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Ética: uma enorme imprecisão
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Palavras-chave

Ética. Política. Educação. Marx.

Como Citar

LESSA, Sergio. Ética: uma enorme imprecisão. Filosofia e Educação, Campinas, SP, v. 3, n. 1, p. 22–36, 2011. DOI: 10.20396/rfe.v3i1.8635467. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/view/8635467. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Parte-se do pressuposto de que a ética é um complexo valorativo que se refere à relação do indivíduo com a comunidade, apesar da multiplicidade de sentidos e usos atuais do conceito e termo. O autor assume a concepção marxiana de análise da história e da política. Nessa concepção ontológica e histórica se supõe que a ética se tornou imprescindível pelo mesmo movimento através do qual a filosofia se tornou necessária: o desenvolvimento das forças produtivas. O que vai determinar a evolução histórica do complexo da ética, dos Gregos até nossos dias, é o mesmo complexo social que predominou em nossa história: a propriedade privada. Enquanto movimento histórico universal, a tendência que se fez predominante foi a do desenvolvimento de relações humano-genéricas que se ampliaram até converter toda a humanidade em uma única história cotidiana. O homem se tornou uma única humanidade se convertendo em lobo do próprio homem: a propriedade privada se tornou a nossa essência. Ela requer o mercado mundial, única possibilidade de universalidade e, enquanto mercadoria, apenas é capaz de uma relação, a da concorrência nucleada no individualismo que nos fragmenta. Enquanto o futuro da humanidade for limitado aos horizontes do capital, a ética continuará sendo uma onipresente necessidade cuja satisfação é uma impossibilidade ontológica.
https://doi.org/10.20396/rfe.v3i1.8635467
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