Resumo
A história da análise institucional nos mostra o potencial dessa ferramenta: transformar, destruir e, se necessário, reconstruir instituições; mas também nutrir processos grupais e fazer pensar agenciamentos coletivos. Neste artigo partilho uma experiência em análise institucional e artes visuais tendo o desenho e o conceito de diagrama como ferramentas de uma produção coletiva. Desenvolvo como a análise institucional e o desenho ativam – juntos – um potencial criativo e especulativo, composição a partir da qual surgem impressões, traços, gestos, ‘filigranas’, ou ações multiplicadoras de um procedimento de análise que projetam, eventualmente, diagramas futuros.
Referências
BAREMBLITT, G. F. O inconsciente institucional. Simpósio Internacional de Psicanálise, Grupos e Instituições. Rio de Janeiro: Vozes, 1982.
BASBAUM, R. Além da pureza visual. Porto Alegre: Editora Zouk, 2007.
BASBAUM, R. Diagrams, 1994-oinging. Berlim: Errant Bodies Press, 2016.
BENEVIDES DE BARROS, R. Grupo. A afirmação de um simulacro. Porto Alegre: Sulina, Editora da UFRGS, 2009.
CALÓ, S.; PEREIRA, G. CERFI: From the Hospital to the City. London Journal of Critical Thought (LJCT), London, v. 1, n. 2, p. 83-100, jun. 2017.
FRASER, A. O que é a crítica institucional. Revista Concinnitas, Rio de Janeiro, ano 15, n. 25, p.01-04, dez. de 2014.
FRASER, A. Da crítica às instituições a uma instituição da crítica. Revista Concinnitas, Rio de Janeiro, ano 9, v. 2, n. 13, p. 179-187, dez. de 2008.
GUATTARI, F. Revolução molecular. Pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1987.
GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34, 1992.
GUATTARI, F.; LOTRINGER, S. Soft Subversions: texts and interviews, 1977-1985. Los Angeles: Semiotext(e), 2009.
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolíticas: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1986.
HOLMES, B. Investigaciones extradisciplinares. Hacia uma nueva crítica de las instituciones. Multitudes/transversal, 2007. Disponível em: https://cc-catalogo.org/publicaciones/investigaciones-extradisciplinarias-hacia-una-cr%C3%ADtica-de-las-instituciones. Acesso em: 06 set. 2021.
LOURAU, R. Análise institucional e práticas de pesquisa. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1993.
O'SULLIVAN, S. Art Encounters: Deleuze & Guattari. Hampshire, New York: Palgrave MacMilan, 2006.
PASSOS, Eduardo; BARROS, Regina B. “A cartografia como método de pesquisa-intervenção”. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.,; ESCOSSIA, L. (2009), p. 17-31.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.,; ESCOSSIA, L; (Orgs.), Pistas para o método da cartografia. Porto Alegre: Sulina, 2009.
RIBAS, C. T. Vocabulários interseccionando: uma transversal no Brasil entre Junhos disruptivos. Revista MESA, Niterói, n. 2, abr. 2015. Disponível em: http://institutomesa.org/revistamesa/edicoes/2/vocabularios-interseccionando/. Acesso em: 10 dez. 2021.
RODRIGUES, H. de B. C. Sobre as histórias das práticas grupais: explorações quanto a um intrincado problema. In: JACÓ-VILELA; A. M; MANCEBO, D. (Orgs.). Psicologia social: abordagens sócio-históricas e desafios contemporâneos. Rio de Janeiro, EdUERJ. 2004, p.113-168.
SAIDÓN, O., KAMKHAGI, V. Rl. Análise institucional no Brasil: favela, hospício, escola, Funabem. Rio de Janeiro: Editora Espaço e Tempo, 1987.
STENGERS, I. Power and Invention: situating science. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997.
WATSON, J. Guattari’s diagrammatic thought: writing between Lacan and Deleuze. London, New York: Continuum Books, 2009.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2022 Cristina Thorstenberg Ribas