Banner Portal
O limiar da experiência estética: contribuições para pensar um percurso de subjetivação
Remoto

Palavras-chave

Estética. Experiência. Experiência estética. Arte. Subjetivação

Como Citar

PEREIRA, Marcos Villela. O limiar da experiência estética: contribuições para pensar um percurso de subjetivação. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 23, n. 1, p. 183–195, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643233. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho coloca em análise algumas concepções sobre arte, obra de arte, atitude estética e experiência estética com o intuito de propor o exercício da racionalidade estética como uma ampliação da capacidade dos sujeitos para orientar sua percepção e compreensão ante as infinitas possibilidades da existência. A razão estética habilita o sujeito para que se concebam mundos não apenas a partir de e/ou sobre esquemas referenciais, mas a partir de e sobre a experiência da presentificação do que existe, do ser-aí, da história efeitual e da desrealização dos limites estabelecidos pelas formas tradicionais de racionalidade. Postulo a ideia da experiência estética como uma oportunidade de ampliação, de desvelamento e de expansão da subjetividade na medida em que representa uma abertura para a coleção de exemplos que são a arte e a vida. A atitude estética é uma atitude desinteressada, é uma abertura, uma disponibilidade não tanto para a coisa ou o acontecimento “em si”, naquilo que ele tem de consistência, mas para os efeitos que ele pode produzir.

Abstract:

This article puts in question some views on art, artwork, aesthetic attitude and aesthetic experience in order to propose the exercise of aesthetic rationality extending subjective capacity to guide the perception and understanding regarding the infinite possibilities of existence. The aesthetic rationality empowers subjects to conceive not only worlds reduced at referencial schemes, but from and about experience of presentification of what exists, of being, of effectual history and of derealization of established limits on traditional rationality forms. I postulate the idea of aesthetic experience as an opportunity for expansion and disclosure of subjectivity in that it represents an opening to the collection of examples that consist in art and life. The aesthetic attitude is a selfless attitude, an openness, a willingness not so much for the thing or event “in itself “, in what it has consistency, but the effects it can produce.

Key words: Aesthetics. Experience. Aesthetic experience. Art. Subjectivation

Remoto

Referências

CICERO, A. Finalidades sem fim: ensaios sobre poesia e arte. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

DUVE, T. de. Cinco reflexões sobre o julgamento estético. Revista Porto Arte, Porto Alegre, v. 16, n. 27, nov. 2009.

ELIOT, T. S. Quatro quartetos, Burnt Norton. In: ELIOT, T. S. Poesia. Tradução de Ivan Junqueira. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

FAWCETT, F.. A fêmea camafeu no país dos danados. In: CEP 20.000: o celeiro do underground carioca. Revista Trip, Rio de Janeiro, n. 83, 2000.

GADAMER, H.-G. Verdade e Método I – traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

HILST, H. Cascos e carícias. São Paulo: Nankin, 1998.

KANT, I. Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.

MAILLARD. C. La razón estética. Barcelona: Laertes, 1998.

ORTEGA Y GASSET, J. Meditações do Quixote. São Paulo: Iberoamericana, 1967. p. 52.

PESSOA, F. Odes de Ricardo Reis. Porto Alegre: L&PM, 2006.

PIZARNIK, A. Obras completas. Buenos Aires: Corregidor, 1993.

RILKE, R. M. Elegias do Duíno. Porto Alegre: Globo, 1988.

STOLNIZ, J. Aesthetics and the Philosophy of Art Criticism. Boston: Houghton Mifflin, 1960.

WILDE, O. Prefácio. In: WILDE, O. O Retrato de Dorian Gray. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. [1891]

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.