Arte versus Cultura
PDF

Palavras-chave

Antropologia. Arte. Museu. Coleção. Objeto.

Como Citar

MONTECHIARE, Renata. Arte versus Cultura: A exibição dos objetos da Sala de África do Museo de Culturas del Mundo de Barcelona. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 3, n. 3, p. 191–208, 2019. DOI: 10.24978/mod.v3i3.4223. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8663193. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Este trabalho considera o cenário museológico europeu contemporâneo como ponto de partida para o debate sobre como coleções etnográficas vêm sendo reinterpretadas e exibidas sob novas condições. A Sala de África do Museo de Culturas del Mundo de Barcelona (MCM) é aqui tomada como caso que aglutina percepções contrastantes sobre o que se considera que museus como este devem ser, como devem lidar com as coleções que possuem, a quem se dirigem e em que medida criam pontes com os campos de pesquisa que acionam. Arte, antropologia e museologia compõem o universo de disputas que envolveu a criação do MCM na Catalunha em 2015.

https://doi.org/10.24978/mod.v3i3.4223
PDF

Referências

AMES, M. M. Cannibal tours and glass boxes: the anthropology of museums. Vancouver, Toronto: The University of British Columbia Press, 1992.

BECKER, H. Uma Teoria da Ação Coletiva. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

BELTING, H. A exposição de culturas. Ymago, Projeto Imago, tradução A. Morão. Dezembro de 2011, p. 1-11. Disponível em: ˂http://cargocollective.com/ymago/Belting-Txt-4˃. Acesso em 25 nov. 2016.

BENNETT, T. The exhibitionary complex. In: GREEMBERG, Reesa et al. Thinking about exhibitions. London, New York: Routledge, Hoboken, 1996, p. 58-80.

_____. Civic Laboratories: Museums, Cultural Objecthood and the Governance of the Social. Cultural Studies, 19 (5), p. 521-547, 2005.

BORGES, L. C. Relações político-culturais entre Brasil e Europa: o manto tupinambá e a questão da repatriação. Revista das Americas, v. 15, p.1-14, 2013.

CLIFFORD, J. Itinerarios transculturales. Barcelona: Gedisa, 1991.

_____. Sobre a autoridade etnográfica. In: Idem. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008, p. 132-178.

DANTO, A. Artifact and Art. In: Art/Artefact. New York: The Center of African Art, 1989. p.18-32.

DUARTE, A. O museu como lugar de representação do outro. Antropológicas, Porto, n. 2, p. 121-140,1998.

DUARTE, A. Nova Museologia: os pontapés de saída de uma abordagem ainda inovadora. Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio. PPGA-PMUS Unirio; MAST, v. 6, n. 1, 2013.

GALÁN, N. Fundamentos de la cultura Fang, su tradición y su estética. València, 2015. Dissertação (Mestrado em Producción Artística). Facultat de Belles Arts de Sant Carles, Universitat Politècnica de València, València, España, 2015.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1989.

GELL, A. Wrapping in Images: tattooing in Polinesia. Oxford: Clarendon Press, 1993.

______. Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Oxford University Press, 1998.

______. A rede de Vogel: armadilhas como obras de arte e obras de arte como armadilhas, Arte e Ensaios - Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Escola de Belas Artes, UFRJ, ano VIII, n. 8, p.174-191, 2001.

GONÇALVES, J. R. S. Ressonância, materialidade e subjetividade: as culturas como patrimônios, Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 11, n. 23, p. 15-36, jan./jun. 2005.

______. Teorias antropológicas e objetos materiais. In: Idem. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Brasília: Ministério da Cultura/Iphan, 2007, p. 13-42.

INGOLD, T. Aesthetics is a cross-cultural category. In: Idem (ed.). Key debates in anthropology. London: Routledge, 1996, p. 201-236.

LAGROU, E. Antropologia e Arte: uma relação de amor e ódio. Revista Ilha, Florianópolis, v.5, n. 2, p. 93-113, dez. 2003.

______. Arte ou artefato? Agência e significado nas artes indígenas. In: Idem. Arte Indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/Arte, 2009, p.11-38.

LATOUR, B. Ressembling the Social: an introduction to actor-network-theory. Oxford: Oxford University Press, 2005.

L’ESTOILE, B. de. Le goût des autres: de l’exposition coloniale aux arts premiers. Paris: Flammarion, 2007.

MARTINEZ, J. Ephemeral Fang reliquaries: a post-history. African Arts, primavera, v. 43, n. 1, p.28-43, 2010.

MCMASTER, G. R. Indigena: a native curator’s perspective. Art Journal, v. 51, n.3, p.66-73, 1992.

MONTECHIARE, R. Museus em transformação: antropologia e descolonização nos museus de Madrid e Barcelona. Rio de Janeiro, 2017. Tese (Doutorado em Antropologia Cultural) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

______. Colecionando arte e antropologia: controvérsias nos museus de Barcelona. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 25, n. 53, p. 107-132, jan.-abr. 2019.

MORPHY, H.; COOTE, J. For the motion. In: WEINER, J. Aesthetics is a cross-cultural category. Manchester: Group for Debates in Anthropological Theory, University of Manchester, 1994, p. 03-09; p. 16-21.

O’DOHERTY, B. No interior do cubo branco: a ideologia do espaço da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

OVERING, J.; GOW, P. Against the motion. In: WEINER, J. Aesthetics is a cross-cultural category. Manchester: Group for Debates in Anthropological Theory, University of Manchester, 1994, p. 09-16; p. 21-26.

PRICE, S. Objetos de arte e artefatos etnográficos. In: Arte Primitiva em Centros Civilizados. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2000, p. 120-142.

SEVERI, C. Anthropologie de l’art. In: BONTE, Pierre; IZARD, Michel. (eds.). Dictionnaire de l’ethnologie et de l’anthropologie. Paris: Quadriege; Presses Universitaires de France, 1992, p. 81-85.

SPERBER, D. L’Interprétation en anthropologie. L’Homme, tome 21, n. 1, p. 69-92,1981.

VINCENT, N. Paris, Maori: o museu e seus outros - curadoria nativa no Quai Branly. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2015.

VOGEL, S. Introduction. In: Art/Artefact. New York: The Center of African Art, 1989, p. 11-17.

WAGNER, R. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

WEINER, J. (ed.). Asthetics is a cross-cultural category. Manchester: Group for Debates in Anthropological Theory, 1994.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 MODOS

Downloads

Não há dados estatísticos.