Banner Portal
Quartos das crianças contemporâneas
Acesso Remoto

Palavras-chave

Arquitetura
Cultura material
Quartos de criança.

Como Citar

CARVALHO, Cibele Noronha de. Quartos das crianças contemporâneas: a construção de um novo objeto de pesquisa. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 30, p. 1–22, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8658065. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O artigo busca descrever como a mudança dos espaços reservados às crianças na arquitetura residencial suscitou um novo objeto de estudo que vem sendo denominado de “cultura do quarto”. Se o objeto empírico é novo nos estudos da infância, as questões teóricas frequentemente são desdobramentos de diversas vertentes da cultura material. Assim, o artigo elegeu três problemáticas centrais: o conceito de cultura material da infância, o uso da noção de espaço nas pesquisas acadêmicas e, por fim, a relação entre sujeitos (no caso, crianças) e objetos.

Acesso Remoto

Referências

Alanen, L. (2001). Exploration in generational analysis. In L. Alanen, & B. Mayall (Eds.), Conceptualizing child-adult relations (pp. 11-23). London: Routledge Falmer.

Ariès, P. (1981). História social da infância e da família. Rio de Janeiro: LTC.

Baudrillard, J. (2009). O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva.

Bazin, L. (2014). Chambre claire et camera obscura: identité sociale et espace mental dans le roman français contemporain pour adolescents. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Brougère, G. (2014). Design et adresse à l’enfant: une chambre protégée de la culture populaire. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Buckingham, D. (2007). Crescer na era das mídias eletrônicas. São Paulo: Edições Loyola.

Calvert, K. L. F. (1992). Children in the house: the material culture of early childhood, 1600-1900. Lebanon: Northeastern University Press.

Cammaréri, C. (2014). La chambre de l’autre enfant. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Canstatt, O. (2002). Brasil: terra e gente, 1871. Brasília, DF: Senado Federal.

Cascudo, L. C. (1947, 15 de abril). Jogos e brinquedos do Brasil. Correio da Noite.

Celikates, R. (2012). O não reconhecimento sistemático e a prática da crítica: Bourdieu, Boltanski e o papel da teoria crítica. Novos Estudos CEBRAP, (93), 29-42.

Chartier, R. (2011). Uma trajetória intelectual: livros, leituras, literaturas. In J. C. C. Rocha (Org.), Roger Chartier: a força das representações: história e ficção (pp. 21-54). Chapecó: Argos.

Crubellier, M. (1979). L’enfance et la jeunesse dans la société française 1800-1950. Malakoff: A. Colin.

DaMatta, R. (1997). A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de janeiro: Rocco.

Dantas, T. C. F. (2012). O mobiliário infanto-juvenil da casa paulistana na década de 1950 e suas relações com o espaço físico da criança. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Dibie, P. (1988). O quarto de dormir: um estudo etnológico. Rio de Janeiro: Editora Globo.

Dinka, I. (2014). Does the children’s room really belong to me? A discussion about independence of a child in the private space of a children’s room. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Donzelot, J. (1986). A polícia das famílias (Vol. 2). Rio de Janeiro: Edições Graal.

Dussel, I. (2005). Cuando las apariencias no engañan: una historia comparada de los uniformes escolares in Argentina y Estados Unidos. Pro-posições, 16(1), 65-86.

Eleb-Vidal, M., & Debarre, A. (1995). L’invention de l’habitation moderne: Paris 1880-1914. Paris: Hazan.

Elias, N. (2010). La civilisation des parents. In Au-delà de Freud: sociologie, psychologie, psychanalyse (pp. 81-112). Paris: La Découverte.

Feitosa, A. G. S., & Dornelles, L. V. O. (2014). A infância institucionalizada: um outro modo de estar na “roda”. In Anais do 4º Seminário Grupeci (pp. 1-44). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Ferrari, G. L. M., Araújo, T. L., Oliveira, L. C., Matsudo, V., & Fisberg, M. (2015). Association between electronic equipment in the bedroom and sedentary lifestyle, physical activity, and body mass index of children. Jornal de Pediatria, 91(6), 574-582.

Fogle, N. (2011). The spatial logic of social struggle: a bourdieuian topology. Lanham: Lexington Books.

Friche, M. (2016). A casa dentro da casa: o sentido do quarto para o adolescente na contemporaneidade. Dissertação de mestrado, Pontifícia Universidade Católica, Belo Horizonte.

Frith, S. (1978). The sociology of rock. London: Constable & Company Limited.

Funari, P. P., & Zarankin, A. (2005). Cultura material escolar: o papel da arquitetura. Pro-posições, 16(1), 135-144.

Gaspoz, D. G. (2014). Donner voix à l’espace physique: lorsque la chambre perpétue et écrit l’histoire de l’adolescent au travers d’objets significatifs: le cas des jeunes en itinérance géographique. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Geib, L. T. C., Cataldo, A., Neto, Wainberg, R., & Nunes, M. L. (2003). Sono e envelhecimento. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 25(3), 453-465.

Glevarec, H. (2010). La culture de la chambre: préadolescence et culture contemporaine dans l’espace familial. Paris: Ministère de la Culture et de la Communication.

Hachet, B. (2014). La chambre des enfants en résidence alternée: un sanctuaire? Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Hall, C. (1987). Sweet home. In P. Ariès, & G. Duby (Dirs.), Histoire de la vie privée: de la révolution a la Grande Guerre (Vol. 4, pp. 53-89). Paris: Editions Seuil.

Harman, G. (2010). Prince of networks: Bruno Latour and metaphysics. Melbourne: Re.press.

Jaoul, M. (1979). Les maisons de l’enfance. Architecture D’aujourd’hui, (204), 85-86.

Kimmich, D. (2011). Lebendige Dinge in der Moderne. Paderborn: Konstanz University Press.

King-Hall, M. (1958). The story of the nursery. Abingdon: Routledge & K. Paul.

Krupicka, A., & La Ville, V.-I. (2014). Les catalogues de chambres d’enfants entre images et séries: analyse d’un corpus d’images publicitaires de fabricants de chambres pour enfants. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Latour, B. (2005). Reassembling the social: an introduction to actor-network-theory. Oxford: Oxford University Press.

Le Corbusier: maison Jaoul. (2017, 31 de janeiro). [Fotografias de Cemal Emden]. Divisare, Rome. Recuperado de https://divisare.com/projects/344381-le-corbusier-cemal-emdenmaisons-jaoul.

Leite, M. (1997). A infância no século XIX segundo memórias e livros de viagem. História social da infância no Brasil, 5, 19-52.

Lignier, W. (2016). Des chambres intelligentes? Un regard sociologique sur l’espace personnel des enfants dits «intellectuellement précoces». In I. Danic, O. David, & S. Depeau (Eds.), Enfants et jeunes dans les espaces du quotidien (pp. 119-128). Rennes: Presses Universitaires de Rennes.


Livingstone, S. (2002). Young people and new media: childhood and the changing media environment. Thousand Oaks: Sage. Livingstone, S., & Helsper, E. (2007). Gradations in digital inclusion: children, young people and the digital divide. New media & society, 9(4), 671-696.

Long, S. (2014). Chambre d’enfant avec salon: appropriation des espaces domestiques entre adultes et enfants. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Mangeard-Bloch, N. (2014). « Je veux pas aller à l’école! Je veux rester dans ma chambre! » Du désordre de la chambre à l’ordre scolaire: regard sur la chambre de l’enfant à la veille de la rentrée dans les albums destinés aux plus jeunes. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Manson, M., & Renonciat, A. (2012). La culture matérielle de l’enfance: nouveaux territoires et problématiques. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (4).

Melo, V. (s/d). Folclore infantil. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro.

Miall, A. (1980). The Victorian nursery book. New York: Pantheon Books.

Miller, D. (2001). Home possessions: material culture behind closed doors. Oxford: Berg Publishers.

Montanari, M., & Flandrin, J. L. (Dirs.). (1998). História da alimentação. São Paulo: Estação Liberdade.

Nal, E. (2014). La chambre d’enfant: un lieu de médiation(s), un espace d’invention(s). Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Nascimento, A. Z. S. (2009). A criança e o arquiteto: quem aprende com quem? Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Nazário, R. (2015). Entre estar na casa e estar em casa: modos de ser criança em um contexto de acolhimento institucional. In Anais da 37ª Reunião da Anped (pp. 1-15), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Recuperado de http://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho-gt07-3900.pdf.

Opie, I. A., & Opie, P. (1969). Children’s games in street and playground: chasing, catching, seeking, hunting, racing, dueling, exerting, daring, guessing, acting, pretending. Oxford: Oxford University Press.

Pallares-Burke, M. L. G. (2005). Gilberto Freyre: um vitoriano dos trópicos. São Paulo: Editora Unesp.

Pater, W. (1878). The child in the house. New York: Dodd, Mead & Co.

Perrot, M. (2010). La chambre d’enfant dans l’espace familial. Journal Français de Psychiatrie, (37), 25-28.

Perrot, M. (2011). História dos quartos. São Paulo: Paz e Terra.

Rede, M. (2003). Estudos de cultura material: uma vertente francesa. Anais do Museu Paulista, 8(1), 281-291.

Reimão, R., Souza, J. C. R. P., & Gaudioso, C. E. V. (1999). Sleep habits in native Brazilian Bororo children. Arquivos de neuro-psiquiatria, 57(1), 14-17.

Reimão, R., Souza, J. C. R. P., Gaudioso, C. E. V., Guerra, H. C., Alves, A. C., Oliveira, J. C. F., … Silvério, D. C. G. (1999). Sleep characteristics in children in the isolated rural AfricanBrazilian descendant community of Furnas do Dionísio, State of Mato Grosso do Sul, Brazil. Arquivos de neuro-psiquiatria, 57(3-A), 556-560.

Reimão, R., Souza, J. C. R. P., Medeiros, M., & Almirão, R. I. (1998). Sleep habits in native Brazilian Terena children in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Arquivos de neuropsiquiatria, 56(4), 703-707.
Renonciat, A. (2014). La chambre d’enfant: regards croisés. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Robertson, P. (1974). Home as a nest: middle class childhood in nineteenth-century Europe. In L. deMause (Ed.), The history of childhood (pp. 407-431). New York: The Psychohistory Press.

Roche, D. (2000). História das coisas banais: nascimento do consumo nas sociedades do século XVII ao XIX. Rio de Janeiro: Rocco.

Rollet, C., & Pelage, A. (2014). Préparer une chambre pour l’enfant à venir, un enjeu de genre? Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Rolnik, R. (2015). Guerra dos lugares: a colonização da terra e da moradia na era das finanças. São Paulo: Boitempo.

Roucous, N., & Dauphragne, A. (2015). La chambre d’enfant: une construction partagée entre parents et enfants. La revue internationale de l’éducation familiale, (37), 87-113.

Sarmento, M. J. (2003). Imaginário e culturas da infância. Cadernos de Educação, (21), 51-69.

Singly, F. (2006). Le sens de la chambre personnelle pendant la seconde modernité: le cas de l’adonaissance. In P. M. Huynh (Dir.), Habitat et vie urbaine, changements dans les modes de vie (pp. 33-44). Paris: Puca.

Sofaer, J. R., & Derevenski, J. S. (Eds.). (2000). Children and material culture. Abingdon: Psychology Press.

Vauthier, L. L. (1943). Casas de residência no Brasil. Revista do Iphan, (7), 131-132. Recuperado de http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=RevIPHAN&PagFis=7146.

Warnier, J.-P. (1999). Construire la culture matérielle: l’homme qui pensait avec ses doigts. Paris: Presses Universitaires de France.
White, C. (1984). The world of the nursery. New York: Herbert Press.

Yemsi-Paillissé, A. C. (2014). La chambre du fils, microcosme dramatique: la culture matérielle dans la pièce de théâtre contemporaine La chambre de l’enfant, de Josep Maria Benet i Jornet. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Zaffran, J. (2014). La chambre des adolescent(e)s: espace intermédiaire et temps transitionnel. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Bourdieu, P. (1983). Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero.

Bourdieu, P. (1996). Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus Editora.

Bourdieu, P. (2007). A distinção crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp.

Bryson, B. (2011). Em casa: uma breve história da vida doméstica. São Paulo: Companhia das Letras.

Cohen, G., & Rampnoux, O. (2014). Processus d’achat et discours de marque: le cas du lit de bébé. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Cook, D. T. (2011). Embracing ambiguity in the historiography of children’s dress. Textile History, 42(1), 7-21.

Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da infância. São Paulo: Penso Editora.

Garnier, P. (1995). Ce dont les enfants sont capables: marcher xviiie, travailler xixe, nager xxe. Paris: Métailié.

Garnier, P. (2012). La culture matérielle enfantine: catégorisation et performativité des objets. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (4). Gouyon, M. (2006). Une chambre à soi: un atout dans la scolarité? In Institut National de la Statistique et des Etudes Economiques, Données sociales (pp. 163-167). Paris: Insee.

Huerre, P. (2006). L’enfant et les cabanes. Enfances & Psy, (33), 20-26.

James, A. (2000). Embodied being(s): understanding the self and the body in childhood. In A. Prout (Ed.), The body, childhood and society (pp. 19-37). London: Martin Press.

La Ville, V.-I., & Tartas, V. (2005). L’activité de consommation enfantine et ses médiateurs. In

La Ville, V.-I. (Coord.), L’enfant consommateur: variations interdisciplinaires sur l’enfant et le marché (pp. 73-88). Paris: Vuibert.

La Ville, V.-I., Cristau, C., & Krupicka, A. (2012). Rendre l’utilisateur actif dans le processus de conception de mobilier pour enfant. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (4).

Leichter, H. J. (1978). Families and communities as educators: some concepts of relationship. Teachers College Record, 79(4), 567-658.

Pinçon, M, & Pinçon-Charlot, M. (2016). Sociologie de la bourgeoisie. Paris: La Découverte.

Ramos, A. C. (2013). Morando com meus avós: as famílias conviventes na perspectiva das crianças. Pedagogía y Saberes, (37), 119-131.

Sarmento, M. J. (2004). As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª modernidade. In M. J. Sarmento, & A. B. Cerisara, Crianças e miúdos: perspectivas sócio-pedagógicas da infância e educação (pp. 9-34). Porto: Asa.

Sirota, R. (2010). Allers-retours sur carnets de terrain: le métier de sociologue en famille. L’observation d’un rite de socialisation. In B. Tillard, & M. Robin, Enquêtes au domicile des familles: la recherche dans l’espace privé (pp. 119-141). Paris: L’Harmattan.

Steinberg, S., & Kincheloe, J. L. (Orgs.). (2004). Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Van Leeuwen, L., & Margetts, M. (2014). My space is everywhere. Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (7).

Vaz-Romero Trueba, O. (2012). Métamorphoses de la chambre d’enfant dans l’imaginaire des artistes espagnols (1775-1936). Strenæ: recherches sur les livres et objets culturels de l’enfance, (4).

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.