Banner Portal
Apropriação e usos do pensamento de Antonio Gramsci sobre educação em trabalhos acadêmicos
REMOTO
REMOTO

Palavras-chave

Antonio Gramsci
Educação
Escola unitária
Trabalho como princípio educativo
Produção acadêmica

Como Citar

JACOMINI , Márcia Aparecida. Apropriação e usos do pensamento de Antonio Gramsci sobre educação em trabalhos acadêmicos. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 31, p. e20180117, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8660732. Acesso em: 1 jul. 2024.

Resumo

Neste artigo analisamos a apropriação e os usos do pensamento de Antonio Gramsci sobre Educação, com o objetivo de apreender como pós-graduandos têm interpretado o pensamento do autor e sua atualidade para compreender a educação contemporânea. Trata-se de pesquisa documental e bibliográfica, com análise de nove teses e dissertações, de um conjunto de 32 trabalhos que indicaram Gramsci como referencial teórico no resumo. Os 32 trabalhos foram coletados de um banco de dados com 1.283 teses e dissertações sobre política educacional, produzidas em programas de pós-graduação em Educação no período de 2000 a 2010, que tiveram notas cinco, seis e sete na avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), encerrada em 2010. Concluímos que as ideias gramscianas sobre escola e educação foram referenciais importantes para os autores das teses e dissertações analisarem as políticas educacionais e a escola numa perspectiva crítica, demarcando a atualidade das reflexões educacionais do autor. Também apontamos que o pensamento gramsciano tem alimentado uma reflexão mais ampla e aprofundada da Educação, em articulação à forma de produção material e cultural numa sociedade dividida em classes e com marcante desigualdade social.

REMOTO
REMOTO

Referências

Andrade, F. A. (2003). O Estado e a formação do “cidadão-trabalhador”: educação, cidadania e trabalho no Brasil hoje. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Broccoli, A. (1979). Antonio Gramsci y la educación como hegemonía. México: Nueva Imagem.

Camini, I. (2009). Escola itinerante dos acampamentos do MST: um contraponto à escola capitalista? Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Cardoso, E. M. S. (2006). Formação continuada de professores: uma repercussão na prática pedagógica? Dissertação de Mestrado, Universidade Federal Fluminense, Niterói.

Dias, E. F. (1996). Sobre a leitura dos textos gramscianos. In E. F. Dias, L. Secco, O. Coggiola, R. Massari, & R. Braga (Orgs.), O outro Gramsci (pp. 105-122). São Paulo: Xamã.

Gomes, J. M. (2017). A apropriação de Gramsci na pesquisa em educação no Brasil (1976-2012). Tese de Doutorado, Educação da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Gramsci, A. (2002). Cadernos do cárcere: literatura, folclore, gramática (Vol. 6). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2005). Cartas do cárcere: 1926-1930 (Vol. 1). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2005). Cartas do cárcere: 1931-1937 (Vol. 2). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2007). Cadernos do cárcere: temas de cultura, ação católica, americanismo e fordismo (Vol. 4, 2 ed.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2011a). Cadernos do cárcere: os intelectuais, o princípio educativo, jornalismo (Vol. 2, 6 ed.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2011b). Cadernos do cárcere: o Risorgimento, notas sobre a história da Itália (Vol. 5, 2 ed.). Edição Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2012). Cadernos do cárcere: Maquiavel, notas sobre o Estado e política (Vol. 3, 5 ed.). Edição Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2013). Cadernos do cárcere: introdução ao estudo da Filosofia, a filosofia de Benedetto Croce (Vol. 1, 6 ed.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gramsci, A. (2014). Quaderni del carcere. Torino: Einaudi.

Horta, J. S. B. (2008). A educação na Itália fascista: as reformas Gentile (1922-1923). Revista História da Educação, 12(24), 179-223. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/asphe/article/view/29249

Lüdke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Magalhães, L. K. C. (2008). Formação e trabalho docente: os sentidos atribuídos às tecnologias da informação e da comunicação. Tese de Doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Marx, K. (1999). O capital: crítica da economia política: livro 1: o processo de produção do capital (Vol. 1, 17a ed.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Nogueira, E. S. (2003). Políticas de formação de professores: a formação cindida (1995-2002). Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Pires, L. L. A. (2005). A criação de universidades tecnológicas no Brasil: uma nova institucionalidade para a Educação Superior. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Santos, C. A. (2008). A expansão da educação superior rumo à expansão do capital: interfaces com a educação a distância. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Santos, N. R. C. (2006). Educação do campo e alternância: reflexões sobre uma experiência na Transamazônica/PA. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Secco, L. (2002). Gramsci e o Brasil: recepção e difusão de suas ideias. São Paulo: Cortez. Silva, A. A., & Jacomini, M. A. (Orgs.). (2016). Pesquisa em políticas educacionais: características e tendências. Feira de Santana: UEFS.

Souza, J. B. (2004). Cursos sequenciais: a “marca social” da escola superior no Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.