Resumen
Neste dossiê, boa parte do esforço empreendido está centrada no desafio de pensar a educação e o cuidado dos bebês e das crianças bem pequenas1 em contextos coletivos de Educação Infantil. O conjunto dos artigos que compõem a coletânea focaliza esse grupo geracional em um sentido de potência e dependência, diferença e singularidade. Tal desafio, a nosso ver, se torna ainda maior quando se trata de bebês que ainda não falam e, com isso, exigem maior atenção na compreensão de suas formas de comunicação e expressão, para além da linguagem verbal. Os bebês usam a linguagem da não palavra, mas comunicam muitos pensamentos, sensações, expressões, relações, desejos e emoções, dando sinais de extraordinária versatilidade e expressividade aos seus modos de dizer.Citas
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Relatório de pesquisa: Mapeamento e aná- lise das propostas pedagógicas municipais para a educação infantil no Brasil. Brasí- lia, 2009. Projeto de Cooperação Técnica MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br>. Acesso em: 22 dez. 2010.
CORSARO, W. Sociologia da infância. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DAHLBERG, G.; MOSS, P.; PENCE, A. Qualidade na educação da primeira infância. Perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FALK, J. Educar os três primeiros anos: a experiência de Lóczi. São Paulo: JM, 2011.
GRAUE, M. E.; WALSH, D. J. Investigação etnográfica com crianças: teorias, métodos e ética. Lisboa: Porto Editora, 1998.
GUIMARÃES, D. Técnicas corporais, cuidado de si e cuidado do outro nas rotinas com bebês. In: ROCHA, E. A. C.; KRAMER, S. (Org.). Educação Infantil. Enfoques em diálogo.
Campinas, SP: Papirus, 2011.
KUHLMANN JR. M. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2007.
LEE, N.; MOTZKAU, J. Navigating the bio-politics of childhood. Childhood, EUA, v. 18, n. 1, p. 7-19, 2011.
MARTINS FILHO, A. J. (Org.) Criança pede respeito: temas em educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2005.
MARTINS FILHO, A. J. et al. Infância plural: crianças do nosso tempo. Porto Alegre: Mediação, 2006.
MARTINS FILHO, A. J.; PRADO, P. (Org.) Das pesquisas com crianças à complexidade da infância. São Paulo: Autores Associados, 2011.
MOZÈRE, L. “Du côté” des jeunes enfants ou comment appréhender le désir en sociologie? In: BROUGÈRE, G. ; VANDENBROECK, M. (Dir.). Repenser l’ éducation des jeunes enfants. Bruxelles: Èditions Scientifiques Internationales, 2007.
MUSATTI, T. Modalidade e problemas do processo de socialização entre crianças na creche. In: BONDIOLI, A.; MANTOVANI, S. Manual de Educação Infantil. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 189-201.
NÓVOA, A. Os professores: em busca de uma autonomia perdida? In: NÓVOA, A. Ciências da Educação em Portugal. Porto: Porto Editora; SPCE, 1999.
RICHTER, S. R. S; BARBOSA, M. C. S. Os bebês interrogam o currículo: as múltiplas linguagens na creche. Educação, Santa Maria, v. 35, n. 1, p. 85-96, jan./abr. 2010.
ROSSETTI-FERREIRA, M. C. A pesquisa na universidade e a educação da criança pequena. Cadernos de Pesquisa – Fundação Carlos Chagas, São Paulo, v. 67, n. 4, p. 59-63, nov. 1988.
ROSSETI-FERREIRA, M. C. et al. (Org.) Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2004.
TRISTÃO, F. C. “Você viu que ele já está ficando de gatinho?” Educadoras de creches e desenvolvimento infantil. In: MARTINS FILHO, Altino José (Org.) Criança pede respeito: temas em educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2005.
VIEIRA, L. M. F. Creches no Brasil: de mal necessário a lugar de compensar carências rumo à construção de um projeto educativo. Dissertação (Mestrado)–Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1985.
A Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.