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A teoria merleau-pontyana da linguagem e a biblioterapia
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Palavras-chave

Teoria Merleau-Pontyana da linguagem
Fala falante
Biblioterapia
Leitura terapêutica

Como Citar

CALDIN, Clarice Fortkamp. A teoria merleau-pontyana da linguagem e a biblioterapia. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 23–40, 2011. DOI: 10.20396/rdbci.v8i2.1932. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/1932. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

O artigo expõe o problema da linguagem, com abordagem fenomenológica, como foi tratado por Husserl e por Merleau-Ponty. Husserl considerou a linguagem um objeto do pensamento, essência de uma gramática universal. Merleau-Ponty defendeu a linguagem como meio por excelência de comunicação, cujos signos refletem a cultura e as palavras possuem corporeidade. A teoria merleau-pontyana da expressão admite duas linguagens: a fala falada e a fala falante. A linguagem falada é o conjunto das significações de uma língua; a linguagem falante é transfiguração dessas significações. É da fala falante, produtora de significados, que se ocupa a biblioterapia. Relata-se um Programa de Leitura Terapêutica desenvolvido em uma escola da rede pública estadual no interior da Ilha de Santa Catarina. Tal Programa contemplou leitura, narração e dramatização de textos ficcionais. Apostou no envolvimento dos alunos com o lúdico e o poético e creditou à literatura possibilidades terapêuticas. O diálogo posterior à história (a experiência do outro), a socialização (descontração e alegria) e a retomada do texto (recriação) foram considerados exercícios terapêuticos. Concluiu-se que a biblioterapia é um tratamento alternativo e despretensioso em que a fala, na leitura, narração ou dramatização pode agir como uma terapêutica.
https://doi.org/10.20396/rdbci.v8i2.1932
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Referências

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