Banner Portal
O cuidado como dimensão ontológica na educação infantil
REMOTO

Palavras-chave

Cuidado e educação
Heidegger
Corpo e educação
Educação infantil
Espaço escolar

Como Citar

COLLA, Rodrigo Avila. O cuidado como dimensão ontológica na educação infantil: sobre corpos, espaços e movimentos na constituição do ser-no-mundo. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 31, p. e20180059, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8660666. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O texto discute o cuidado como dimensão ontológica e potência constitutiva do humano. Vale-se de matriz teórica que une autores da área da educação infantil com a ontologia de Martin Heidegger. Apresenta o conceito heideggeriano de cura (sorge) – cuidado/curadoria numa dimensão ontológica – e o toma como eixo articulador a partir do qual são pensadas a corporeidade e a espacialidade. O conceito de tato, de Helmholtz, também é desenvolvido a fim de sustentar a noção de contato, trazida à tona por Marta Nörnberg. Ratifica-se o argumento da autora de que as instituições de educação infantil devem ser consideradas como domus, isto é, moradas comuns em que o estatuto de “ser-no-mundo-junto-das-coisas-com-outros” seja favorecido por meio de um comprometimento cuidadoso/curador. Destaca-se, ainda que brevemente, a importância do ato de brincar e a necessidade de um olhar cuidadoso/curador tanto para a brincadeira quanto para os ambientes e corpos. Por fim, argumenta-se que as instituições de educação infantil devem ser ambientes cuidados/cuidadores que propiciem a convivência e o contato, indicando caminhos constitutivos do ser-no-mundo.

REMOTO

Referências

Barbosa, M. C. S, & Horn, M. G. S. (2008). Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed.

Dalbosco, C. A. (2006). O cuidado como conceito articulador de uma nova relação entre filosofia e pedagogia. Educação e Sociedade, 27(97), 1113-1135.

Debortoli, J. A. et al. (2009). Projeto Brincar: experiências e memórias de brincadeiras na educação básica e na formação de professores. In A. Carvalho, F. Salles, M. Guimarães, & J. A. Debortoli (Orgs.), Brincar(es). Belo Horizonte: UFMG.

Faria, V., & Salles, F. (2007). Currículo na educação infantil. São Paulo: Scipione.

Fortuna, T. R. (2014) A importância de brincar na infância. In I. C. Horn, F. F. Vidal, J. S. Silva, J. Pothim, T. R. Fortuna, & V. L. B. Santos. Pedagogia do brincar. Porto Alegre: Mediação.

Gadamer, H-G. (1999). Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis: Vozes.

Goldschmied, E., & Jackson, S. (2006). Educação de 0 a 3 Anos: o atendimento em creches. Porto Alegre: Artmed.

Heidegger, M. (1967). Sobre o humanismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Heidegger, M. (1991). Sobre a essência do fundamento. In Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultura.

Heidegger, M. (2000). Nietzsche I. Barcelona: Ediciones Destino.

Heidegger, M. (2005). Ser e Tempo: parte II. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Universidade São Francisco.

Heidegger, M. (2008). Observações sobre Arte – Escultura – Espaço. Artefilosofia, 5, 15-22.

Heidegger, M. (2004). Ser e Tempo: parte I. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Universidade São Francisco.

Kramer, S. (Coord.). (1998). Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação infantil. São Paulo: Ática.

Ministério da Educação (2013). Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC, Secretária de Educação Básica, Diretoria de Currículos e Educação Integral. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizeseducacao-basica-2013-pdf/file

Ministério da Educação (2017). Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, Conselho Nacional de Educação. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7 9601-anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017- pdf&Itemid=30192

Nietzsche, F. W. (2003). Segunda consideração intempestiva, da utilidade e desvantagem da história para a vida. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.

Nietzsche, F. W. (2009). Así habló Zaratustra. Buenos Aires: Libertador.

Nörnberg, M. (2013). Do berço ao berçário: a instituição como morada e lugar de contato. Proposições, 24(3), 99-113.

Ortiz, C., Carvalho, M. T. V., & Baroukh, J. A. (2012). Interações: ser professor de bebês – cuidar, educar e brincar: uma única ação. São Paulo: Blucher.

Pereira, E. T. (2009). Brincar e criança. In A. Carvalho, F. Salles, M. Guimarães, & J. A. Debortoli (Orgs.), Brincar(es). Belo Horizonte: UFMG.

Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. (2009). Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, seção 1, 1-5. Recuperado de https://www.mprs.mp.br/media/areas/gapp/arquivos/resolucao_05_2009_cne.pdf

Sayão, D. T. (2010). Não basta ser mulher… Não basta gostar de crianças… “Cuidado/educação” como princípio indissociável na Educação Infantil. Educação, 35, (1), 69-84.

Stein, E. (1988). Racionalidade e existência: uma introdução à filosofia. Porto Alegre: L&PM.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.