII, a história nos aponta modelos diferenciados de educação, segundo os agentes envolvidos, segundo o lugar social de cada educando, enfim, segundo as circunstâncias. A educação, mais intencional, se dava nos colégios e nas missões. Acontecia também, de modo mais informal, nas senzalas, nas casas das famílias e em alguns organismos sociais, como irmandades, ordens terceiras paróquias e corporações de ofício. Finalizamos, reafirmando que, para conhecer a educação daquela época, envolvida em tantas facetas, carece conhecer um pouco mais os aspectos econômicos, políticos, administrativos, sociais, culturais, religiosos, o pensamento pedagógico e a ação educativa do Brasil colonial.

https://doi.org/10.20396/rho.v16i67.8646118
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