Banner Portal
Pescado: importância nutricional e consumo no Brasil
PDF

Palavras-chave

Pescado. Nutrição. Consumo. Disponibilidade. Hábitos alimentares.

Como Citar

SARTORI, Alan Giovanini de Oliveira; AMANCIO, Rodrigo Dantas. Pescado: importância nutricional e consumo no Brasil. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 19, n. 2, p. 83–93, 2012. DOI: 10.20396/san.v19i2.8634613. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8634613. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O pescado é um alimento que se destaca nutricionalmente quanto à quantidade e qualidade das suas proteínas, à presença de vitaminas e minerais e, principalmente, por ser fonte de ácidos graxos essenciais ômega-3 eicosapentaenoico (EPA) e docosaexaenoico (DHA). O consumo desses lipídios é associado à redução do risco de doenças cardiovasculares e a funções importantes nas fases iniciais do desenvolvimento humano. No Brasil, os autores têm concentrado suas análises sobre consumo de pescado com base em dados obtidos em localidades da região Norte, que apresenta elevada disponibilidade do alimento em relação às demais regiões brasileiras. O objetivo do presente artigo foi analisar a importância nutricional do pescado e o consumo no Brasil, discriminando-o de acordo com as regiões geográficas. Foi possível inferir que: a ingestão regular de pescado traz benefícios à saúde humana e que o risco de contaminação por elemento químico é considerado baixo; o consumo é reduzido, com exceção das regiões Norte e Nordeste, e não houve ampliação no período de 1970 a 2009; há distinção entre as quantidades ingeridas (per capita) e a diversidade de espécies preferidas, de acordo com as regiões.

https://doi.org/10.20396/san.v19i2.8634613
PDF

Referências

Ababouch L. Fisheries and Aquaculture topics. Composition of fish. Topics Fact Sheets. In: FAO Fisheries and Aquaculture Department. Rome: FAO; 2005 [cited 2012 Oct 20]. Available from: http://www.fao.org/fishery/topic/12318/en

Burger J. Fishing, fish consumption and awareness about warnings in a university community in central New Jersey in 2007, and comparisons with 2004. Environ Res. 2008;108(1):107-16.

Harvard. School of Public Health. The Nutrition Source. Omega-3 Fatty Acids: an essential contribution [cited 2012 Oct 22]. Available from: http://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/what-should-you-eat/omega-3-fats/index.html

Food and Agriculture Organization. The State of World Fisheries and Aquaculture. Fisheries and Aquaculture Department. Rome: FAO; 2009.

Trondsen T, Scholderer J, Lund E, Eggen AE Perceived barriers to consumption of fish among Norwegian women. Appetite. 2003;41(3):301-14.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952. Aprova o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Diário Oficial da União, Brasília, 7 jul. 1952. Seção 1, p. 10785.

Stansby ME. Polyunsaturates and fat in fish flesh. J Am Diet Assoc. 1973;63:625-630.

Bang HO, Dyerberg J. Plasma lipids and lipoproteins in Greenlandic West-coast Eskimos. Acta Med Scand. 1972;1(92):85-94.

Bang HO, Dyerberg J, Hjorne N. The composition of food consumed by Greenland Eskimos. Acta Med Scand. 1976;200:69-73.

Simopoulos AP. Omega-3 fatty acids in health and disease and in growth and development. Am J Clin Nutr. 1991;54:438-63.

Oetterer M. Proteínas do pescado. Universidade de São Paulo [acesso em 24 out 2012]. Disponível em: http://www.esalq.usp.br/departamentos/lan/pdf/Proteinas%20pescado.pdf

Ababouch L. Fisheries and Aquaculture topics. Chemical elements of fish. Topics Fact Sheets. In: FAO Fisheries and Aquaculture Department. Rome: FAO; 2005 [cited 2012 Oct 20]. Available from: http://www.fao.org/fishery/topic/14820/en

Ackman RG. Characteristics of the fatty acid composition and biochemistry of some fresh-water fish oils and lipids in comparison with marine oils and lipids. Comp Biochem Physiol. 1967;22:907-22.

Viswanathan-Nair PG, Gopakumar K. Fatty acid compositions of 15 species of fish from tropical waters. J Food Sci. 1978;43:1162-1164.

Agren J, Muje P, Hanninen O, Herranen J, Penttila I. Seasonal variations of lipid fatty acids of boreal freshwater fish species. Comp Biochem Physiol. 1987;88(3):905-09.

Wang YJ, Miller LA, Perren M, Addis PB. Omega-3 fatty acids in Lake Superior fish. J Food Sci. 1990;55(1):71-76.

European Food Safety Authority. Labelling reference intake values for n-3 and n-6 polyunsaturated fatty acids. Scientific Opinion of the Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies on a request from the Commission related to labeling reference intake values for n-3 and n-6 polyunsaturated fatty acids. The EFSA Journal. 2009;1176:1-11.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Aquisição alimentar domiciliar per capita. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação. Universidade Estadual de Campinas (NEPA/UNICAMP). Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO): versão 1. São Paulo: NEPA/Unicamp; 2011.

Dyerberg J, Bang HO, Stofferson E, Moncada S, Vane JR Eicosapentaenoic acid and prevention of thrombosis and atherosclerosis. Lancet. l978;312(8081):117-19.

Dyerberg J, Bang HO. Haemostatic function and platelet polyunsaturated fatty acids in Eskimos. Lancet. 1979;2(8140):433-35.

Kris-Etherton PM, Harris WS, Appel LJ, American Heart Association. Fish consumption, fish oil, omega-3 fatty acids, and cardiovascular disease. Circulation. 2002;106(21):2747-57.

Leaf A. Prevention of sudden cardiac death by n-3 polyunsaturated fatty acids. J Cardiovasc Med. 2007;8(Suppl 1):S27-29.

Cosgrove JP, Church DF, Pryor WA. The kinetics of the autoxidation of polyunsaturated fatty acids. Lipids. 1987;22(5):299-304.

Grim JM, Hyndman KA, Kriska T, Girotti AW, Crockett EL. Relatioship between oxidizable fatty acid content and level of antioxidant glutathione peroxidases in marine fish. J Exp Biol. 2011;214(22):3751-59.

Oken E, Kleinman KP, Berland WE, Simon SR, Rich-Edwards JW, Gillman MW. Decline in fish consumption among pregnant women after a national mercury advisory. Obstet Gynecol. 2003;102(2):346-51.

Codex Alimentarius International Food Standards. Report of the eighteenth session of the codex commitee on fish and fishery products. Bergen: Joint FAO and WHO standards programme; 1988.

Kitahara SE, Okada IA, Sakuma AM, Zenebon O, Jesus RS, Tenuta-Filho A. Mercúrio total em pescado de água doce. Ciênc Tecnol Aliment. 2000;20(2):267-73.

Morgano MA, Gomes PC, Mantovani DMB, Perrone AAM, Santos TF. Níveis de mercúrio total em peixes de água doce em pisciculturas paulistas. Ciênc Tecnol Aliment. 2005;25(2):250-53.

Morgano MA, Perez ACA, Milani RF, Mantovani DMB, Neiva CRP, Furlan EF, et al. Mercúrio total em pescado da cadeia produtiva da Baixada Santista, estado de São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz. 2007;66(2):164-71.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2011.

Faostat. Food and Agriculture Organization. Statistical database [cited 2012 Oct 16]. Available from: http://faostat.fao.org/site/610/DesktopDefault.aspx?PageID=610#ancor

Brasil. Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim estatístico da pesca e aquicultura Brasil 2010. Brasília: MPA; 2012.

Isaac VJ, Almeida MC. El consumo de pescado en la Amazonía Brasileña, Relatório FAO. Roma: FAO; 2011.

World Health Organization. Protein and aminoacid requirements in human nutrition. Report of a joint WHO/FAO/UNU Expert Consultation, United Nations University. Technical Report Series, 935. WHO; 2007.

Oetterer M. Industrialização do pescado cultivado. Guaíba: Agropecuária; 2002.

Sonoda DY. Demanda por pescados no Brasil entre 2002 e 2003 [tese]. Piracicaba: Universidade de São Paulo; 2006. 118 p.

Levy-Costa RB, Sichieri R, Pontes NS, Monteiro CA. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e evolução (1974-2003). Rev Saúde Públ. 2005;39(4):530-40.

Brasil. Ministério da Pesca e Aquicultura [acesso em 2 nov 2012] Disponível em: http://www.mpa.gov.br/index.php/imprensa/noticias/351-mpa-faz-mapeamento-do-consumo-de-pescado-nas-escolas-publicas-brasileiras. 2012

Danelon MS. Estado nutricional, consumo alimentar e estilo de vida de escolares de Campinas – SP [dissertação]. Piracicaba: Universidade de São Paulo; 2007. 230 p.

Caroba DCR. A escola e o consumo alimentar de adolescentes matriculados na rede pública de ensino [tese]. Piracicaba: Universidade de São Paulo; 2002. 161 p.

Gandra AL. O mercado de pescado da região metropolitana de Manaus, Relatório INFOPESCA. Série: O mercado de pescado nas grandes cidades latino-americanas. Montevidéu: INFOPESCA; 2010.

Cerdeira RGP, Refino ML, Isaac VJ. Consumo de pescado e outros alimentos pela população ribeirinha do lago Grande de Monte Alegre. Acta Amaz. 1997;27(3):213-27.

Murrieta RSS, Dufour DL. Fish and farina: protein and energy consumption in Amazonian rural communities on Ituqui Island, Brazil. Ecol Food Nutr. 2004;43(3):231-55.

Faganello CRF. Disponibilidade de energia e nutrientes para a população das regiões metropolitanas de Recife e São Paulo [dissertação]. Piracicaba: Universidade de São Paulo; 2002. 113 p.

Maciel ES, Vasconcelos JS, Sonati JG, Savay-da-Silva LK, Galvão JA, Oetterer M. Perfil dos voluntários de universidade brasileira a respeito do consumo de pescado. Seg Alim Nutr. 2012;19(1):60-70.

Gonçalves AA, Passos MG, Biedrzycki A. Tendência do consumo de pescado na cidade de Porto Alegre: um estudo através de análise de correspondência. Estudos tecnológicos. 2008;4(1):21-36.

Minozzo MG, Haracemiv SMC, Waszczynskji N. Perfil dos consumidores de pescado nas cidades de São Paulo (SP), Toledo (PR) e Curitiba (PR) no Brasil. R Alim Hum. 2008;14(3);133-40.

A revista Segurança Alimentar e Nutricional utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.