Resumo
Este texto, que é um recorte de uma pesquisa de doutorado, intenciona movimentar diferentes fluxos de pensamentos a partir de uma intercessão fílmica, incitando a pensar uma experiência educativa. Busca dar atenção àquilo que tem a potência de afetar e inquietar em um encontro fílmico, possibilitando a produção de diferentes arranjos e tessituras. A partir das narrativas disparadas pelo atravessamento entre o filme O balão branco e o livro Pedagogia profana (2010), de Jorge Larrosa (com os acadêmicos da Graduação em Artes Visuais da UFSM), foi possível tecer conexões com a docência. As problematizações suscitadas a partir do cruzamento da imagem fílmica selecionada, das narrativas produzidas pelos acadêmicos envolvidos na investigação e dos conceitos operados na pesquisa, especialmente os conceitos dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, agiram como um vetor de ressonâncias, impulsionando, a partir dos ecos repercutidos, a invenção de múltiplas e singulares cenas para a educação.
Referências
Deleuze, G. (1983). Cinema 1 - A imagem-movimento (S. Senra, Trad.). São Paulo: Brasiliense.
Deleuze, G. (1990). Cinema 2 - A imagem-tempo (E. de A. Ribeiro, Trad.). São Paulo: Brasiliense.
Deleuze, G. (2006). Proust e os signos (A. Piquet & R. Machado, Trads., 2a ed.). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Deleuze, G. (2010). Conversações (P. P. Pelbart, Trad., 2a ed.). São Paulo: Editora 34.
Deleuze, G. (2011). Lógica do sentido (L. R. S. Fortes, Trad., 5a ed.). São Paulo: Perspectiva.
Deleuze, G., & Guattari, F. (1995). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia (Vol. 1, A. Guerra & C. P. Costa, Trads.). Rio de Janeiro: Editora 34.
Gallo, S. (2003). Deleuze & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica.
Guerra Neto, A. (2001). Comemoração e ressonância. In D. Lins (Coord.), Nietzsche e Deleuze: pensamento nômade (pp. 63-80). Rio de Janeiro: Relume Dumará; Fortaleza, CE: Secretaria da Cultura e Desporto do Estado.
Larrosa, J. (2010). Pedagogia profana: danças, piruetas mascaradas (A.Veiga-Neto, Trad., 5a ed.). Belo Horizonte: Autêntica.
Levy, T. (2011). A experiência do fora: Blanchot, Foucault e Deleuze. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Machado, R. (2010). Deleuze, a arte e a filosofia (2a ed.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Oliveira, M. O. de. (2011. Por uma abordagem narrativa e autobiográfica: os diários de aula como foco de investigação. In R. Martins, & I. Tourinho (Orgs.), Educação da cultura visual: conceitos e contextos (pp.175-190). Santa Maria: Editora da UFSM.
Pelbart, P. P. (2010). O tempo não reconciliado. Imagens de tempo em Deleuze. São Paulo: Perspectiva.
Rancière, J. (2012). As distâncias do cinema (E. dos S. Abreu, Trad.). Rio de Janeiro: Contraponto.
Rilke, R. M. (2013). Cartas a um jovem poeta e A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke (P. Rónai & C. Meireles, Trads., 4a ed.). São Paulo: Globo.
Van Manen, M. (2003). Investigación educativa y experiencia vivida. Barcelona: Idea books.
Vasconcellos, J. (2006). Deleuze e o cinema. Rio de Janeiro: Moderna.
Panahi, J. (Dir.). (1995). O balão branco. Irã. Recuperado em 30 de maio de 2013, de https://www.youtube.com/watch?v=_3k7sKDZTtk.
A Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.