A história da arte como histórias das florestas. Reflexões sobre protagonismo feminino a partir da exposição Ka’a Body
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Palavras-chave

Arte indígena contemporânea
Protagonismo feminino indígena
Cosmovisões da floresta
Expografia indígena

Como Citar

BENITES, Sandra; EKMAN, Anita; RIBEIRO AMARO, Fernanda. A história da arte como histórias das florestas. Reflexões sobre protagonismo feminino a partir da exposição Ka’a Body : cosmovisões da floresta. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 8, n. 2, p. 728–737, 2024. DOI: 10.20396/modos.v8i2.8675009. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8675009. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Este texto se propõe a pensar uma “história da arte da floresta”, como alternativa a uma história da arte brasileira oficial, ressaltando o fundamental papel das mulheres, em especial de mulheres indígenas neste processo. A pergunta que nos conduz às reflexões aqui presentes seria: como pensar uma história da arte brasileira, em especial do território das florestas tropicais, a partir da arte produzida por mulheres indígenas? A narrativa da proposta curatorial da exposição Ka’a Body: cosmovisões da floresta e seus desdobramentos será trazida neste artigo, para discutir como coletivos de mulheres artistas se situam no contexto da arte indígena contemporânea e qual é a reverberação dessa inserção em seus contextos de vida. Desse modo pretendemos pensar de qual maneira a história da arte produzida no território das florestas tropicais é compreendida. Partindo de uma iniciativa pioneira, que visa introduzir no campo da arte contemporânea coletivos de mulheres indígenas, a exposição foi um manifesto acerca da importância de refletirmos sobre a História das Florestas no Brasil trazendo à tona diferentes cosmovisões e histórias de resistências acerca do corpo-território das florestas brasileiras e dando ênfase ao protagonismo das mulheres.

https://doi.org/10.20396/modos.v8i2.8675009
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