Internacionalização e Ensino Superior
um estudo comparativo entre as percepções de estudantes brasileiros e norte-americanos sobre a realidade das instituições de Ensino Superior brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.20396/riesup.v10i00.8664364Palavras-chave:
Ensino superior, Internacionalização , Estudantes internacionais, Instituições de ensino superior brasileirasResumo
Introdução/Objetivo: Em tempos de intensificação global da internacionalização no ensino superior e sua importância para as instituições de ensino, esta pesquisa aborda esse tema complexo, sujeito a múltiplas interpretações e percepções, por meio de uma investigação realizada sobre as convergências e divergências de compreensão e percepções dos alunos sobre a realidade das instituições de ensino superior brasileiras. Metodologia: A pesquisa foi realizada em quatro grandes instituições de ensino superior (IES) brasileiras e seus alunos de graduação nacionais e internacionais. A análise foi realizada por meio de pesquisa exploratória, descritiva, analítica, interpretativa e qualitativa. A estratégia utilizada para a consolidação e apresentação dos dados foi um estudo comparativo entre esses dois grupos. Resultados: Dos resultados obtidos, concluiu-se que existe uma forte ligação entre internacionalização e globalização, mobilidade, presença de uma língua estrangeira nas atividades das IES e das parcerias. Embora esteja em amadurecimento, persistem as múltiplas interpretações para a internacionalização do ensino superior. Identificam-se diferentes perspectivas sobre temas e realidades em relação ao Brasil e aos Estados Unidos. Estudantes estrangeiros dão mais importância ao Brasil depois de morar no país. Conclusão: A pesquisa mostrou que os brasileiros têm a percepção de que o Brasil está atrás do contexto global no ensino superior, enquanto para os norte-americanos o Brasil está alinhado, destaca-se a percepção mais positiva dos norte-americanos. Não há consenso sobre o "fim" comum para a internacionalização universitária. A pesquisa também demonstrou uma percepção de uma glamourização em relação à internacionalização das IES e que aprender um novo idioma é essencial para a educação internacional.
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