Resumo
Podemos dizer que a Sociedade da Informação ocupa o lugar e assume as expectativas que outrora eram projetadas na Modernidade. Para Habermas, o entendimento do presente passa por pensar no avançar desde e além da modernidade parcial, não já como superada (como quando se fala da pós-modernidade), nem como uma ficção a ser simplesmente negada (como quando se afirma que jamais fomos modernos). Trata-se de pensar, com esses pontos de partida, se estamos hoje a buscar soluções vicariantes ao déficit sistêmico daquela modernidade incompleta, ou se, superando uma modernização periférica ou tardia, empreendemos caminhos auto-reflexivos e inovadores para definir e construir novas configurações do conhecimento, da comunicação e da informação. Como resposta às demandas das quais a Sociedade da Informação é ao mesmo tempo sintoma, apelação e desafio, as Universidades do Brasil e da América Latina tem em suas mãos o poder e a dívida de nutrir as variáveis epistêmicas de processos e práticas auto-reflexivos, gerando novas formas de um diálogo polifônico entre as esferas quase-públicas das Ciências, as plurais redes das tradições locais e os dilemas universais, que colocam hoje um novo cosmopolitismo informacional à luz de um repensar geral do devir da humanidade.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2011 Maria Nélida González de Gómez