Resumo
Urdido no método fenomenológico-reconstrutivo, sobretudo na forma praticada na pós-modernidade, o artigo analisa as possibilidades interpretativo-epistêmicas presentes no debate cunhado por Hans-Georg Gadamer acerca da linguagem. A partir do diálogo com a hermenêutica gadameriana, o texto problematiza a possibilidade de instauração de sentido às práticas educativas através pressupostos filosóficos da linguagem. Nesta perspectiva, o artigo propõe pensar que os processos educativos não são processos puramente cerebrinos, mas, isto sim, um grande e complexo processo hermenêutico em que a linguagem tem vida própria. Posto isso, entende que é na linguagem que o mundo se mostra e é também na linguagem que se revela o ser da educação.
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