Banner Portal
Foraminíferos e Bioestratigrafia: uma abordagem didática
PDF

Palavras-chave

Fósseis. Idade relativa. Bioestratigrafia. Foraminíferos.

Como Citar

ZERFASS, Geise de Santana dos Anjos; ANDRADE, Edilma de Jesus. Foraminíferos e Bioestratigrafia: uma abordagem didática. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 3, n. 1, p. 18–35, 2015. DOI: 10.20396/td.v3i1.8637474. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8637474. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O Princípio da Sucessão Faunística foi o primeiro passo para a aplicação da paleontologia na resolução de problemas estratigráficos pela utilização de fósseis para zoneamento e correlação de estratos. A aplicação teve início com observações de macrofósseis em estratos marinhos por naturalistas, geólogos e engenheiros, na primeira metade do século XX, mas o maior desenvolvimento da ferramenta decorreu do estudo dos microfósseis, como os foraminíferos, um dos grupos mais pesquisados. A aplicação direta na indústria do petróleo revolucionou o conhecimento da bioestratigrafia do Cenozóico. A difusão e o aperfeiçoamento da bioestratigrafia a partir da segunda metade do século XIX decorreu da sua aplicação na indústria do petróleo. Os avanços recentes da bioestratigrafia incluem utilização integrada de diversos grupos taxonômicos bem como a associação com diversas técnicas como a estratigrafia de seqüências e a sísmica. Para aplicação eficaz da bioestratigrafia é importante o conhecimento das relações filogenéticas e dos fatores limitantes à distribuição dos organismos além de aspectos tafonômicos que condicionam distribuição dos restos fósseis. Esse trabalho apresenta, de maneira didática, aspectos históricos e a base conceitual da bioestratigrafia com base em foraminíferos, e sugestões de atividades para a fixação dos conceitos.
https://doi.org/10.20396/td.v3i1.8637474
PDF

Referências

Abreu V. S. 1990. Bioestratigrafia do Terciário da Bacia de Campos, com base em foraminíferos planctônicos. Programa de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dissert. Mestr., 235p.

Anjos G. S. & Carreño, A.L. 2004. Bioestratigrafia (Foraminiferida) da sondagem 1-SCS-3B, Plataforma de Florianópolis, Bacia de Pelotas. Rev. Bras. de Paleont., 7(2):127-138.

Arenillas I. 2004. Bioestratigrafía: Limitaciones y ventajas de los microfósiles. In: E. Molina (ed.). 2004. Micropaleontología. Zaragoza, Prensas Universitárias de Zaragoza, p.571-590.

Barbosa V.P. 2002. Sistemática, bioestratigrafia e paleoceanografia de foraminíferos do Quaternário do talude continental das bacias de Santos e Campos. Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese Dout., 455p.

Berggren W.A. & Van Couvering J.A. 1974. The late Neogene: biostratigraphy, geochronology and paleoclimatology of the last 15 million years in marine and continental sequences. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 16(1-2):1-126.

Berggren W.A., Hilgen F.J., Langereis C.G., Kent D.V., Obradovich J.D., Raffi I., Rayamo M.E. & Shackleton, N.J. 1995. Late Neogene Chronology: New perspectives in high-resolution stratigraphy. Geological Society of America Bulletin, 107(11):1272-1287.

Bermúdez P., Farias J.R. 1974. Bioestratigrafia Venezoelana – Zonación del Cenozóico al Reciente basada en el estudio de los foraminíferos planctónicos. Revista Española de Micropaleontología, 9(2):159-189.

Berry W.B.N. 1966. Zones and zones – with exemplification from the Ordovician. Bulletin of the American Association of Petroleum Geologists, 50(7):1487-1500.

Beurlen G. 1982. Bioestratigrafia e geohistória da seção marinha da margem continental brasileira. Boletim Técnico da Petrobras, 25(2):77-83.

Beurlen G. & Regali M.S.P. 1987. O Cretáceo da Plataforma continental do Maranhão e Pará, Brasil: bioestratigrafia e evolução paleoambiental. Boletim de Geociências da Petrobrás, 1(2):135-155.

Blatt H., Berry, W.B.N., Brande S. 1991. Principles of stratigraphic analysis. Boston, Blackwell Scientific Publications, 512 p. Blow W.H 1969.

Late Middle Eocene to recent Planktonic Foraminiferal Biostratigraphy. In: P. Brönnimann & H.H. Renz (eds.). 1969. International Conference on Planktonic Microfossils, 1, 1967. Proceedings, Geneva, v. 1, p. 199-422.

Blow W.H. 1970. Validity of biostratigraphic correlations based on the Globigerinacea. Micropaleontology, 16(3):257-268. Bolli H.M., Saunders J.B. 1985. Oligocene to Holocene low latitude planktic foraminifera. In: H.M. Bolli J.B. Saunders & K. Perch-Nielsen (eds.). 1985. Plankton Stratigraphy. Cambridge, Cambridge University Press, p. 155-262.

Bolli H.M, Beckman, J.P., Saunders, J.B. 1994. Benthic foraminiferal biostratigraphy of the south Caribbean region. Cambridge, Cambridge University Press, 408 p.

Boltovskoy E. 1965. Los Foraminíferos Recientes. Eudeba: Buenos Aires. 510p.

Boltovskoy E. 1973. Estudio de testigos submarinos del Atlántico Sudoccidental. Revista del Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia (Geología), 7(4):340 p.

Closs D. 1970. Estratigrafia da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul. Iheringia, 1:3-76.

Cordey W.G. 1967. The development of Globigerinoides ruber (d’Orbigny 1839) from Miocene to Recent. Palaeontology, 10(4):647-659.

Giwa G.O., Oyden A.C., Oksun E.A. 2006. Advances in the application of biostratigraphy to petroleum exploration and production. In: Search and Discovery Article #50029(2006). Data do último acesso: 12 de fevereiro de 2007.

Fernandes J.M.G. 1975. O gênero Uvigerina (Foraminiferida) do Cenozóico superior na Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Curso de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dissert. Mestr., 121 p.

Gooday A.J., Levin L.A., Linke P., Heecker B. 1992. The distribution and ecology of Bathysiphon filiformis Sars and B. major de Folin (Protista, Foraminiferida) on the continental slope off North Carolina. Journal of Foraminiferal Research, 22:129-146.

Hancock J.M. 1977. The historic development of biostratigraphic correlation. In: E.G. Kauffman & J.E Hazel (eds.). 1977. Concepts and methods of biostratigraphy. Stroudsburg, Hutchinson & Ross, p. 3-22.

Kennett J.P. 1980. Paleoceanographic and biogeographic evolution of southern ocean during the Cenozoic and Cenozoic microfossils datums. Palaeogeography, Paleoclimatology, Palaeoecology, 31:123-152.

Kennett J.P. & Srinivasan, S. 1983. Neogene planktonic foraminifera. Stroudsburg, Hutchinson Ross Publishing Company, 265p.

Koutsoukos E.A.M. 1982. Geohistória e paleoecologia das bacias marginais de Florianópolis e Santos. In: Congr. Bras. Geol., 32, 1982.

Anais, Salvador, SBG, v. 5, p. 2369-2382. Koutsoukos E.A.M. 2005. Stratigraphy: Evolution of a concept. In: E.A.M. Koutsoukos (ed.). 2005. Applied stratigraphy. Netherlands, Springer, p. 3-19.

Lamb J.L., Beard J.H. 1972. Late Neogene planktonic foraminifers in the Caribbean, Gulf of Mexico and Italian stratotypes. The University of Kansas Paleontological Contributions, 57:1-67.

Lipps J.H. 1981. What, if anything, is micropaleontology? Paleobiology, 7(2):167-199.

Lipps J.H. & Rozanov A.Y. 1996. The late Precambrian-Cambrian agglutinated fossil Platysolenites. Paleontological Journal, 30:345-357.

Loeblich A.R., Tappan H. 1988. Foraminiferal genera and their classification. New York, Van Nostrand Reinhold Company, 2 v., 970p.

Loeblich A.R. , Tappan H. 1992. Present status of foraminiferal classification, in: Studies in Benthic Foraminifera (eds Y. Takayanagi and T. Saito), Proceedings of the Fourth International Symposium on Benthic Foraminifera, Sendai, 1990 (Benthos 90). Tokai University Press, Tokyo, Japan, p. 93-102.

Martins J.M.G.F. 1984. Paleoecologia e bioestratigrafia (Foraminiferida) da Formação Pirabas, Estado do Pará. Programa de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Tese Dout., 284p.

McGowran B. 2005. Biostratigraphy – Microfossils and Geological Time. Cambridge, Cambridge University Press, 424p.

Mello e Sousa S. H., Fairchild T. R. & Tibana P. 2003. Cenozoic biostratigraphy of larger foraminifera from the Foz do Amazonas Basin, Brazil. Micropaleontology, 49(3):253-266.

Mesquita A.C.F. 1995. Microbioestratigrafia do Terciário da bacia de Santos, com base em foraminíferos planctônicos. Programa de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dissert. Mestr., 167p.

Miall A.D. 1990. Principles of sedimentary basin analysis. 2.ed. New York, Springer, 668 p.

Molina E. 2004. Micropaleontología, Concepto, historia y estado actual. In: E. Molina (ed.). 2004. Micropaleontología. Zaragoza, Prensas Universitá- rias de Zaragoza, p. 13-33.

Murphy M.A. & Salvador A. 1999. International stratigraphic guide: An abridged version. Episodes, 22:255-271.

NACSN (North American Commission on Stratigraphic Nomenclature). 2005. North American Stratigraphic Code. American Association of Petroleum Geologists Bulletin, 89(11):1547-1591.

Noguti I. 1975. Zonación bioestratigráfica de los foraminíferos del Terciário de Brasil. Revista Española de Micropaleontologia, 7(3):391-401.

Noguti I. & Santos J.F. 1972. Zoneamento preliminar por foraminíferos planctônicos do Aptiano ao Mioceno na plataforma continental do Brasil. Boletim Técnico da Petrobras, 15(3):265-283.

Pawlowski J., Holzmann M., Berney C., Fahrni J., Gooday A.. J., Cedhagen T., Habura A. and Bowser S.S. 2003. The Evolution of Early Foraminifera. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 100(20):11494– 11498.

Petri S., Coimbra A.M., Amaral G., Ojeda y Ojeda H., Fúlfaro V.J., Ponçano W.L. 1986. Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica. Rev. Bras. Geoc., 16(4):372-376.

Portilho-Ramos R.C., Rio-Netto A.M. & Barbosa C.F. 2006. Caracterização bioestratigráfica do Neógeno superior da Bacia de Santos com base em foraminíferos planctônicos. Rev. Bras. Paleont., 9(3):349-354.

Salvador A. 1994. International stratigraphic guide. 2.ed. Boulder, Geological Society of America. 314p.

Sanjinés A.E.S. 2006. Biocronoestratigrafia de foraminíferos em três testemunhos do Pleistoceno-Holoceno do talude continental da Bacia de Campos, RJ-Brasil. Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dissert. Mestr., 119p.

Seyve C. 1990. Introdução à micropaleontologia. Angola, Elf Aquitaine Angola, 231p.

Schoch R.M. 1989. Stratigraphy: Principles and Methods. New York, Van Nostrand Reinhold, 375p.

Scott G.H. 1983. Biostratigraphy and histories of upper Miocene-Pliocene Globorotalia, South Atlantic and South West Pacific. Marine Micropaleontology, 7:369-383.

Sen Gupta B.K. 1999. Systematics of Modern Foraminifera. In: B.K. Sen Gupta (ed.). 1999. Modern Foraminifera. Kluwer Academic Publishers, p. 7-36.

Spezzaferri S. 1995. Planktonic foraminiferal implications across the Oligocene-Miocene Transition in the oceanic record (Atlantic, Indian and South Pacific). Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 114:48-74.

Stainforth R.M. 1960. Current status of transatlantic Oligo-miocene correlation by means of planktonic foraminifera. Revue de Micropaléontologie, 2(4):219-230.

Stainforth R.M., Lamb J.L., Luterbacher H., Beard J.H., Jeffords R.M. 1975. Cenozoic planktonic foraminiferal zonation and characteristics of index forms. The University of Kansas Paleontological Contributions, 62:1-425.

Teichert C. 1958. Some biostratigraphical concepts. Geological Society of America Bulletin, 69:99-120.

Thiesen Z.V. 1977. Bolivinitidae e Caucasinidae (Foraminiferida) do Cenozóico superior da bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul. Acta Geológica Leopoldensia, 2(3):8-32.

Universidad de Buenos Aires. Formation and deformation of the microfossil record: Plankton, sediment traps and surface sediments de http://biolo.bg.fcen.uba. ar/brasil.htm. acesso: 30 março 2007.

Wade M. 1964. Application of the lineage concept to biostratigraphic zoning based on planktonic foraminifera. Micropaleontology, 10(3):273-290.

Yassini I., Jones, B.G. 1995. Foraminifera and ostracoda from estuarine and shelf environments on the southeastern coast of Australia. Wollongong, University of Wollongong Press, 484 p.

Vicalvi M.A. 1997. Zoneamento bioestratigráfico e paleoclimático dos sedimentos do Quaternário superior do talude da Bacia de Campos, RJ, Brasil. Boletim de Geociências da Petrobras, 11(1/2):132- 165.

Viviers M.C. 1982. Biocronoestratigrafia da Bacia do Ceará. In: Congr. Bras. de Geol., 32, 1982. Anais, Salvador, SBG, v. 5, p.2433-2449.

Viviers M.C. & Abreu W.S. 1995. Os macroforaminí- feros nas bacias da margem equatorial brasileira: Uma contribuição a bioestratigrafia do Neógeno. Resumo das comunicações, An. da Acad. brasil. Ciênc., 67(3):393.

Terrae Didatica utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Terrae Didatica, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.