The monument of the "guarani warrior"
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Water fountain
Conceição do Mato Dentro
Indigenous
Independence

How to Cite

SILVA, Francislei. The monument of the "guarani warrior": the fountain of Conceição de Mato Dentro and the independence of Brazil in Minas Gerais. MODOS, Campinas, SP, v. 6, n. 3, p. 216–243, 2022. DOI: 10.20396/modos.v6i3.8668874. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8668874. Acesso em: 16 jul. 2024.

Abstract

On April 22nd in 1825, when Brazil celebrated the fourth year of independence and Empire, the village of Conceição do Serro (Mato Dentro) in Minas Gerais inaugurated a fountain decorated with a sculpture of an indigenous – a “Brazilian genius”. This water monument transformed the appearance of the village’s public square by reinforcing and inserting in the local imagination its adhesion to the young Empire that was conformed from the independence in 1822. The presence of the indigenous allegorized in triumphant gestures, that praised certain civic virtues, coexisted with the tensions and violence imposed on the natives who inhabited the cerrado’s fields that gave that place its name. Among the celebrations of independence and accession to D. Pedro as a legitimate monarch, the native people represented a challenge to be overcome for the expansion of the civilizing project imposed on those who should submit to the Emperor. It is therefore necessary to analyze that figure of the idealized indigenous, considered the symbol of the nation, made of stone adorned with feathers, earrings, necklace, and cloak; an imagined native just like the Brazilian country that was conforming at that moment, amid so many wars and symbolic disputes over the former colony that became independent.

https://doi.org/10.20396/modos.v6i3.8668874
PDF (Português (Brasil))

References

ARGAN, G. C. História da arte italiana: de Giotto a Leonardo – v. 2. Tradução de Vilma De Katinszky. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

ASSMANN, A. Espaços de recordação: formas e transformações da memória cultural. Tradução de Paulo Soethe. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011.

BARREIROS, E. C. D. Pedro, jornada a Minas Gerais em 1822. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.

BASTOS, R. A arte do urbanismo conveniente: o decoro na implantação de novas povoações em Minas Gerais na primeira metade do século XVIII. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.

BLUTEAU, R. Vocabulario portuguez, e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico ... : autorizado com exemplos dos melhores escritores portuguezes , e latinos; e offerecido a El Rey de Portugal D. Joaõ V. 8 v; 2 Suplementos. Coimbra, Collegio das Artes da Companhia de Jesu : Lisboa, Officina de Pascoal da Sylva, 1712-1728.

BUONO, A. Seu tesouro são penas de pássaro: arte plumária tupinambá e a imagem da América. Figura: Studies on the classical tradition, v. 6, n. 2, jul-dez 2018, p. 13-29. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/figura/article/view/9950/5324.

CARLES, M. Étancher la soif d’or ! Étancher la soif d’eau! Eaux et pouvoirs dans la Capitainerie des Minas Gerais (XVIIIe siècle, Brésil). In: CORREDOIRA, P. D. del C. (org.). A donde Neptuno reina: Water, Gods and Power during theModern Era (16th-18th Centuries). Lisboa: CHAM; FCSH; Universidade Nova de Lisboa; Universidade dos Açores; Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2022.

CHILLÓN, A.M. O Gênio do Brasil e as Musas: Um manifesto ideológico numa nação em construção, 19&20, Rio de Janeiro, v. IX, n. 1, jan./jun. 2014. Disponível em: http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_amc.htm.

CHILLÓN, A.M. A hidra da anarquia e o império brasileiro: imagens de tirania e liberdade. Eikón imago, n. 15, p. 281-311, 2020.

CHICANGANA-BAYONA, Y. A. La India de la libertad: de las alegorias de América a las alegorias de la pátria, Argos, v. 27, n. 53, Caracas, dic. 2010.

COHN, S. (org.). Ailton Krenak. Rio de Janeiro: Azougue, 2015.

CHRISTO, M. de C. V. Heróis imóveis na pintura indigenista da América Latina. In: CONDURU, R.; SIQUEIRA, V. B. (orgs.). Anais do XXIX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Rio de janeiro: Comitê Brasileiro de História da Arte, CBHA, 2010, p. 354-363.

DIAS, M. O. L. da S. A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.

DIAS, M. V. Mato Dentro: Viagem através dos tempos e contratempos da história de conceição. Belo Horizonte: Dossiê Agência de Investigação Histórica, 1994.

DUZER, C. van. Colonialism in the Cartouche: Imagery and Power in Early Modern Maps, Figura: Studies on the classical tradition, v. 9, n. 2, p. 90-130, jul-dez 2021.

ESPINDOLA, H. S. Extermínio e servidão, Revista do arquivo público mineiro, v. 47, p. 46-64, 2011.

ESPINDOLA, H. S. Caminhos para o mar: a expansão dos mineiros para o leste. In: RESENDE, M. E. L. de; VILLALTA, L. C. (org.) A Província de Minas, 1. Belo Horizonte: Autêntica; Companhia do Tempo, 2013, p. 51-69.

História viva Conceição do Mato Dentro: A cultura e a memória de um povo e seu legado para o futuro. Belo Horizonte: KLG, 2011.

FAJARDO, D. de S. Idea de vn Principe Politico Christiano. Reprefentada em cien Emprefas. En Monaco: En la emprefa de Nicolao Enrico, a 1 de Marzo 1640. Disponível em: https://archive.org/details/principepolitico00saav/page/n3/mode/2up?view=theater.

FERREIRA, J. P. (Org.). Enciclopedia dos municípios brasileiros XXIV volume. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1958.

FILHO, O. R. dos S. Pintores mulatos do ciclo rococó mineiro. In: ARAÚJO, Emanoel (org.). A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. São Paulo: Tenenge, 1988, p. 101-116.

FONSECA, C. D. Des terres aux villes d’or: pouvoirs et territoires urbains au Minas Gerais (Brésil, XVIIIe siècle). Paris: Centre Culturel Calouste Gulbenkian, 2003.

GONÇALVES, J. R. Monumentalidade e cotidiano: os patrimônios culturais como gênero de discurso. In: _____. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2007. p. 139-158. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4697385/mod_resource/content/1/GON%C3%87ALVES.%20antropologia_dos_objetos_V41.pdf

JANCSÓ, I. (Org.). Independência: História e Historiografia. São Paulo: Editora Hucitec/ FAPESP, 2005.

KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

KRAAY, H. A Invenção do Sete de Setembro, 1822-1831. Almanack Braziliense. São Paulo, n°11, p. 52-61, mai. 2010.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LIMA JUNIOR, C. Marianne à brasileira: imagens republicanas e os dilemas do passado imperial. 2020. Tese (Doutorado em Estética e História da Arte) – Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte, USP, São Paulo, 2020.

LIMA JUNIOR, C. ; SCHWARCZ, L. M.; STUMPF, L. K. (Orgs.). O sequestro da independência. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

LYRA, M. L. V. Memória da Independência: Marcos e Representações simbólicas, Revista Brasileira de História, v. 15, n. 29, 173-206, 1995.

MARTINS, H. L. M. Os pintores e a sua arte na Capitania de Minas Gerais, 1720-1830. 2017. Tese (Doutorado em História) – Instituto de História/UFRJ, 2017.

MASSOUNIER, D. Les monuments de l’eau: aqueducs, châteaux d’eau et fontaines dans la France urbaine, du règne de Louis XIV à la Révolution. Paris: Éditions du patrimoine; Centre des monuments nationaux, 2009.

MATTOS, I. M. de. Civilização e revolta: os botocudos e a catequese na província de Minas. Bauru: Edusc/Anpocs, 2004.

MENESES, J. N. C. (Org.). Água: Uma história dos usos nas Minas Gerais e em Portugal (século XVII a XIX). Belo Horizonte: Fino Traço, 2019.

MORAIS, G. D. de. História de Conceição do Mato Dentro. Belo Horizonte: Biblioteca Mineira de Cultura, 1942.

MOREIRA, J. P. O famoso chafariz de Conceição do Mato Dentro. Estado de Minas, Belo Horizonte, s/n, 22 set. 1972.

MOREL, M. Independência, vida e morte: os contatos com os botocudos durante o primeiro reinado. Dimensões – Revista de História da Ufes, Vitória, v. 14, n. 1, p. 91-115, 2002.

NASCIMENTO, H. P. do. O poder local e a articulação política mineira em 1822. In: RESENDE, Maria E. L. de; VILLALTA, Luiz C. (Org.) A Província de Minas, 2. Belo Horizonte: Autêntica, 2013, p. 27-45.

OLIVEIRA, A. F. de; JÚNIOR, E.A. de S.; FERREIRA, V. M. P. A história da “escola estadual são Joaquim”: um estudo bibliográfico sobre o patrimônio tombado pelo IPHAN e o atual estado de conservação. Geonomos, 24(2), p. 117-124, 2016.

OLIVEIRA, C. H. de S. “O espetáculo do Ypiranga”: mediações entre história e memória. Tese (Livre-Docência). Museu Paulista da USP, 1999.

OLIVEIRA, C. H. de S. Ideias em confronto. Embates pelo poder na Independência do Brasil (1808-1825). São Paulo: Todavia, 2022.

OLIVEIRA, C. H. de S.; PIMENTA, J. P. (Orgs.). Dicionário da Independência do Brasil. História, Memória e Historiografia. São Paulo: Publicações BBM/ Edusp, 2022.

PARAÍSO, M. H. B. Os botocudos e sua trajetória histórica. In: CUNHA, M. C. da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, Secretaria Municipal de Cultura, 1992, FAPESP, 2009, p. 413-431.

PEREIRA, C. A.; LICCARDO, A.; SILVA, F. G. A arte da cantaria. Belo Horizonte: Editora C/ Arte, 2007.

PINZANI, A. Donatello e Masaccio republicanos, Botticelli cortesão? Arte e representação na Florença do século XV. In: FÁVERO, A. A.; PAVIANI, J.; RAJOBAC, R. (Orgs.). Vínculos filosóficos: homenagem a Luiz Carlos Bombassaro. Caxias do Sul, RS: Educs, 2020, p. 271-284.

PITTA, F. M. A ‘breve história da arte’ e a arte indígena: a gênese de uma noção e sua problemática hoje. MODOS: Revista de História da Arte, v. 5, n. 3, p. 223–257, 2021. DOI: 10.20396/modos.v5i3.8666380. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/arti-cle/view/8666380.

RIEGL, A. O culto moderno dos monumentos: a sua essência e a sua origem. Tradução de Werner Rothschild Davidsohn e Anat Falbel. São Paulo: Perspectiva, 2014.

RODRIGUES, A. D. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. Loyola, 1986.

SANTOS, J. F. dos. Memórias do districto diamantino da comarca do Sêrro Frio, Província de Minas Geraes. Rio de Janeiro: Typ. Americana, 1868.

SANTOS, J.; MARIA, S. e estudantes das escolas públicas de Conceição. Conceição do Mato Dentro: a cidade da gente. Ilustrações de Nara e Heitor Isoda. São Paulo: Olhares, 2019.

SCHWARCZ, L. M. Vários 22. Catálogo de exposição. São Paulo: Arte132, 2022.

SILVA, A. R. C. da. Identidades políticas e a emergência do novo estado nacional: o caso mineiro. In: JANCSÓ, I. (Org.). Independência: história e historiografia. São Paulo: Editora Hucitec; Fapesp, 2005, p. 515-555.

SILVA, F. L. da. Os monumentos da água no Brasil: pavilhões, fontes e chafarizes nas estâncias sul mineiras (1880-1925). Mestrado (Dissertação de História) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora/MG, 2012.

SILVA, F. L. da. O teatro do chafariz ou o indígena e a nação. In: ZACARIAS, G. F. et al. (Org.). História da arte em construção. Campinas, SP: UNICAMP/ IFCH, 2022, p. 286-297.

SOUZA, I. L. C. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo – 1780-1831. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.

SOUZA, I. L. C. Liturgia real: entre a permanência e o efêmero. In: JANCSÓ, I.; KANTOR, I. (Orgs.). Festa: cultura & sociabilidade na América portuguesa, volume II. São Paulo: Hucitec; Editora da Universidade de São Paulo; Fapesp, 2001, p. 545-566.

SOUZA, W. A. de (Org.). Guia dos bens tombados de Minas Gerais. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1985.

TEDESCHI, D. M. R. Águas urbanas: as formas de apropriação das águas nas Minas século XVIII. São Paulo: Alameda, 2011.

VALIM, P. Corporação dos enteados. Tensão, contestação e negociação política na Conjuração Baiana de 1798. Salvador: Editora da UFBA, 2019.

Véxoa: nós sabemos. (Catálogo de Exposição). São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2020.

WALSH, C. Interculturalidad, Estado, Sociedad: Luchas (de)coloniales de nuestra época. Universidad Andina Simón Bolivar, Ediciones Abya-Yala: Quito, 2009.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Francislei Lima da Silva

Downloads

Download data is not yet available.