Resumo
Este artigo apresenta reflexões acerca do esboço Dédalo e o Minotauro, concebido por Peter Paul Rubens, em 1636, para uma série encomendada pelo rei espanhol Felipe IV. Nesta obra, ao representar um Minotauro mais humano, numa situação peculiar, o pintor dialoga com uma longa tradição, que vai da antiguidade clássica ao século XVII, da qual ele tanto se aproxima quanto se afasta. Para tanto, tomamos como balizadores a literatura e a iconografia antiga sobre o mito do monstro de Creta, bem como as representações posteriores, que diferem da forma canônica. Consideramos igualmente os estudos acerca da série executada para o rei e sobre o referido esboço, especialmente em Díez-Platas (2005) e Alpers (1971).
Referências
ALCIATI, A. A book of emblems. Translated by John Moffitt. Jefferson: McFarland, 2004.
ALPERS, S. Corpus Rubenianum Ludwig Burchard: part IX. London: Phaidon, 1971.
APOLLODORUS. The Library. Disponível em:<http://www.theoi.com/Text/Apollodorus1.html>. Acesso em: 15 abr. 2020.
BRANDÃO, J. Dicionário mítico-etimológico. Petrópolis: Vozes, 2000, v. 1.
______. Dicionário mítico-etimológico. Petrópolis: Vozes, 2000b. v. 2.
CASADIEGOS, Y. P. El Minotauro en su laberinto. Aposta, Revista de Cirncias Sociales, Madrid, n. 3, p.1-34, 2003.
DÍEZ-PLATAS, F. El Minotauro: ¿una imagen ‘al pie de la letra?’, Quintana, Santiago de Compostela, n. 4, p. 141-152, 2005..
______. A companion for Dedalus: the exceptional iconography of Rubens’ Minotaur. [S.d.] Disponível em: <https://www.academia.edu/926437/A_companion_for_Daedalus_the_exceptional_iconography_of_Rubens_Minotaur>. Acesso em: 10 abr. 2020.
FERREIRA, J. R. Labirinto e Minotauro: mito de ontem e de hoje. Coimbra: Fluir Perene, 2008.
GEORGIEVSKA-SHINE, A.; SILVER, L. Rubens, Velázquez and the King of Spain. Farnham: Ashgate, 2014.
HESÍODO. Teogonia. Tradução Sueli Maria de Regino. São Paulo: Martin Claret, 2010.
HYGINUS. Fabulae. Disponível em:<http://www.theoi.com/Text/HyginusFabulae1.html#33>. Acesso em: 14 abr. 2020.
OVÍDIO. Metamorfoses. Tradução Paulo Farmhouse Alberto. Lisboa: Cotovia, 2007.
______. Cartas de amor: as heróides. Tradução Dunia Marinho Silva. São Paulo: Landy, 2003.
______. Ars amatoria. Disponível em: <http://www.sacred-texts.com/cla/ovid/lboo/lboo58.htm>. Acesso em: 15 abr. 2020.
PAUSANIAS. Description of Greece. Disponível em: <http://www.theoi.com/Text/Pausanias1A.html>. Acesso em: 13 abr. 2020.
PLUTARCO. Vidas paralelas. Tradução Gilson César Cardoso. São Paulo: Paumape, 1991a. v. 1.
______. Vidas paralelas. Tradução Gilson César Cardoso. São Paulo: Paumape, 1991b. v. 3.
SÊNECA, Fedra. Tradução José Eduardo do Prado Nery. Rio de Janeiro: Agir, 1985.
SIGANOS, A. Le Minotaure et son mythe. Paris: Presses Universitaires de France, 1993.
SICULUS, DIODORUS. Library of History. Disponível em: <http://www.theoi.com/Text/DiodorusSiculus4A.html>. Acesso em: 14 abr. 2020.
TAVARES, D. A. De Minotauro a Asterion: transmutações do prisioneiro do labirinto entre os séculos XIV e XX. Tese (Doutorado em Literatura e Cultura). Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.
VIRGÍLIO. Eneida. Tradução Carlos Alberto Nunes. São Paulo: 34, 2014.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2020 MODOS